Encontro às Escuras - Aiolos, Barduk e Morë!!

Aiolos, Barduk,e Morë são surpreendidos pela repentina energia que salta do pingente, atingindo o trio.
Num instante, estavam na entrada de um refeitório cheio de algazarra anã.
No outro, vêem-se num imenso salão, completamente escuro, não fosse por pontos de luz azulada que flutuava pelo teto, a mais de 6m do chão.

Era um grande salão em abóboda, com altas (porém finas) colunas, com portas nos 4 pontos cardeais, levando para mais escuridão.
Espalhados por toda parte, bonecos de treino, armas de madeira e alvos de setas. Os combatentes prontamente identificam como uma "sala-de-guerra". Um lugar para guerreiros poderem treinar.

Podiam ver, num canto distante, uma fraca silhueta em forma humanóide, rodeada por faíscas roxas (fogo das fadas). E uma voz, baixa e firme, ecoa pelo lugar vinda de todas as direções:
- O que querem comigo?

Aiolos fica em prontidão e tenta se acalmar pela situação, enquanto aguardava o drow se manifestar. Silenciosamente se concentra e usa detectar o mal.

- De renegado para renegado...o saber !

* ele dá alguns passos firmes porém lentos para frente, e sua voz ecoa pelo salão*

Outra silhueta envolta por fogo das fadas surge do lado Leste do salão (a primeira estava ao Norte), e desta vez a voz vem de sua direção:
- De Renegado a Renegado, nada temos a discutir. A informação que tenho é que você ainda tem uma linhagem a defender. Então não se iguale a mim, pois em nada nos assemelhamos. E seja direto. Meu tempo, e minha paciência, são escassos.

Aiolos se sente na mira de armas ocultas pela escuridão. Como um animal acuado no centro de uma armadilha.
O assunto seria delicado, e diplomático. Diplomacia de um costume que desconhecia completamente. Nem sabia o que estava fazendo ali.

Em drow::

Continuo concentrado na magia, enquanto isso ficava se indagando por qual motivo aquela joia havia lhe trazido para um local na qual não tenho conhecimentos e nem o que estava sendo dito.

Aiolos assume uma posição defensiva e observava o local.

Off: Aiolos enxerga no escuro.

''drow também sangra''

*Barduk toma um susto ao ser transportado para aquele lugar, não estava tão habituado a magia e seus instintos o faziam segurar firme o seu urgrosh com as duas mãos*
-raios, como vim parar aqui?

<off> Barduk tbm enxerga no escuro <off>

*Continua a seguir até ver-se exatamente no meio do salão  e continua a falar em seu idioma nativo*

- Minha irmã tem uma linhagem a defender, e mesmo que ela voltasse a figurar entre o Conselho, eu continuaria a ser apenas uma marionete nos jogos das Matronas!

*pensa por um segundo, a vida de sua irmã o importava e muito, mas não defender aquele jogo de intrigas perverso, o druida estava farto daquilo, e naquele momento vivendo algo bem além, talvez no fundo sonhasse em ver toda aquela hierarquia abaixo*

- Uma rebelião começa a se inflar nas cidades do subterrâneo, e as matronas começam a temer a revolta, a mu...dança pode estar prestes a acontecer ou não, teu papel poderia ser outro neste jogo que pode-se tornar secular.

* O druida tenta fazer uma tentativa de demonstrar a possibilidade de tirar o poder das clérigas de Lolth, e trazer a questão drow para uma arena mais disposta para os machos drow ao invés daquele monopólio de reconhecimento e poder feminino.*

- Além do mais quando Doriath ,No-quar e Yngaloth juntam suas forças, existe algo maior, além das forças que atuam displicentemente neste jogos de poder mundanos.  Um novo nome se forma, um nome de poder...

Negada, os três enxergam, por isto descrevi detalhes do salão.
Mas alguns pontos permanecem obscurecidos por magia Escuridão (habilidade inerente dos drows), então há "falhas" na visão de vocês, fora o ambiente ser mal-iluminado, e não completamente escuro, o que cria penumbras mesmo na Visão no Escuro de vocês.

Por si só, isto denunciava grande habilidade tática daquele com quem estavam lidando. Fora desconhecer o número real de adversário, pois podiam ver apenas 2 silhuetas em meio às sombras do salão.

Não mais em drow:
- HAHAHAHAHAHAHAHAHA!! (o riso ecoa pelo salão)

A voz, soturna, continua:
- Sua irmã, coo você, é uma criança. Um palito nos dentes das aranhas que a esperam. As casas que nomeia são as piores e mais terríveis. Mas jamais perderiam tempo caçando uma fugitiva. Pois se uma MULHER escapou ao seu controle, então eles sabem EXATAMENTE onde ela está. E se VOCÊ ainda respira, é porque não representam perigo a ninguém.

