Um novo tempo - Dana e Garrick!!

*Garrick começa a rir.*

-Sério? Esse é o atroz?

-Bom e quem salvou ele? Essa história está muito estranha não acha? Bom vou me vestir.

*Ele cata suas roupas e sua armadura e vai se trocar por trás do treco que a loira usou ontem - já que ela ficou toda pudica.*

-Claro que esse é o Atroz! Você pensou que ele era diferente? E quanto a quem salvou ele, estou ainda cansada demais para me preocupar. O que importa é que ele está bem.

Ela fala enquanto dá um abracinho em seu familiar.

-Bem, o Atroz disse para mim que não foi o elfo. O Atroz descreveu uma pessoa bem diferente quando falou comigo. Não foi, Atrozinho?

Ela dá outro abracinho em seu familiar, enquanto fala com o cachorro, no final.

*Ele sai do trocador já devidamente vestido.*

-Sei...você já está pronta? Podemos descer?

-Claro que estou. Tive que ficar acordada por um tempão, tinha que fazer alguma coisa para não cair no sono. Então já me arrumei toda, estou fabulosa e preparada para o mundo! Mas será que o mundo está preparado para mim? Hahaha!

Ela faz uma pose de "poderosa", e vai "desfilando" pelo quarto, realmente acreditando que está deslumbrante.

Assim que a porta se abre, podem ouvir um grande alvoroço vindo do salão da taverna.
Várias pessoas passam correndo pelo corredor, algumas saindo às pressas de seus quartos.

*Garrick ri da garota que tem parafusos a menos.*

*Garrick sai e pega as coisas da moçoila - ao ver a confusão ele vai tentar descobrir o que tá acontecendo.*

Ela vai logo atrás do bárbaro, com o Atroz no colo. Ela está curiosa também com o que está acontecendo.

Conforme avançavam para o salão, ouvem o que parecia ser um rugido.
Algum animal parecia ter adentrado a taverna. Mas não ouviam gritos assustados, apenas "urras" entusiasmadas.
Ali, 3 pessoas se destacavam, paradas à entrada:
1) Um rapaz com roupas incomuns, e um colar com um tipo de cristal azulado. Suas feições eram bem bonitas, e ele entra e senta numa mesa, logo sendo acompanhado por várias moçoilas.
2) Uma mulher num corselete branco que destacava suas formas. Tinha longos cabelos platinados, e olhos incrivelmente azuis. Garrick é um dos muitos ali que se perde naquele olhar... e naquelas curvas.
3) O terceiro a entrar passaria despercebido. Um homem maltrapilho, careca e barbado pelos meses de estrada. Suas vestes são ainda mais incomuns. Ao avistar o mendigo, Atroz avana o rabo, frenético, e começa a falar entusiasmado:
- Ei!! Foi ele. Ele ali, ó. Foi ele que me salvou daquela megera seca e amarela.

Ao ouvir o que Atroz diz, ela olha e vê quem o cãozinho está indicando como seu salvador. Ao identificá-lo, ela diz a Garrick:

-O Atrozinho está dizendo que foi aquele ali que salvou ele da elfa amarela. Acho que eles não são uma ameaça para nós. E acho que eu terei que agradecê-lo pelo o que ele fez.

*Garrick estava contemplando a paisagem que tinha adiante quando escuta os latidos da coisa e o que a loira falou.*

-Falou o que mulher? Isso tá é latindo, mas vamos se aproximar sim - quero entender alguma coisa hoje antes de partir. Precisamos de um norte mulher.

*Ele fala pensando que afinal é uma chance de ver a paisagem mais de perto.*

Como se saísse de um transe, Garrick volta a si quando reconhece um dos feitores do grupo mercenário. O velho contratante que, parado à entrada, apontava o dedo nodoso para algumas pessoas, chamando-as pelos nomes e repetindo, até fazer o mesmo com vocês:
- Senhores Garrick e Skie. Está na hora de partirmos.

As atenções, e as expectativas, se voltam para a dupla, como a cada um apontado pelo velho.
O trio recém entrado também é chamado. Atroz abana o rabo ao ver a possibilidade de rever seu salvador.

*Garrick carrega boa parte das malas da princesa. Ele responde pelos dois.*

-Estamos prontos.

A garota apenas balança a cabeça, confirmando as palavras de Garrick.

O velho olha com expressão satisfeita, e diz:
- Gosto desta unidade. Agora sigam até o altar de Selûne. Sir Conrad os aguarda para mais instruções. As coisas mudaram de figura.

O rapaz e o mendigo param lado a lado, dando passagem para a garota, que sai ao som de assobios e cantadas chulas.

Logo, a dupla imita o trio, ganhando as ruas da cidade e seguindo pela arga rua, agora tomada de cavalos e carroças.
Algum grupo realmente grande estava espalhado pelas ruas da cidade. Dana reconhece até mesmo uma flâmula da distante Amn.

*Garrick concorda com o senhor e segue o caminho indicado - não indo tão rápido quanto poderia por conta da garota. Por outro lado ele reflete que essa caravana está desorganizada - até agora ninguém passou o que eles vão fazer de fato...*

Dana segue Garrick e o resto do grupo, com Atroz em seu colo. Ela reconhece o símbolo de Amn, mas faz de conta que não reconhece. Ela não quer chamar muito a atenção de nativos de terras vizinhas ao seu lar.

Ao cruzarem a comitiva de Amn, Dana tem certeza de ter visto um garoto cutucando outro às cotoveladas e apontando pra você. Depois, vocês somem no alvoroço.

