Frente IV: Ballasar, Garrick e Skie!!

Garrick:

Longas foram as viagens desde sua terra-natal, assolada pela guerra. Depois de deixar a segurança de sua cidade e cavalgar para longe, foi emboscado por goblinóides, dos quais se desvencilhou facilmente. Apesar de numerosos, estavam despreparados para encontrar um combatente feroz (literalmente), postos pra correr sem dificuldade.
Mas com eles, encontra algo de valor. Um papiro preso a um pequeno bastão de madeira (uma forma tribal de correspondência, típica dos goblinóides). Mas decifrá-lo...

Atirou-o na mochila e retomou sua cavalgada. A carta de sua mãe ao amigo de seu pai parecia urgente.
Cavalgou por um dia inteiro, indo parar ao anoitecer, que trazia em seu encalço um céu excepcionalmente negro, de poucas estrelas. Seu cavalo já estava cansado.

Uma fogueira, um pouco de comida para acalmar os nervos e aquecer o coração. E logo, depois de duas horas de sentinela, acaba pegando no sono.

O bárbaro acorda ouvindo passos. Alguém andava próximo ao seu acampamento improvisado. Ao se levantar, depara com 3 figuras caminhando no escuro, a passos lentos e sorrateiros. Um deles tropeça em algo e cai, gemendo. Os outros dois tentam agarrá-lo. Garrick sente mãos frias tentando pegá-lo.
Ao se libertar, agarra uma brasa da fogueira, agitando-a até que brilhasse mais, iluminando rostos totalmente distorcidos, um deles faltando parte da bochecha, arrancada pelo que parecia ser uma dentada.
Ao longe, o vento frio traz o que parecia ser o som de um cântico, e os três mortos-vivos parecem se enfurecer, atacando-o com força incomum.

O machado canta.
Uma fria neblina brotava do chão.
Garrick sente alguém ás suas costas. Uma voz firme diz:
- Tem mais deles vindo. A coisa vai ficar feia.

Garrick já lutou contra adversários antes. Mas nada se comparava a bater em algo que sequer gemia. Algo que, mesmo aos pedaços, continuava a lutar. A morder. A arranhar.

Os inimigos brotavam do chão. Era assustador de se ver. O cântico parecia trazê-los do além com fervorosa confiança. E então, a macabra oração torna-se audível:
- Aqui não há lugar pra você, filho de Beohram. MORRA DE UMA VEZ!!!
- NÃÃÃÃO!!!

O ar esfria intensamente, e Garricksente a pele começar a congelar, quando a mão daquele que o ajudava aperta seu ombro, queimando-o como fogo.
O choque e a intensidade do ataque são demais para seu corpo, que perde os sentidos.

Garrick tem relances, devaneios de pesadelos com a luta vivida contra os rostos retorcidos. Um aperto em seu coração o traz à consciência. Algo molhado o lambia o rosto.
Ao recobrar a consciência, um eco da voz de seu salvador repetia palavras em sua lembrança.
Cada vez mais baixo.
Cada vez mais distante.
"A mão do Assassino entregou o coração-negro ao Anjo do seu céu. Encontre a chave roubada, e sele o mal além deste mundo, removendo a mortalha que cobre Vaasa... e todo o Norte."

As palavras se repetiam, até sumir, tornando-se uma lembrança.
E quando a consciência volta por completo, estava sentado numa clareira, com um grupo estranho à sua volta. Homens de feições incomuns, falando uma língua diferente, até encontrar uma língua comum.

Garrick se descobre nas terras do Mar da Lua. Distante demais de sua terra-natal.

...

Os Corvos de Prata, um grupo de valorosos mercenários, teve a chance de tê-lo em sua companhia. Primeiro como alguém salvo. Um indigente. Mas ao primeiro sinal de problemas, num violento assalto à caravana que escoltavam, puderam ver o "garoto" e seu machado em ação, impressionados com sua habilidade. E não demorou até ser tratado como um igual, viajando por terras longínquas, primeiro de barco, por rios tortuosos, depois por terra. Até chegarem os rumores sobre uma crise de proporções enormes. Grandes nomes do meio arcano sendo atacados por forças de outros mundos, derrotados sem dificuldade. A população mergulhava no caos do pânico, e aldeões de pequenos povoados fugiam para cidades maiores em busca de segurança.

O grupo aceita a tarefa de acompanhar algumas famílias de nobres, que viajariam através de uma terra inóspita e perigosa:
A Floresta de Cormanthor.