Uma terceira silhueta aparece no Sul do salão, a voz agora vindo de lá.
O trio se alarma. Já não sabiam mais qual era o real interlocutor, e qual era um embuste. Uma tática drow dispersiva... e extremamente eficaz:
- Uma rebelião, ele diz. Sabe quantas já testemunhei nos meus anos? Quantas casas vi se levantar, se insurgir, e desaparecer da noite para o dia? Sabe o que é ver uma manifestação da própria Lolth surgir em sua cidade e dizer... Cof-cof... "ATÉ O NOVO AMANHECER, TRÊS CASAS DEVEM SER SACRIFICADAS EM MEU NOME!"

A voz agora ecoava, como se estivesse em movimento, já não vindo mais de nenhuma das silhuetas, mas de algum lugar nas sombras do salão:
[i]- Viva no caos, e não protegido atrás dos muros de uma casa maior. ESTA é a sina, Morë. Minha casa foi uma das escolhidas. E as três que mencionou se uniram, uma preservando a outra. Juntas, criaram forças impensáveis. Até que um só homem, numa manifestação divina, derrotou sozinho 3 Jabuks. No´Quar estão fracos... mas vivos. Se quer vencer, leve este homem com você. É a única chance de vencer.

Mudando a direção, a voz agora vem da silhueta Norte:
- Você é só um jogo, Morë. Sua existência é a diversão das casas que o deixaram ir. Como os Do´Urden, de Mensoberranzan. Tenho certeza de que Dáin o alertou de como voltar à paz de suas terras. Como preservar sua vida, e a de sua irmã. Você É um joguete das Matronas de sua cidade, queira ou não. Até que tenha forças para se livrar dos jogos, e ditar suas próprias regras, vai viver sempre à sombra de seus perseguidores. E mesmo que traga um anjo consigo, ele seria ainda mais cobiçado... preso... as asas arrancadas pelo bel prazer de seus torturadores. E Barduk, tenho certeza que conheceu a vida de dentro de uma jaula. Nada comparado ao que aconteceria se caísse nas mãos das Casas.

Aiolos vira de costas para Barduk e então diz: - Que Torm traga luz à este ambiente e possamos enxergar nossos anfitriões.

Aiolos puxa sua espada e conjura Luz na mesma.

Após isso ainda em tom sério diz: - Não estou aqui para servir este jogo drow e não conheço os motivos ou intenções destas casas drow e acabei sendo trazido para este local sem saber o real motivo dessa conversa. Aliás, minha luta é outra e esta bem distante do subterrâneo.

De espada em punho, a Luz se faz, contrastando com a Escuridão do salão.
Ao redor do trio, a penumbra diminui, mas também sua visibilidade, dando uma impressão ainda mais sinistra do lugar.

Estavam no limiar entre luz e escuridão (literalmente). Mas se antes eram evidência, agora eram mais que um alvo.
As silhuetas permanecem inalteradas.
Os globos brilhante continuavam flutuando no teto do grande salão.
Apenas vocês, envoltos pela Luz de Aiolos, enxergavam um pouco melhor (ou pior, no caso do anão) seus arredores, livres de qualquer inimigo ou ameaça.

-Não são as prisões que me preocupam, sabe?
*O anão serra os dentes*
-Tarenuss...

*Barduk agora segurava seu machado apenas em uma mão, puxando seu escudo*

-raios paladino que merda vocêfez?
*Barduk semi-fecha os olhos tentando se acostumar com a luz abrupta*

Aiolos vendo o comentário de Barduk e sua falta de respeito, dissipa a luz e se silencia.

Passos se aproximavam, e logo, pouco antes da luz ser dissipada, um drow entra em seu campo de visão.
Vestia um camisão de malha escuro com um grande símbolo de aranha no peito, e tinha 2 sabres embainhados.
Porém, usava calças humanas e botas de caminhada, e os cabelos brancos estavam escondidos sob uma bandana parda.

Ele diz, a voz segura, e sorri amigavelmente:
- A Luz não me incomoda, senhores. Nunca incomodou. Parece que estão mais perdidos do que eu já estive. Mas um Renegado deve conhecer sua vizinhança antes de estabelecer sua cova. É como chamo este lugar, meu cemitério pessoal.

