Dias Difíceis - Nash!!

Nash passou dias bem difíceis, ora amarrado num tronco sendo castigado pelo açoite de cravos de um grande bugbear, ora servindo de cobaia em seus "experimentos". Pôde ver toda crueldade daquele bando que mantinha pessoas presas em pequenas jaulas como animais para abate. Viu-os ser levados a um barracão, e seus gritos serem silenciados. Tempos depois, os inimigos ali se reuniam para o banquete. O cheiro da carne pairava no ar, e um misto de fome e medo o assolava. Por várias vezes, foi-lhe oferecido de comer.
[Teste de Fortitude, ND20; Caso falhe, acabou comendo, consciente de estar comendo carne humana]

O corte no rosto doía terrivelmente. Podia senti-lo ardendo e inchado, feito para marcar e impedido de cicatrizar adequadamente, ficaria com um talho aberto pro resto da vida marcando-lhe a face.

Numa tenda próxima, podia ouvir os gritos de Tamise sendo torturada. Sua imaginação só podia cogitar pelo que a garota estaria passando nas mãos daqueles selvagens, que riam a todo tempo, conversando em sua própria língua, sempre mantendo seus prisioneiros na mira das armas, chicotes e do mais puro terror.

Entre os "experimentos", os mais terríveis:
- As chibatadas com pontas de metal, que deixaram horríveis cicatrizes por todo corpo;
- Farpas de madeira eram enfiadas em sua carne. Algumas secas que entravam causando grande dor. Outras untadas em ervas para entrar facilmente, e ali ser deixadas, causando horríveis feridas purulentas;
- Fazer pequenos cortes e deixá-lo sob um fluxo de água contínuo, dificultando a cicatrização e fazendo-0o perder muito sangue, levado ao limite dos sentidos, e da loucura.
[Teste de Vontade, ND20 para não ficar "afetado".]

Nash perde completamente a noção dos dias e das noites, passando boa parte do tempo encapuzado. Só podia ouvir os sons do mal sendo feito às pessoas, e rezar pra que tivessem uma morte rápida... sabia que não seria o caso.

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Num dia como "outro qualquer", já conformado com sua sina, sente o sol tocar-lhe a face. Já esperava pela brutalidade. O corpo estava trêmulo e fraco, há dias sem se alimentar direito.
Por fim... sente um tranco no tronco ao qual estava amarrado. As mãos estavam finalmente livres. E só então percebe que tudo estava quieto demais por ali.
Ao retirar o capuz, para sua surpresa, quem estava ali era Tamíse. Mas estava mudada. Como você, tinha marcas por todo corpo, e vestia roupas esfarrapadas, coberta pela túnica de um hobgoblin morto.

Mortos... estavam todos mortos no acampamento. As jaulas, abertas. Mas ninguém à vista.
Ao se concentrar, podia ouvir passos se afastando dali às pressas, na mata.
Tamíse havia matado todos naquele acampamento. Havia libertado todas as pessoas... e agora estava indo embora, em silêncio.

Testes solicitados
Fortitude
17 + 5
22

Vontade
9 + 8
17

O membro 'Rodrigo' realizou a seguinte ação: Rolador!!

'd20' : 17, 9

D100

O membro 'Rodrigo' realizou a seguinte ação: Rolador!!

'd100' : 46

Off: Efeito de loucura postado junto à ficha do personagem.

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Havia um silêncio cúmplice entre a dupla. Nenhum dos dois parecia disposto a falar sobre estes dias, e as coisas pelas quais passaram.
Tamíse recolhe armas e, num barracão afastado, pega o que precisariam para viajar, repudiando qualquer provisão ali encontrada, principalmente a carne.
Ali, vocês encontram seus pertences. O altar-portátil de Nash estava destruído. Mas o resto dos equipamentos estava intacto.
A garota guarda as partes de sua armadura num mochilão, exceto por uma manopla e ombreira recuperadas nos espólios (estilo gladiador), recuperando ainda a espada e evando consigo pertences dos soldados massacrados, além da espada e do escudo de Tristan.

Todo o tempo ela estava quieta. Não falou uma só palavra desde que te soltou, deixando a vila quase de forma autômata.

Na saída, apanha um dos cavalos (o de Tristan fora devorado), carregando-o com seus equipamentos.
Então, ela o espera.

Nash leva HORAS se flagelando em busca das farpas envenenadas. Cada uma no lugar de uma ferida diferente, espremendo como espinhas e fazendo cortes para tirar o sangue infectado. Então, vaga pela mata em busca de ervas para improvisar emplastros, tratando os ferimentos. Estava todo enrolado em ataduras, no tronco e braços, que ardiam dolorosamente. Mas nenhum doía mais que o talho no rosto, e a expressão de regozijo do Cirycista. Ali, tiveram uma certeza incômoda:
"Havia REALMENTE um traidor nos altos-círculos de Cormyr. Alguém disposto a promover tamanha matança para acobertar os eventos nas montanhas, e permitir a manipulação de energias negativas pela região."

O simples pensamento era nefasto. Alguém com tamanha influência e recursos... Só poderia pertencer ao alto escalão do poderio militar ou dos magos de guerra, senão da própria Corte.

Precisariam de ajuda. Mas voltar não era agora uma opção. Precisavam se recuperar. Precisavam de ajuda de fora. Alguém intocado pela corrupção, e que estivesse disposto a se arriscar para enfrentá-la, encarando a morte certa... como vocês fizeram.

Quando terminava de se aprontar, pegando um segundo cavalo, Tamíse finalmente quebra o silêncio, apenas para dizer:
- Há uma vila a algumas horas daqui. É lá que eles pegam as pessoas pra comer. Vamos pra lá.

E sem esperar que respondesse, ela começa a guiar o cavalo naquela direção.

Nash começava a se preocupar com sua nova companheira de viagem. Não via mais o brilho espirituoso da líder de tropa. Estava fria e distante.
"Uma chama apagada" é o termo que a definia.

Indo no mesmo barracão estava as coisas, juntando com cuidado as partes do pequeno altar, e olhando, arrumando minha armadura e também nem chegando perto da carne que ali havia....
Ajeito meu escudo nas costas junto da espada, e na cintura penduro a maça, a armadura é ajeitada com certo cuidado, porém não a vestido.
Pegando um manto e colocando sobre meu corpo, para não mostrar as ataduras e feridas, sendo assim cobrindo a cabeça apenas ficando com os a mostra.

Ela ao se falar comigo, apenas confirmo com a cabeça, por tudo que havia passado naqueles dias terríveis, sua mente se volta em se fortalecer e reencontrar o Cirycista e aquele caveliro.
Logo já passando a mão sobre a ferida no rosto e a pressionando, e logo abrindo um sorriso de prazer com aquela sensação (caso a ela perceba a ação, percebe o prazer nem uma nova expressão do clérigo, a de prazer).

Então colocando a mochila no cavalo indicado por ela e montando e seguindo-a.

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