Skie:

Os grupos se cruzaram pela primeira vez em Ireabor. O nome dos Corvos de Prata rompe fronteiras pelas Terras Centrais, e conhecer uma de suas facções chegava a ser emocionante. Ainda mais providencial foi descobrir seu destino. Nada menos que as terras dos Vales, mas por um caminho perigoso e repleto de mistérios.

Não há estudante de magia que nunca tenha sonhado conhecer a mística e enigmática Cormanthor. Antigo lar de elfos e seres de pura magia, suas terras guardavam segredos inexplorados, cercados de mistérios, enigmas e armadilhas mortais.
Mas rumores especiais poderiam ser desvendados, se fossem verdadeiros. E Skie tinha agora a chande de desvendá-los. Há anos, as cidades elficas estavam desertas, abandonadas por um povo em figa de tantas guerras e inimigos perigosos. O Êxodo, começado há mais de 1 século terminou, ao que se sabe, há quase 6 anos, e desde então as terras outrora élficas tornaram-se cobiçadas, palco de aventureiros e mercenários em busca de riquezas e fama fácil explorando locais distantes, e pouco conhecidos.

O grupo ao qual estava prestes a se juntar percorreria a maior das "terras élficas" conhecidas no continente. Passariam próximos à mítica Myth Drannor. Um lugar que, entre outras coisas, encerrava objetos de arte e tesouros de outrora, nunca encontrados por magos ou exploradores de parte alguma.

Mas Skie se perguntava:
Como iriam de Ireabor a Cormanthor em tão pouco tempo, conforme a agenda programada?

O Início:

Skie:

Vendo seus amigos partindo em busca de seus destinos, era hora de buscar o seu próprio. E Walkeen pareceu sorrir ao abordar o grupamento sediado na guarda local, e ali encontrar o mesmo velho da noite anterior.
Seu nome era Sebastian Drastan, líder daquele grupo mercenário conhecido como "Os Corvos de Prata".
O velho mercenário estava reunindo provisões para uma longa viagem, e contratando escolta armada para uma "carga valiosa", não declarada.

Spoiler:

Skie ainda era novata no mundo dos aventureiros, e se perguntava: "Como faria para ser aceita em tão seleto grupo?"

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Garrick:

Há várias dezenas lutava ao lado dos Corvos, e embora soubesse seu lugar, que mesmo respeitado em suas fileiras, não era um deles.
De natureza honrada, seus membros prezavam uma boa luta, mas acima de tudo tinham um senso de dever nato.
Garrick participou de pequenas incursões, transportes e escoltas, mas o principal, pelejas entre membros, puro esporte em tempos calmos, por dinheiro.

Era a primeira vez que o grupo se preparava para uma viagem tão longa. As pelejas estavam suspensas para poupar o bem-estar dos homens.
Garrick percebe-se foco das atenções de uma outra novata. Uma garota de maneiras fúteis, vaidosa e frágil demais para estar ali.

Então, Garrick pensa consigo:
"Esta é a chance de juntar-se de vez aos Corvos, melhorando seu status e podendo participar de tarefas muito mais lucrativas."

Mas mesmo que o objetivo fosse a sobrevivência, o coração estava longe dali, na esperança de bem-estar de sua mãe, e nas palavras enigmáticas deixadas por um misterioso amigo de seu pai, e na forma tão brutal com que o salvou da morte.

O nome de seu pai proferido com ódio  por um ser nefasto, e o desejo de sua própria morte tornavam sua história  um verdadeiro enigma.
Que outros mistérios poderia descobrir sobre os passos e as andanças de seu pai?

O destino de Skie está, uma vez mais, em aberto. O que ela fará deste ponto em diante? Para onde irá?

Com certeza, não será de volta para casa. Estes últimos meses com Nalia e os outros mostrou a ela que, sim, ela é muito mais do que só um rostinho bonito e um bom gosto fenomenal para roupas e maquiagem. Agora, ela realmente sabe usar magias arcanas, ela é uma maga de verdade, graças a ajuda de Nalia. Ela também aprendeu muito sobre como lidar com armadilhas e como ser furtiva, devido a sua experiência ainda em Baldur's Gate e alguns truques que a Alora ensinou a ela.

Uma oportunidade surgiu para ela agora, seguir com estes mercenários, os Corvos de Prava. A princípio, ela pensou em apenas acompanhá-los a seu próximo destino, mas talvez seria melhor oferecer a eles seus serviços. Afinal, ela está novamente sem dinheiro. Suas roupas, maquiagens e perfumes são muito caros, é difícil manter seu estoque sempre bem abastecido.