Ao chegar às proximidades do santuário, podiam ver muita música e ovações. Parecia estar havendo algum tipo de comemoração.
"LÁ ESTÁ ELE!!"

Muita gente se avizinha a vocês, e vêm cumprimentá-los, principalmente Garrick, agradecendo pelo "bom trabalho" e por ter "devolvido o tesouro ao seu lugar".
Logo, a própria clériga vem cumprimentá-los, dizendo entre sorrisos:
- Sejam MUITO bem-vindos. É uma satisfação tê-los aqui. Estamos em festa. Uma ladra foi tirada das ruas, e nosso templo é UNO novamente, graças a vocês dois.

O mendigo e o rapaz passam direto por vocês, parando mais próximo à entrada. Podem ver o mendigo fazer uma estranha reverência, juntando as mãos à frente do rosto, antes de entrar. Ali, percebem que ele usava uma estranha túnica sob o capuz velho e surrado de viagem.

*Garrick fica olhando sem entender nada e por outro lado chateado. Afinal qual a vantagem de ser arrastado desse jeito? No final das contas ele nada resolve, é como se uma força invisível fizesse tudo em um piscar de olhos. E no final ele apenas balança a cabeça com sua expressão de cansado e continua seu caminho até onde vai receber as instruções.*

Por um momento, Dana quase se preocupa com o fato de ter sido, aparentemente, reconhecida. Então, ela se lembra que, depois de ficar tantos anos trancada dentro do palácio de seu pai e em salas de aula de sábios, somente os criados de sua casa, seus professores ou suas colegas de sala de aula iriam reconhecê-la. Ainda mais agora, que ela arrumou um jeito de parecer tão diferente.

Além disso, ela conhece poucas pessoas em Amn. Apesar de ser um lugar tão próximo de seu antigo lar, sua vida em uma gaiola de ouro a fez conhecer pouca gente até mesmo em sua terra natal. Hm... será que Nalia está por perto? Ela é a única pessoa íntima que ela tem naquelas terras. Ao se lembrar de sua amiga de aulas de Arcana, ela faz uma breve oração a Waukeen na esperança que tudo esteja bem nas terras do pai dela. Da última vez que Dana esteve com Nalia, o castelo de Arnise estava sendo invadido por um exército de trolls!

Logo ao entrar no pequeno santuário, percebem um "ir e vir" de gente, servos, criados e voluntários, por toda parte. A casa, em cuja frente alocou-se o pequeno altar de Selûne, parecia não comportar tamanho movimento.
Vocês são conduzidos a um segundo salão, bem maior que o primeiro, onde haviam grandes pilhas de caixotes, 2 carroções sendo carregados (cada um puxado por 4 cavalos), e um sem-número de pessoas. Uma completa balbúrdia.
Um dos feitores da outra noite, de cima de uma grande caixa, gritava ordens, apontava direções, e definia "o que ia aonde" para os mais e 30 criados por ali espalhados.

A Selunita, agora de braços dados a Garrick, diz:
- Fiquei surpresa com vocês dois. Não pensei que resolveriam o problema do templo tão rápido. Aliás, por um momento pensei que nem iriam resolver, já que estavam de partida com esta caravana.

Um homem incomum passa por vocês, vestindo roupas de fino trato, completamente destacados do restante. Dana reconhece de imediato uma das companhias mercantes mais influentes de Waterdeep, conhecida como "Estrelas de Waterdeep". Ao seu lado vinha um meio-orc caolho e outro rapaz de túnica simples de viagem.

Num canto distante, podiam ver 2 mulheres lindíssimas, com belos camisões prateados, cada uma segurando um pergaminho. Pareciam estar treinando uma magia combinada.

E logo, mais pessoas os saudavam pelo "feito". Seu prestigio parecia crescer, ainda que não fosse merecido. Mas contrariar tantos rostos assim parecia não ser uma boa idéia.
Logo, se vêem do lado de fora de um grande galpão, reunidos a outros mercenários:
- Um homem de cavanhaque, cabelos e olhos negros e cota de malha inteira preta. Nas costas, um machado de combate. Ele tinha uma tatuagem em forma de uma estrela preta cobrindo um dos olhos.
- A mulher de corselete branco, que arrancava suspiros por onde passava.
- O mendigo e o rapaz que o acompanhava. Olhando mais de perto, reconheciam traços mulhorandi no mendigo. O rapaz, mesmo Dana conhecendo gente de tantas etnias, não conseguia reconhecer as origens, o que a deixava intrigada.
- 4 brutamontes vestindo peitorais e espadas bastardas. Péssimos modos, certamente estavam ali pelo trabalho e nada além.

Do lado oposto do pátio onde se encontravam estavam Sir Conrad, e um homem estranho. Tinha pele clara e usava uma meia-armadura incomum. Mas o que chamava atenção nele eram traços finíssimos no rosto. Sua pele parecia ser inteira rajada.

*Garrick não se sente a vontade em falar agora que não foram eles, no final das contas. Ele fala sem jeito - mas sem tirar o braço dela.*

-Então é aqui que vamos pegar as "ordens"?

*Ele fala pergunta para a Clériga e cortando o assunto. *

Dana olha muito feio para a cleriqueta e depois para Garrick. Afinal, quem é ela para ficar se agarrando com ele? Suma-sacerdotisa da deusa das biscates? Hunf! Em todo caso, ela entenderia que o povo estivesse satisfeito com o que os dois fizeram com a manticora e com o anão furioso, mas aparentemente eles estão comemorando o que eles não fizeram: participar da missão da elfa amarela e do roubo do templo. Ela então tem a ideia de perguntar para Atroz, em voz baixa, o porque acham que ela e Garrick esteve no templo.