Alcova - Gurag!!

Os tremores e rachaduras terminam antes que percebesse, de modo que, ao menos no andar superior, o desmoronamento foi muito inferior ao que aparentava no túnel abaixo.
O alçapão alarga-se numa grande vala, que engole toda a sala, tornando-se uma câmara larga cujo chão era feito de detritos, num rebaixamento de quase 1,5m, mas sem comunicação com o túnel. Simplificando, a câmara "aumentou" de tamanho, mas não desmoronou como esperado.
De um lado do túnel estava Gurag, estarrecido com a visão e o "não saber" se seus amigos haviam sobrevivido. Do outro, o morto-vivo, encolhido, preparava um bote, prestes a avançar contra Gurag. Estava todo encolhido e encrespado, mas pronto para o combate. Mais sons vinham do fim da passagem, agora tomada por uma nuvem de poeira.

Iniciativas (sim, isto não é um zumbi)!!
Estou em 7, adiantando que minha ação será avançar contra você no intuito de atacá-lo.

Iniciativa: 19+1 = 20 (pq nao usei essa rolagem pra qualquer outra coisa...rs)

Gurag se sentia assustado com tudo isso, apesar de ser facil de compreender, vivenciar é uma coisa que foge um pouco da lógica da mente. Temendo que mais daquelas criaturas estivessem subindo pela grade aberta, antes que aquela coisa se aproximasse ele puxa seu mangual e golpeia com toda a força no chão de madeira da passarela, no intuito de quebrar umas duas ou três tabuas impedindo que avancem ou que caiam se o fizerem.

ataque 2+1=3 (chao da ponte)

dano: 7+1 = 8

Tendo alertado para a vinda dos mortos, já não encontrava ninguém em sua fuga. Na verdade, não havia mais ninguém ali. O cômodo estava vazio, exceto pela cama de palha.
Tendo recuado para além da passarela e de volta ao dormitório dos goblins, Gurag destrói, em seu recuo, o caminho para que o morto-vivo não o seguisse. Mas nad aaparece na abertura. O monstro simplesmente não o seguiu.

Já a céu aberto, uma intensa chuva começava a castigar a região. Por toda parte da passagem abaixo, verdadeiros córregos despencavam das altas montanhas, tornando a passagem um rio de lama que voltava pela caverna com as runas, como a boca de um monstro de pedra a engolir aquela tormenta.
As pesadas nuvens de tempestade formavam o que parecia um teto pouco acima das montanhas, partes delas já sumidas entre as nuvens, e a chuva castigava tudo naquele local inóspito.
O clima esfriava cada vez mais.

Gurag fica atento com a passagem da ponte, mas relaxa após ver que a criatura não veio mesmo. Observando a mudança climática tenta puxar as madeiras que quebrou, para fazer uma fogueira no meio da sala (observando antes com cuidado se não haveria outro alçapão), usando uma cama para alimentar o fogo, aos poucos. Junta outras duas camas para si, afastando todas as outras do fogo, para que não peguem fogo.
Senta-se na abertura, observando a chuva cair, apreciando e observando a paisagem a cada clarão.
Ele estava sozinho, nem mesmo spark estava mais com ele, trouxe todas aquelas pessoas até alí e nem se quer arranhou as montanhas, quanto mais chegar a seu destino. Estariam essas pessoas vivas? estaria Spark bem? A unica certeza é que ele próprio estava vivo, e que nada mais poderia fazer, a não ser descansar e analisar suas possibilidades.
Come alguns insetos que são atraídos pela luz da fogueira, e recolhe água da chuva, devaneando como se cada gota fosse um pensamento, uma historia, um conhecimento que tivesse capturando.

[off]Paro por aqui, só para ter um ok seu, mas tem mais um monte de coisa que gostaria de fazer...[/off]

Enquanto devaneava, o olhar perdido no fogo crepitante, tem um relance de vida em sua mente. Um pensamento de Spark, seguido de uma visão.
Seus olhos "passeiam" por túneis escuros, mas conseguia ver. Mas o que via era horrível demais para aceitar. Vultos e corpos misturavam-se à sua volta, e você andava entre eles, não como um comandante ou como uma ameaça. Você ERA um deles.

Você desperta do seu devaneio, sem sentir mais a presença do velho amigo. Não tinha certeza do que havia visto, mas sentia que Spark não estava mais tão longe. O elo entre vocês ainda era impedido, mas sua intuição apontava de volta pelo caminho de onde vinha toda aquela água. Haviam respostas que precisavam ser encontradas por lá.

Um som incomum vinha da montanha, um silvo trazido pelo vento do lado de fora.
Um "assobio".