Mas será que eles aceitariam a Skie entre os seus? Ela imagina que sim. Afinal, ela tem muitos talentos. Além de suas habilidades mágicas e com armadilhas, que, ela sabe, há muitos aventureiros que também o sabem fazer, e são melhores que ela, ela tem suas habilidades como diplomata. Ela acredita saber tudo o que existe para se saber sobre a etiqueta da corte, sobre heráldica e sobre todas as coisas que os nobres sabem e gostam. Muito útil para lidar com nobres de todos os lugares. Além disso, ela é versada em muitas línguas. Com este conjunto de habilidades, Skie seria muito útil como uma negociadora para o grupo, quem sabe conseguir para eles pagamentos mais adequados com seus contratadores. Ou, juntando as três habilidades dela (maga, ladina e diplomata), ela seria uma espiã perfeita.

Ela lembrará a Sebastian Drastan todas estas possibilidades assim que encontrá-lo.

*Ele está cada vez mais distante de seu lar, a voz de sua mãe está longe...Mares e viagens acabam por envolvê-lo, no fundo a necessidade de conseguir sobreviver deu um passo a diante, ele sente orgulho e prazer de ser feroz e plenamente capaz de matar.

Sentir a lâmina dilacerando a carne, o sangue quente saindo das veias...no fundo mais sombrio ele sente prazer nisso.
Mas ele busca se controlar, pega forte em suas mãos a lembrança que a mãe lhe entregou e ai ele é capaz de se encontrar de novo, algo mais suave.

Ele lutou com bravura e assim conseguiu seu espaço, e apesar de mistérios sobre o que ocorreu de fato com seu pai e aquele estranho pesadelo deixa-lo confuso e preocupado, ele está próximo de conseguir um bom dinheiro. E assim mais próximo de voltar para sua mãe.

A garota é magra e cheira dinheiro, esta é a única coisa que importa para ele. Espera que ela não o procure e confia na sua aparência rude e totalmente descuidada para fazer o serviço.

No mais o que restar é seguir e esperar, ver onde o destino o vai levar.*

Garrick e Skie ensaiavam seu encontro com o líder da comitiva, o velho e experiente Sebastian Drastan. Cada um à sua maneira, cada um em seu lugar, pensando em maneiras de juntar-se à elite da caravana, ingressando numa das tarefas mais arriscadas de que já ouviram falar. Nos últimos anos, Cormanthor foi eleita "Grande Cemitério", pelo abandono dos lares élficos e rumores sobre monstros e demônios que vagavam por suas terras, sendo os Vales uma região desolada e assustadora, seus habitantes prisioneiros de pesadelos insanos e mortais.

Ainda assim, era a única caravana em vias de deixar a cidade, cruzando caminhos até Voonlar e, então, diretamente ao Sul, às terras assombradas.

Por mais que tentassem enganar seus corações, o receio imperava dentro deles, e daquilo que iriam enfrenar em seu caminho.

Reunindo uma faísca de coragem, antes que mudassem de idéia, acabam por se esbarrar na entrada da movimentada e tumultuada taverna onde o velho mercenário se reunia à sua elite guerreira, planejando os próximos passos, e onde seus feitores cuidavam de detalhes menos importantes, como contratos e aprovisionamento da caravana.

Enquanto Skie espera a sua vez para falar com o líder mercenário, ela nota o bárbaro. Ela não consegue desviar seu olhar por algum tempo. De todos que ela viu aqui até agora, ele é o único que, para seu gosto, tem uma aparência agradável. Ele é bonito; claro que a beleza dele é do tipo "pelos deuses, de onde você saiu, foi de uma caverna?", mas ainda assim é belo. Caso ela não encontre ninguém mais interessante, este rapaz pelo menos pode vir a ser uma companhia agradável, ainda que seja só visualmente falando.

Enquanto enrolava e esperava, Skie vê o feitor sinalizar que se aproximasse. À sua frente um grande livro com incontáveis nomes e "profissões", algumas escritas em códigos, ou assim parecia.
O homem, na casa dos 30 e poucos, parecia cansado, a mão trêmula de tanto escrever e anotar.
E a fila de candidatos só fazia aumentar.

Quem visse Skie com seu novo visual, seu cabelo tratado com Água de Esmeraltan para deixa-lo loiro e seus olhos clareados com um colírio élfico, não a reconheceria de imediato. Dessa forma, é muito mais fácil fazer uso de seu pseudônimo, Mordaine Elvenhair, e deixar de lado temporariamente a filha do Grão-Duque de Baldur's Gate.

Enquanto a moça se aproxima do escrivão, caminhando sobre seus tamancos de madeira de Wealdath (a última moda em Tethyr!), ela e o bárbaro se esbarram. Ela quase cai para trás e, instintivamente, ela responde em comum, no dialeto Calant, recheado de palavras do Chondathan.