Ele abre os braços exibindo o salão, e as luzes do teto brilham ainda mais intensamente, iluminanto todo o lugar com uma iluminação azulada intensa, que quando atinge as paredes as faz brilhar como se cada pedra fosse alvo de Fogo das Fadas.
Morë reconhece a engenharia de seu povo, paredes feitas para reagir à presença dos drows.

Mas quando todo o salão é, finalmente, iluminado, descobrem que as "silhuetas" eram na verdade bonecos de treino iluminados em meio a zonas escuras.

Nos 4 cantos do grande salão, outros drows estavam armados com bestas, agora erguendo-as e apontando-as para cima.

Morë reconhecia gestos muito sutis na fala do Renegado, sinais secretos de seu povo, conhecidos apenas nas fileiras militares.

O drow diz, ainda em tom amigável, porém sério:
- Me escondi por muito tempo, e esqueci como os povos do alto têm medo do escuro. Se preferem, podemos conversar sob sua Luz. Já falei que ela não me incomoda. Não como a eles.

- Um belo cemitério.

* A voz séria responde às provocações do homem e segue de encontro a ele, encarando-o mas sem sinal de animosidade, apenas sério*

- As três casas se preservam, e convocaram ou esbarraram em algo maior, algo que transpassou mundos e agora está aqui.

* Envolve o medalhão com o punho fechado, olhando-o, mas como medo de abri-lo*

- Não são apenas jogos de poder das matronas, acho que desta vez, esbarraram em algo que não podem controlar . E sobre minha paz, minha vida, é algo que posso postergar.

* evita falar sobre a irmã, de fato não sabe ainda como protege-la ou achá-la, mas cada vez mais tem certeza, que achar o demônio, será achá-la *

Com um sorriso, o Drow diz:
- Não preciso vê-la para saber que runa é esta. Eu a carreguei por muito tempo. Meu clã é famoso por trazer criaturas de reinos esquecidos, do além e muito abaixo dos pesadelos dos homens. Eu, particularmente, me especializei em rastrear e eliminar demônios escondidos em pele mundana. Posso farejá-los através das milhas, e sentir sua presença com os olhos fechados. Mas este não é um toque. Você está vendo um lado da história. Por que três casas tão distintas se uniriam por uma causa?

Aiolos apoia sua espada no chão e apenas ouvia atentamente a conversa, enquanto contava mentalmente o número de besteiros ao nosso redor e uma possivel rota de fuga.

-escravizadas? medo?
*ao contrário do paladino, Barduk não abaixa a guarda*

É aí que tu pode ajudar... Ele diz que é a Mudança e que minha pequena é chave para isso! Mas que mudança ?! Annariel é o receptáculo para Abe...?!

*a voz emudece e pela primeira vez de fato o drow assume sua confusão , não acredita ainda que elas estejam com Annariel, mesmo que tenha passado anos achando isso, o encontro com o caçador o fizera mudar de ideia e se agarrava firmemente a esta esperança, mas um medo maior surgia cada dia mais, tinah certeza que estava perto de encontrá-la mas entendia que ou levava as matronas juntas em sua caçada, ou encontraria Annariel a Luz na Escuridão, imersa nas trevas do demônio*

O drow sorri da confusão de Morë, e diz:
- Você realmente não sabe, não é?

*calado*

Ele se vira, e volta caminhando para a entrada norte do salão, em silêncio.

- Diga !

* passa por ele e para a alguns passos de frente a ele , com o olhar fixo e curioso *

-é isso? e agora como saímos daqui?

Ele responde, sem deter os passos e desviando de Morë:
- Se não há pergunta, não há interesse na resposta. Você não tem causa por que lutar, senão esperar sua irmã aparecer... ou procurá-la até a exaustão. Enquanto eu não tenho esta opção, senão esperar pela morte. Eles virão atrás de mim, pois Lolth assim demanda. Ou 3 Matronas serão mortas por minha causa. Neste momento há círculos inteiros de assassinos sendo convocados por minha causa. A única forma de chegar aqui é através do portal que Sybil abriu pra vocês. É assim que se protege contra seu povo. Mas quanto mais procurar, mas vai revelá-la.

Olhando o medo causado pela runa, o drow se vira e diz:
- Vou contar a vocês a história de Abelard. - Morë quase tem uma convulsão ouvindo o nome dito com tanta leviandade - Um homem tão vil e perverso que foi traído pelos próprios aprendizes, horrorizados por seus feitos. É óbvio que não teve um julgamento justo. Foi enforcado, queimado e seus restos espalhados para que nunca mais voltasse da morte, e seue spírito se perdesse no além. Mas os demônios com os quais tinha pactos vieram cobrar-lhe a demanda. Qual não foi sua surpresa quando caiu no Inferno, e elevou-se ao nível deles. Um homem transformado em demônio pelos próprios feitos. Um home cuja perversidade rompeu a barreira dos mundos, e do próprio tempo.