[off] voltar o caminho que vinha toda aquela agua? de cima? ou ta falando a do caminho que ta levando a agua pra dentro da caverna das runas?[/off]

Gurag tenta achar a fonte do assobio.
Após isso, respira fundo, procurando coisas para fazer para ocupar a cabeça, para tentar manter a sanidade e espantar a solidão.
Primeiro, além de sua cama, arruma outra, como se estivesse a esperar alguma compania para a noite. Depois vasculha cuidadosamente aquela guarita, procurando por pedras soltas, algum tipo de camara secreta com suprimentos, ou algo do tipo, uma despensa das guaritas. Sendo uma construção Anã poderia estar logo na frente de Gurag e ele nem percebeu ainda. {escolho 20 em procurar}
Por fim molda uma especie de maquete de onde estavam cristalizando o ether do plana astral, assim como faz com as criaturas que constrói. Para observar de fora o ambiente que esta e analisar oq poderia ter deixado passar.

Off: O caminho não trilhado, o túnel não terminado, o objetivo não alcançado.

On: Ao olhar para fora buscando a origem do assobio, Gurag logo vê o que parecia uma tocha agitando em outra das inúmeras saliências da mesma sessão de montanha onde estava. Havia mais alguém ali, e parecia tentar chamar sua atenção. Mas do cômodo onde estava não havia outra saída senão aquela que descia rumo ao túnel das runas. Ou teria deixado passar algo?
Com seu "Procurar", não demora a encontrar os contornos de uma porta, baixa e robusta. Um exemplo da engenhosidade anã em construir portas ocultas. Depois de encontrada, não tem dificuldade em encontrar suas beiradas, e logo o caminho se abre, um túnel linear se estendia por algumas centenas de metros pela montanha.

Como ainda era cedo para dormir, se esse tunel desse em direção a quem me assobiou, vou pega-lo com o cuidado de fechar a porta atras de mim.

Ao fechar a caverna, seu estômago dá um nó. era como mergulhar no desconhecido, sem apoio e ainda preocupado com o restante do grupo. Pouco mais de 2 horas haviam se passado, desde o "organizar" do cômodo, acender a fogueira e começar a organizar os pensamentos.

Por fim, você chega a um segundo cômodo, parecido com o que estava. Sem cerimônias, ali você encontra Garth, e deitado numa cama de palhas, Giles. Havia ainda uma mesa de canto com altuns pratos e talheres de madeira (alguns, mastigados), e numa segunda abertura, você vê o que parecia um estoque de ração.
Garth diz, assim que entra:
- Diabos! Pensei que tivesse mais alguém com você. Os outros então ficaram soterrados nos túneis.

Ele coloca a tocha que segurava num suporte na parede, e volta para junto do guerreiro, que parecia seriamente ferido. Estava inconsciente.

Gurag chega comprimentando Garth com a cabeça
-Ninguém mais subiu, preferiram arriscar sua sorte pelos tuneis, espero que esteja tudo bem, pelo menos estão com os anões junto a eles e isso é realmente uma vantagem naquele buraco.

Gurag começa a aliviar o peso de seu equipamento e soltar sua armadura próximo a sua nova cama.

- Algum sinal dos outros? digo, não vi Uther, Urik, Bhark, Breth, Davis nem mesmo Janus quando encontrei o pessoal no túnel. Será que eles conseguiram?

Gurag ajuda Garth no que pode para tratar os ferimentos de Giles.
Depois observa lá fora pela abertura da guarita, tendo mais um ponto de vista para observar o local e adicionar ao seu quebra cabeça. [off] desse local consigo já visualizar o forte?[/off]

2 ferimentos em Giles chamam imediatamente a atenção de Gurag. Um deles, preocupante. O segundo deixa-o completamente assustado e, ao mesmo tempo, curioso.
O primeiro, marcas de presas de vampiro no pescoço do guerreiro. Talvez por isso Giles tenha lutado até a exaustão, para impedir que o monstro pegasse o grupo enfraquecido e vulnerável.
O segundo, o braço esquerdo dele estava totalmente congelado, mas tremia, o que significava que seu corpo lutava para não perdê-lo.Nunca vira algo assim, e muito menos conseguia imaginar como teria acontecido.

Ao olhar para fora, em meio à tempestade, Gurag consegue ver a ponta-oeste da fortaleza. Estavam tão perto e tão afastados ao mesmo tempo.

Sobre os demais, ele responde o seguinte (vou enumerar para facilitar):
Urik, Bhark e Janus: Estão presos dentro do forte.
Breth e Davis: Ele os encontrou a quase 1 dia atrás, quando o rastro do grupo se dividiu. Eles e Óin ficaram tentando reabrir a armadilha que aprisionou Giuseppe, Bhark e Uther.
Sobre os demais, ele não sabe dizer.

Vendo o braço de Giles naquele estado gurag se preocupa demais. - Oque seria capaz de fazer isso com alguém? tem ideia?
Gurag devaneia um pouco quanto ao forte, ouvindo que Janus estava lá, sabia que era pra lá que Spark foi também.
-Precisamos libertar Janus, ele é o único que conhece sobre essas criaturas além da vida. Você acha, que tudo que aconteceu no dia de hoje abalou a moral por lá? Espero que tenha feito uma bagunça!