-Ai! Hello-ow! Cuidado, viu? Tipo, você quase que totally me derrubou!

-Tá cega é minha filha?

*Ele fala com seu jeito indelicado e aguarda seu momento.*

off: Agora fiquei confusa, achei que ele já fazia parte da caravana.

Explicando: Garrick anda com os Corvos de Prata, mas fazendo pequenas tarefas pouco rentáveis. A caravana que cruzará a Floresta será a primeira tarefa realmente importante e lucrativa junto ao grupo, uma forma de conquistar prestígio e garantir participação em grandes missões no futuro, mais do que ficar fazendo serviços pequenos.
Em outras palavras, é como se até agora tivesse trabalhado por ninharia em serviços comuns e pouco arriscados, e agora tivesse surgido a oportunidade de uma missão mais arriscada e muito mais lucrativa.

On: Risadas ecoam pela taverna ao comentário de Garrick, seguida de murmúrios do tipo:
"Onde esta boneca acha que vai?"
"Uma taverna não é lugar pra mocinhas."
Ou ainda,
"Só de entrar aqui já vai estragar-lhe o penteado."

Skie sente o rosto esquentar. Típico dos machões, menosprezar as mulheres até que provem seu valor.
Ao mesmo tempo, percebe os feitores sérios, talvez acostumados a mulheres em seu meio.

Ela fica muito chateada com aquilo. Não só ela quase cai e escuta uma resposta desaforada, como acaba virando o centro das atenções da taverna. Na verdade, ela adora ser o centro das atenções, mas não quando ela é ridicularizada. No entanto, como a maioria dos nobres faria nesta situação, ela prefere desconsiderar os comentários no bom estilo "o que vem de baixo não me atinge". Ela se limita a responder ao rapaz que esbarrou nela.

-Hunf, seu grosso. Licença que é a minha vez, você vai ter que esperar.

Ela segue até o escrivão como se nada tivesse acontecido, caminhando com tanta naturalidade até lá com seus tamancos de 15 cm que até faz parecer que ela está caminhando descalça.

*Ele resmunga qualquer coisa coisa incompreensível e espera, afinal ele tem que ficar na fila até sua vez.*

Garrick estava logo atrás de Skie na fila, agora tomada por impacientes, e a garota ouvia todo tipo de gracejos, desde "Se quiser posso protegê-la dos ratos deste lugar", até mesmo "Ei, garota, que tal dividir uma tenda nesta viagem? Não vai se arrepender."
No ambiente da taverna, esta última se repetia m várias versões, nem todas educadas. Mas os olhos atentos do velho Drastan passeavam pelos falantes, o que pra muitos já representava uma recusa em servir sob seu estandarte. E assim, ainda que acidentalmente, Skie tornou-se um crivo de seleção entre tantos rufiões.

Já diante da mesa, Skie se surpreende ao deparar com um livro cheio de notas bem organizadas, e sob ele alguns pergaminhos, uns abertos, outros fechados, alguns até mesmo mágicos.
O homem pergunta, olhando-a nos olhos como se esperasse ser impressionado:
- Qual seu nome, boneca? E o que pode fazer pela comitiva?

Garrick se via intrigado. Em parte, ria com os gracejos, ao mesmo tempo em que se perguntava "o que uma mulher daquelas fazia num antro daqueles?"

Skie está odiando aquilo. Por um lado, é muito difícil ignorar as provocações. Mas, por outro, o que ela poderia fazer contra tantos? Ela pensa nisso com dificuldade, tendo a raiva como um grande obstáculo para as boas ideias. Mas, por fim, ela decide exatamente o que fazer, ela só precisa esperar o momento certo.

Quando o escrivão a chama, ela se prepara para responder da melhor maneira possível. Por um segundo ela quase se trai e diz "Aliskia Silvershield". No entanto, a resposta sai como planejado:

-Eu sou Mordaine Elvenhair, filha de Firebead, sábio de Candlekeep. Sou versada em etiqueta da corte e em línguas de muitos lugares. Sou também uma trapista experiente. Mas, principalmente, sou versada nas artes arcanas.

E, dito isto, ela demonstra suas habilidades arcanas conjurando em si Transformação Momentânea. Ela pensa na velhota mais feiosa que ela já viu em toda sua vida (uma idosa de Baldur's Gate) e acrescenta a sua feiura vários detalhes medonhos. O resultado final não é nada agradável de se ver. Feito isso, ela finalmente olha para os engraçadinhos que estavam fazendo comentários inapropriados sobre ela. Seu olhar não tenta ser intimidador, pois não é necessário. Será que eles ainda gostariam de ter sua companhia, afinal de contas?