Ele faz uma pausa, e continua:
- Séculos se passaram, e um meio-sangue nasceu de uma alta casa em Menzoberranzan. Filho bastardo de um prisioneiro e uma Matrona, ele foi escorraçado, torturado ainda bebê, e jogado nos fossos das Aranhas para servir de comida. Mas foi protegido por uma força invisível. Foi criado no segredo das sombras, e alimentado pela magia, há muito esquecida, de Underdark. Décadas se passaram, e este meio-drow voltou à cidade. Conhecia seu nome, e os segredos das mais altas Casas. Sua simples vida era um risco. Mas tinha poderes únicos, e sua mente parecia inalcançável para qualquer força mágica. Então antes que se percebesse, ele já tinha altos magos ajoelhados a seus pés, galgando força e poder nas fileiras escusas das casas. Passou nos testes de Lolth e foi aceito como Jabuk de uma das maiores casas, os Jariel. Mas a perversidade de seus atos deixavam seu credo em dúvida. As Matronas exigiram seu fim, e seus próprios aliados o traíram, destruindo seu corpo com magias poderosas e lançando sua mente no esquecimento.

Ele faz uma pausa e continua:
- Acontece que a força que o protegeu ainda bebê era ninguém menos que Ghaunadaur. E sua presença foi lançada no esquecimento junto com ele. O Deus-morto pretendia voltar à vida através de seus atos mundanos. Mas este meio-drow sempre teve um fascínio pelas forças obscuras do Inferno e do Abismo. E ao longo de sua vida, colecionou poder e conhecimento. Quando desejaram sua morte, conseguiram o contrário, e ele voltou à vida. Mais forte do que nunca. E trouxe consigo uma horda infernal, que varreu Menzoberranzan, criando um cisma entre o Conselho, que não sabia que Casa o estava apoiando. Pois se recusavam a crer que um só homem podia ser mais forte que a vontade de Lolth. Então, num ritual profano, a invocaram. ela, em pessoa, o baniu para o mais profundo dos Planos inferiores. Mas cobrou um alto preço por isto. A morte de TRÊS Matronas, e o fim das mais altas Casas de Menzoberranzan.

Nova pausa, e ele continua:
- Mas de alguma forma, seu nome ressurgiu nas fileiras drows desta região. Na forma de seres que Barduk conheceu. E ainda conhece. ISTO, Barduk, foi o que você encontrou em Underdark, nos cofres de uma Casa. Tentou destruir, mas nunca conseguiu. Buscou o clero de seu povo, mas ninguém quis se envolver, porque a SUA fama trazia problemas por onde passava. Então, você buscou um círculo de xamãs, que lançariam o nome no esquecimento. Ou assim você pensou...

Desta vez, ele vira de frente para Morë, e diz:
- As casas não são aliadas. São a Sombra. São o LEGADO de Abelard. Seus Primeiros são seus seguidores, que se espalharam quando Lolth ordenou sua Ruína. Se mesclaram em outras casas, e com o tempo foram esquecidos. Mas quando um dos xamãs, inadvertidamente, disse o nome d´Ele, ele o ouviu do Abismo, e lançou sua presença uma vez mais neste mundo. Ele trama do Além há tanto tempo que nem sequer precisa viver para influenciar este lugar. No Além, ele conheceu Abelard e suas hordas, e usurpou-lhe o poder. Usurpou-lhe o próprio nome, valendo-se do medo que o outro nome raziam, e da influência sobre as forças Infernais.

Nova pausa, e ele continua:
- Sua irmã é a chance de chegar ao Conselho. Se alguém, sob SUA influência, falar de dentro, Abelard terá um poder nunca antes visto. Ele poderia, por sua próprua força, convocar e destruir a própria Lolth. E se fizer isto... ele assumiria completamente o controle sobre QUALQUER drow vivente.

*Barduk segura o riso no começo da fala do drow e logo vê que o negócio fica sério. Era algo muito maior do que poderia imaginar. Uma força que não sabiam como deter. Se a própria Lolth poderia morrer em suas mãos, então somente os deuses poderiam combater aquilo, ou, seus enviados*
''se ao menos pudesse usar aquele martelo''

-hááá tá aí, eu não sou o pior trapo de todos.
''se gurag não tivesse fritado meus miolos u ainda saberia de tudo isso, mas omo fui parar no submundo?
*O anão estava pasmo com tudo aquilo, um misto de medo e euforia*
-quais seres?