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O Jogo da Tribuna!!

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Mensagem  Felipe Sáb Nov 03, 2012 1:15 pm

Uma ferramenta muito produtiva do Psicodrama chama-se "Jogo da Tribuna". É uma oportunidade de falar para alguém o que pensa sobre ele, suas atitudes e mesmo observações do personagem, no sentido de acrescentar e dar dicas de representação e entrosamento em jogo.
Porém, o contra-ponto é: Os outros também falam de você.
A intenção do jogo não é criar discórdia, mas enriquecer o jogo, pegando com os outros dicas que podem acrescentar no desenvolvimento dos personagens.
Tipo, "Será que estou representando bem?"
Ou, "Como posso melhorar meu personagem?"
Ou ainda, "Qual a opinião dos outros sobre meu personagem? Estou causando uma impressão boa por sua personalidade, raça e classe?"

Muitos aqui têm criticado pra mim a postura de outros personagens. Mas não sabemos se é a forma do jogador se expressar, ou se se trata de inexperiência, ou ainda dúvidas sobre como levar o personagem.
Lembrando que este Jogo é uma forma de enriquecer, serei o primeiro aqui a postar sobre cada um minhas observações até aqui.
E lembrando, NÃO VOU COMENTAR sobre a forma de cada um postar. Pois é uma singularidade de cada jogador, e cabe somente a ele manter-se como está ou mudar. Vou falar APENAS sobre os personagens e o que observei até agora, tanto de positivo quanto de negativo.

Barduk:
A personalidade do anão ainda está em construção, mesclando um pouco da inocência de alguém sem memórias com um toque de espirituosidade da raça. Gosto das ironias e provocações, dão um quê a mais na representação. Bastante coerente e elaborada.
Dica: Use mais a amnésia. Você ressalta apenas a "familiaridade provável" de certas atitudes e situações. Use mais a dúvida. pois mentalmente falando, uma pessoa sem memória vive atormentada pelo "não saber", pois pode estar criticando algo do outro que no passado costumava fazer. Como um criminoso que critica a forma mentirosa das pessoas, sem suspeitar que ele mesmo era assim.

Giuseppe:
Até agora, está mais focado na ação do que em si mesmo. Não percebo sua personalidade, aquilo que o torna único, por mais que já tenha entendido sua forma de agir e pensar. Falta representação além da ação.
Dica: Lembrando que sua origem é no mar, pode incorporar um pouco da saudade deste ambiente, pois agora estão em montanhas. Use trejeitos, sotaques, e seja mais irritante. Pois piratas estão sempre em bandos, e estão acostumados a viver como turbas, e não como indivíduos.

Gurag:
Sua personalidade é bem coerente. Mas tem um elemento comum com Barduk. Percebo em você suas ambições e planos, mas pouco da sua própria personalidade. Não tenho dúvidas de que seja manipulador como todo bom psiônico. Mas falta algo. A postura do "líder-nato" até agora está pobre, na minha opinião. Falta não coerência, mas um toque punico, algo que o caracterize.

Uther:
Desnecessário dizer, mas não sei qual é a sua. Criou-se um bárbaro burlesco, alguém de ação e pancadaria, que de repente decide agir como ladino. Bárbaros tendem a ser turrões e teimosos, mas não estúpidos. Você tem boas idéias, mas está usando da forma errada. Noto uma personalidade que quase tende à maldade. A forma agressiva tem tudo a haver com sua classe, sem dúvida. Mas suas ações estão focadas em seu ponto fraco, que é a discrição. Afinal, Uther tem 2,20m, sendo um monstro de músculos, e não uma figurinha esguia capaz de passar pelas costas de um bando de guardas em ser notado.
Vejo-o tentando interpretar um ranger, e não um combatente selvagem. E como sempre, cuidado com o seu nível. Você aguenta pancada, mas não é indestrutível e nem tem PVs pra fazer as loucuras de um bárbaro de alto nível, de pular no meio de uma horda e sair distribuindo machadadas e cavar o caminho de volta à segurança.
Isto não é Video-game, onde por mais que seja difícil, no fim você passa de fase. Tem que planejar e respeitar os limites do personagem.

Whurak:
Sinto uma representação pobre. O jogador deixa claro o que quer, mas o personagem não brilha. Seus "pensamentos" são muito mais interessantes que suas "ações". Use mais a teimosia dos anões e seu espírito irônico e brincalhão. O próprio Gimli, no SdA, tinha um senso de humor irônico e ao mesmo tempo sádico, natural da raça acostumada às campanhas militares e batalhas épicas. Vários jogadores deixaram pra mim o comentário "pena que ele só pensou, senão eu poderia interagir mais com isso".
Pense nisto, e mostre-se mais. Você é um ser vivo, e não uma arma presa a um braço.
Quando os battleragers apareceram, uma classe de heróis inoportunos dos anões, temidos em combate ao mesmo tempo em que são extremamente defensores e respeitados, esperava mais interação da sua parte, e não um "cabeças de alface!".
Vê se tenta brilhar mais e criar melhor sua personalidade, pois como Uther, ainda não sei qual é a sua.

Wong:
Estamos construindo juntos a cabeça deste monge com uma história rica e interessante, mas são planos pro futuro. Horas vejo um combatente feroz, mas na maioria do tempo parece um pobre coitado deslocado. Lembre-se que você só está com o grupo por ter se metido de gaiato em seguir Gimli ao templo, chafurdando-se em toda esta confusão.
Qual é a sua causa? Por que está lutando? Pois são as primeiras perguntas que um monge se faz: "Será que eu devo?"
Sua personalidade está surgindo. Mas te sinto mais como um "Expert" (classe básica de npcs) do que como um monge.
Não tenha receios. Pegue o livro do jogador e leia várias vezes a descrição da classe. Sempre dará boas idéias de como se portar, e pequenas dicas de interpretação. Pois monges buscam o auto-aperfeiçoamento, não entrar de cabeça em guerras que nem são suas.
Lembre-se que sua terra-natal tem uma história recente de invasões e colonizações. Você mesmo reza a um deus dos seus colonos, não de sua terra. Então, em parte, você aceitou a submissão dos eu povo ao invasor. Ao mesmo tempo, quer se libertar das amarras e crescer. Um monge é sempre envolto numa aura de mistério, não de passividade.
Acho que você está no caminho certo. mas não use tanto o futuro (ou, no caso, o passado) como desculpa para as suas escolhas.
E cuidado, pois lutar para matar seus inimigos pode mudar sua tendência para má, dando-lhe uma característica sádica e imperdoável, barrando assim até mesmo sua evolução dentro da classe.

Bem, por enquanto é isto.
Espero comentários, de vocês para mim, ou mesmo de um para outro.
Lembrando que não estamos aqui para criticar, e sim para ajudar uns aos outros a melhorar os personagens.
Felipe
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