Um misto de náusea e espanto toma conta de todos ali. O escriba recua com a cadeira, assustado.
Alguns guardas fazem menção de sacar suas armas. Mas são detidos por um gesto de comando do velho Drastan.

Recompondo-se do susto, o escriba então retoma o serviço, anotando no grande livro o nome declarado e, na frente, a anotação: "Bruxa velha".

Então, erguendo o olhar pra Skie, diz, cético:
- Ainda não temos conjuradores nesta comitiva. Parece que terá alguma serventia, afinal.

"Ei! Volta pra forma da gostosona. Era melhor de se ver..."
"HAHAHAHAHAH-HAHA-HAHAHAHAHAHAHAHHAHAHAHA!!!"

*Ele observa a cena e afinal quando entende acha interessante, embora seja perigoso e não confiável andar com uma bruxa, mas ele mesmo não é confiável. Ela tem bem mais valor agora. Ele afinal não agir como um maricas agora.*

-Mina seus cabelos é da hora.

Depois de anotar, o escriba olha pra Skie, dizendo:
- Algo mais, minha senhora? Tem certeza que tem saúde pra uma viagem deste porte? Como podem ver, somente homens vigorosos estão se candidatando, como o rapaz atrás de você.

Embora o comentário do bárbaro soe estranho para ela (um elogio para uma bruxa?), lhe agrada que não tenha sido uma ofensa de nenhum tipo. Por mais que isso possa acabar incentivando os comentários machistas a recomeçarem, ela desfaz sua magia prematuramente. Se ela precisar contar com seus dons mágicos, ela utilizará alguma outra magia diária preparada dela.

-Eu pareço doente para você? - Ela sorri e dá uma piscadinha, enquanto toca seus cabelos loiros.

*Ele apenas observa, agora ele viu o outro lado dela. Vai ver que dentro de toda mulher bonita existe uma bruxa horrorosa.*

*Ele continua aguardando.*

off: que horrível ter que ser machista XD

Off: Inversão de papéis é isso aí. Trabalhe com psicodrama e vai ter que encarnar tudo que mais odeia em você, hehehe.

On:

Ao som de muitos "FIU-FIU"s, "GOSTOSA" e coisas mais vulgares, o escriba chama Garrick, fazendo a mesma pergunta: "Qual seu nome?", e "O que tem a oferecer à companhia?"
Enfim, deixando o automatismo de lado, ele olha para o bárbaro e diz:
- Entenda, rapaz. Já conhecemos sua habilidade com o machado. Mas daí a trabalhar em uma equipe organizada e cumprir tarefas mais importantes e complexas, acha que está preparado?

*Ele segue o protocolo, falando seu nome, de onde veio. Então com a pergunta mais direta ele responde sem hesitação e com total confiança.*

-Sim, antes de me aventurar de maneira profissional lutei apenas por sobrevivência, tenho mais experiência do que aparento. Sou capaz sim de lidar com essa situação, não fiz nome ainda por falta de oportunidade.

A garota aguarda uma resposta definitiva, mas parece que não receberá nenhuma neste momento. Como ela realmente prefere não ter que usar nenhuma outra magia para espantar os chatos da taverna (embora ela tenha pelo menos uma preparada, em caso de emergência), ela fica ali perto do escrivão e do bárbaro. Ela sente-se mais segura ali. Em todo o caso, ela fará o possível para não demonstrar sua insegurança, mantendo sua pose de aristocrata que lhe foi ensinada desde que ela era muito jovem.

O escriba apenas concorda com as palavras de Garrick, e diz:
- Pelo que estou vendo, serão os mais novos a acompanhar esta comitiva. Melhor que se entrosem um pouco. Afinal, magos precisam de proteção, e os outros guardas já têm alguns afazeres. Ambos participarão da caravana, que sairá sem demoras ao amanhecer. Nosso tempo é curto. Vocês reportarão ao nobre cavaleiro Sir Conrad. Podem encontrá-lo no pequeno altar de Selûne, ao sul da cidade, se preparando. Ele irá instruí-los.

Dito isto, ele torna a baixar os olhos para o livro, soltando um ruidoso e nada amistoso "O Próximo!"

*Garrick concorda balanço a cabeça e sai do caminho para não atrapalhar o processo. Ele olha para a bruxa e procura ser menos rude.*

-Vamos logo, além disso se você ficar para trás não me responsabilizo por nada.


*Ele fala enquanto segue o caminho que foi instruído.*