Garth fica sério e diz:
- Não sei, mas por hora o melhor a fazer é descansar. Neste estado, Giles não vai a parte alguma, e não podemos deixá-lo aqui desta forma. Pela manhã, se a tempestade parar, avaliamos o que conseguimos até aqui.

Ele vai para a abertura, onde se posiciona como um sentinela. Olha pra trás e diz:
- Descanse. Estou em melhores condições que você.

Depois, fica em silêncio, pensativo.

-Vou descansar sim, não pretendo continuar nada hoje, apesar de as vezes soar como boa ideia, mas ainda é cedo, ficarei um pouco mais acordado, colocando as idéias no lugar.

Gurag observa a chuva e a parte do forte que dava pra ver, como que se estudasse o local. Dá uma ultima olhada em Giles e depois cai no sono.

Um sono longo e sem sonhos é o que recebe Gurag, entregue à exaustão.
Você acorda com um grito, no início desorientado, até se situar.
Giles ardia em febre, o braço ainda frio e trêmulo.
E não via nem sinal de Garth.

Gurag coloca um pano com agua na testa de Giles para aliviar a febre, faz isso por alguns minutos, mas logo passa essa responsabilidade para o próprio Giles, dá uma olhada em volta a procura de Garth, mas não era a primeira vez que ele sumia e aparecia desse jeito e Gurag respeitava sua forma de fazer as coisas por si mesmo, até agora só foi de grande valia.
Gurag volta para sua cama, o dia seguinte seria longo e cansativo,.

O céu parecia claro, apesar das pesadas nuvens que despejavam sobre aquele lugar esquecido nas montanhas.
Giles ainda estava inconsciente, sendo seu grito apenas um delírio febril. E Gurag não fazia idéia de onde estaria Garth, ou por que teria saído no meio da noite.

[off] Já é outro dia? dormi meu tempo necessario? posso recuperar algum dano?[off]

Gurag prepara fuça na dispensa de provisões para ver oque achava de interessante, escolhendo o melhor para preparar o desjejum, tem mel? [e vendo oq mais pode ser encontrado ali, inclusive passagem secreta atras da dispensa que é classico]. Preocupado com Giles começa a pensar oque poderia fazer para aliviar sua dor, e recobrar a sua consciência.

Quanto ao sumiço de Garth, Gurag fica pouco preocupado, pois não era a primeira vez que ele vai e vem dessa forma, provavelmente estaria arranjando um caminho para ajudar os outros debaixo da terra.

Sim, já é outro dia. Pode curar seu nível em PVs, além dos seus PPs.

A dispensa possuía um grande estoque de ração, grãos e frutas secas, um saco de farinha e outro de sal, e um barril de água. Nada de mel, frutas frescas ou mesmo pão.
Ao revistar a dispensa, você encontra uma grande escada feita de cordas. Mas nada de passagem-secreta. Talvez a saída dali fosse mesmo pela fenda, e a céu aberto.

Gurag prepara o melhor desjejum com o que tem, esperando que o cheiro amenizasse a agonia de Giles, cuida por mais um tempo de Giles, não poderia simplesmente abandona-lo a própria sorte naquela cama, mas não tinha muito oque fazer a respeito, encontrar Janus seria a melhor solução.
Tenta conversar com Giles, tentando desperta-lo daquele pesadelo horrível que parecia estar tendo.

[off] A escada de corda sobe? desce? ou ta enrolada na despensa a espera de ser usada? [/off]

Falha minha, fui apagar uma palavra e apaguei um trecho inteiro. A escada estava enrolada no chão da dispensa, e tinha ganchos numa das pontas, como se fosse feita para ser pendurada da abertura a céu aberto.

Gurag desenrola a escada no chão do aposento, para verificar seu tamanho, e se não possuía nenhum ponto fraco ou ruptura, depois volta a enrolar ela.

Volta para seu amigo Giles para dar uma última inspecionada em seu estado, antes de pegar comida para um dia e guardar em sua mochila.

A escada parecia em ordem, muito pouco usada ao que parecia.
Mas o esado de Giles contrastava. O braço frio conflitava com o corpo ardendo em febre.
Ele parecia infectado por alguma doença mágica.

Gurag troca a tigela de agua que tinha preparado para Giles, dizendo:
-Desculpa amigo por te largar sozinho aqui, mas a única forma que posso te ajudar é procurando ajuda, aguente firme, volto assim que puder.

Gurag pega a escada, procurando o melhor lugar para descer e se dirigir para o forte, precisava agora mais do que nunca ir atrás de Janus.

Ao vasculhar o exterior, Gurag vê, bem na curva, um grupo grande de hobgoblins (todos usando a faixa vermelha na cintura).
Pareciam guarnecer o lado oposto da montanha, onde houve o desmoronamento. Talvez as baixas tenham sido grandes também para o outro lado.