Um novo tempo - Dana e Garrick!!

-Hm... tabom então.

Ela responde, olhando em seus olhos. Ela aguarda que ele fará a seguir. Se irá continuar a conversa ou alguma outra coisa.

A tranquilidade era tanta, e logo o tédio toma conta de Garrick. Queria ação... mas nada acontecia.

A noite avança, Garrick, cansado e ferido, sente o corpo esfriar junto do clima. Por vezes, espiava pela janela o movimento nas ruas desertas. Outras, ia até a porta, apenas para ouvir um pouco de cantoria vespertina, os boêmios da taverna.
Por fim, o sono vence, era hora de trocar.

Skie é acordada aos chacoalhões. Entre um bocejo e outro, o bárbaro balbucia um "boa noite", antes de se deitar.
Skie aproveita o tempo para dar conta de seus pertences. Abre e fecha a mochila várias vezes. A janela exalava o frio da noite, as ruas escuras e desertas.
Sem muito que fazer, toma nas mãos o grimório, explorando seu conteúdo.
Um piscar de olhos mais longo a fazem perder a noção do tempo. Quanto teria se passado?

Skie se põe alerta, ouvindo arranhões na porta do quarto. Pela janela, o horizonte começava a clarear.
A alvorada do novo dia se aproximava.

*Garrick cansando, mas praticamente recuperado de todos seus ferimentos segue a noite próximo do fogo acolhedor da lareira e observando o que a noite representa, felizmente nenhum perigo. Ele fixa por vezes seus olhos na garota - de certa maneira ela é bem bonita quando está em silêncio. Ele escuta a música, mas não se anima muito com isso, ficar perto do fogo e no tapete é mais quente e confortável do que ficar olhando pela janela. O frio - ele já passou por momentos bem piores do que esse.*

*Quando chega o momento da troca, ele se aproxima da Garota e senta ao seu lado na cama e a toca no ombro.*

-Hora de acordar princesa.


*Ele boceja obviamente exausto.*

Ela responde, mais dormindo do que acordado:

-Não, não quero não.

Instintivamente, ela puxa o cobertor, para se acomodar melhor e deixar claro que ela está descansando neste momento e o rapaz a está incomodando.

*Ele arruma um canto na cama e deita ali mesmo - o que faz com que ela praticamente seja jogada para fora.*

*Ele fala com dificuldade.*

-Eu preciso dormir mulher ou não vou conseguir ir...

*Ele tira um cochilo e puxa todo o cobertor para si.*

Ainda sem acordar direito, ela responde com sua fala embolada, que mal dá para entender metade do que é dito:

-Nalia, deixa de ser espaçosa. E seu pai não te deixa dormir aqui em casa comigo.

Seu corpo luta para manter-se sobre a cama e coberto.

-Mama...


*Ele fala e puxa definitivamente o lençol de maneira tão rude que ela só não cai da cama porque é muito ágil.*

A ação do bárbaro acaba acordando a garota, que é obrigada a fazer uma acrobacia para não cair sentada no chão. Sua vontade é de xingar Garrick e todos os seus antepassados ou fazer alguma maldade que irá acordá-lo e, assim, tirar o desconto. Mas então ela lembra do que combinou com ele e mantém-se acordada. Este é o seu turno.

Quando ela ouve o barulho à porta, ela abre e vai ver do que se trata.

Abrindo apenas uma brecha, é suficiente pra ver Atroz entrar correndo e se atracar com sua perna. Ele latia, pulava e arranhava, praticamente histérico, latindo o latido fino de qualquer filhote:
- IU-IU-IU-IU-IU-IU-IU-IU-!!!

De relance, Skie vê alguém se afastar no corredor.
Atroz meneia a cabeça, olhando em direção ao desconhecido. Mas depois se entrega às canelas de Skie, "gritando" desconexo:
"VOCÊDEVIATERVISTOELEBATEUEMTODOMUNDOELEPULOUDOALTODEUMAÁRVIREELEMETIROUDOSBRAÇOSDAMMEGERAOELFOCHEGOUTARDEELEMESALVOOOOOOU!!!"

A única coisa que Garrick escuta são latidos infernais pelo quarto.

Ao perceber que trata-se de Atroz, ela pega o cachorrinho no colo, abraçando-o. Ela estava morta de saudades e muito preocupada com o sumiço do cãozinho, um autêntico cão élfico de Evereska. Ao notar a presença no corredor, ela tenta identificar quem é a figura misteriosa. Ela então dá atenção para Atroz. Ela pergunta, baixo, para seu familiar:

-Não foi o elfo? Quem te salvou, então?

*Garrick continua dormindo, pois está cansado demais para acordar. Ele ocupa todo relaxado a cama que é bem confortável e gostosa.*

O cão late incessantemente madrugada a dentro.
Na realidade, estava relatando sua aventura, desde o rapto, até os pêlos arrepiados do transporte dimensional, passando pela visão de um lago e um grande acampamento de bandidos.
No fim do relato, ele diz ter sido salvo por um careca barbudo e muito fedido, que o deixou na porta do quarto e foi embora.

Ela ouve toda a história, perguntando ao fim:

-Não teria sido por acaso um anão?

-Hm... bem, whatever! O que importa é que você está de volta, meu Atrozinho! Eu estava tão preocupada!

A garota mantem-se acordada na companhia de seu familiar até que chega a hora de acordar Garrick para a partida da caravana. Mesmo sem ter dormido o suficiente ainda, ela imagina que terá oportunidades para descansar em alguma carroça; já o jovem bárbaro possivelmente não o terá.

O dia amanhece, e Skie é tomada de uma ansiedade enorme.
Antes que fosse acordado, Garrick já estava desperto. Teve um pesadelo assustador. Caminhava sob a luz de Selûne, você, sua mãe e a garota Skie, quando a luz desaparece por completo, mergulhando o mundo à sua volta na mais completa e negra escuridão.
Então, brilhos flamejantes começam a brotar de todos os lados, "caminhando" uns em direção aos outros,unindo-se em enormes piras... corpos de pessoas, queimados até as cinzas.
Quando a fraca luz dos fogos o ilumina, Garrick estava sozinho. Não havia nem sinam de Skie, ou de sua mãe.

As fogueiras crescem, tornando-se enormes serpentes de fogo. Elas vêm em sua direção, queimando tudo à sua volta. O chão ferve, e seus pés afundam, as botas desfazendo-se no calor infernal que o rodeava.
Quando a primeira delas está prestes a tocá-lo, podia sentir a pele arder... A serpente tinha um corpo musculoso, braços armados com um enorme tridente, e olhos em brasa.
Sem conseguir se mover, estava à mercê da criatura, que o encara, prepara a lança contra um Garrick completamente indefeso... que acorda bem no instante do golpe.

Uma palavra ecoava em sua mente. Um nome sussurrado pela criatura antes de atacá-lo.
Não conseguia dizê-lo. Mal conseguia se lembrar, tamanho medo que sentia.

Garrick acorda, banhado em suor.

*Garrick acorda um tanto preocupado - pois todo terror que ele estava acostumado a vivenciar no seu dia a dia pelo menos na hora de dormir costumava abandona-lo. E agora parece estar continuo os pesadelos e mais ainda parece não ter sentido. Ligeiramente confuso e suado - ele levanta e vai tirando sua sunga sem nem ver se a Dana está ali ou não e se joga na tina de água.*

Vendo que Garrick se levanta e vai na direção da tina d'água, ela diz:

-Bom dia! Eu já estava indo te chamar para... AI!

Ela cobre rapidamente os olhos e vira para o outro lado diante a completa falta de pudor do bárbaro. O cachorro faz um movimento parecido, imitando os gestos de Dana: ele também volta-se para o outro lado e cobre os olhos com as patinhas.

*Ele continua seu banho rapidamente e pega um pedaço de pano que está ali prontamente para atender a demanda. Ele se levanta e enrolado na toalha - que obviamente não foi feito para conter totalmente o corpo dele- ele fica diante da Dana e fala.*

-Ah sim, esqueci que estava com você, foi mal ai. Valeu pelo banho - espero não feder muito a rosas, mas estava precisando.

-O que essa coisica ai?

*Ele fala apontando para a bola de pelos.*

Ela responde mas não espera muito pela resposta:

-Já posso olhar?

Vendo que ele ja está, ao menos minimamente, vestido, ela volta a olhá-lo novamente. Ela pega Atroz no colo e o apresenta para Garrick:

-Ué, este é o Atroz. Ele apareceu na porta do quarto de madrugada, alguém salvou ele, acredita?

*Garrick começa a rir.*

-Sério? Esse é o atroz?

-Bom e quem salvou ele? Essa história está muito estranha não acha? Bom vou me vestir.

*Ele cata suas roupas e sua armadura e vai se trocar por trás do treco que a loira usou ontem - já que ela ficou toda pudica.*