Introdução - Gurag!!

Desde que se despediram, sabia que Escama não ficaria longe das montanhas muito tempo. Sua curiosidade era lendária nas terras onde cresceu. Só poderia torcer para não ser avistado, ou fazer jus à inteligência draconiana de que parecia ser dotado, e conseguir evitar problemas com magos e cavaleiros que vagavam por aquelas terras.
Você seguiu por um vale pedregoso e desolado, mal dotado de gramíneas, agradecendo a ração extra que havia trazido. Ou estaria em apuros.

Aquela região, por muitos chamada "Trilha dos Gnolls", era famosa pelas trilhas traiçoeiras e falsos atalhos que levavam a encostas íngremes, armadilhas perfeitas para ladrões e raças inimigas. Armadilhas conhecidas por muitos, mas ainda assim muitos caíam.

Depois de alguns dias de caminhada por terreno montanhoso, encontra um grupo de pastores. Conversa amigável vai e vem, e ouve um estranho rumor sobre "um monstro voador vagando pelas montanhas, sobre o campo de batalhas". E imediatamente uma pergunta lhe vem à mente: "O que Escama Verde anda aprontando?" Sabia que ele era curioso, mas havia seguido na direção OPOSTA à desejada. Estava não só a meio-caminho de Cormyr. Estava praticamente DENTRO de suas terras, e chamando muita atenção.

Com um forte indicativo de direção, nada mais lhe restava senão uma escolha: seguir o grande "monstro alado", ou continuar sua viagem rumo a Arabel.

Gurag se concentra nesse empasse, sendo amigo de Escama como é, imagina que pode ser alguma artimanha dele para chamar a atenção de Gurag, se fosse, Escama venceu, Gurag não deixaria seu amigo se meter em confusão sozinho. Desvia seu rumo e vai em direção ao "Monstro Alado".

Despedindo-se de seus novos amigos, Gurag toma o caminho oposto ao desejado, recuando parte da viagem rumo às altas montanhas, desviando por trilhas mais elevadas e vendo, abaixo, o vale pedregoso.
De uma certa altura, podia ver os pastores avançando, numerosos, rumo à estrada que levaria a Cormyr, seu destino original. E a cada passo dado, mais distante este objetivo parecia, até que por fim perde de vista qualquer vislumbre de vida, percorrendo altas colinas, buscando os caminhos mais elevados.

Estava sozinho, e começava a recear que, a qualquer momento, poderia encontrar uma turba de goblinóides ou gnolls. Mas se desse sorte, encontraria, ao invés, cavaleiros cormyrianos patrulhando aqueles caminhos.

Era hora de apostar e contar com a sorte.
Quando se preparava para avançar, um som, mesclado ao vento, chega aos seus ouvidos.
Um urro medonho, de uma criatura estranha.
Com a mesma certeza com que seus pêlos se arrepiavam, sabia que aquele não era Escama Verde.
O que significava que outra coisa vagava por aquelas montanhas.

Já estava distante demais para voltar, e o sol, ao longe, já começava a se pôr.
Sabia que aquelas trilhas, à noite, eram frias e ermas. E a escuridão era o habitat de seres terríveis, além dos próprios inimigos de Cormyr. Os foragidos goblinóides que infestavam aquelas trilhas.

[off] Não entendi, Escama não tinha rumado para dentro do territorio de Cormyr? anyway[/off]

Gurag se foca em sua meta, não cogitando voltar, já estava longe, aquele som o deixou apreensivo, até então ele não tinha corrido nenhum risco de vida, sem contar suas doenças na infancia, e agora se sentiu realmente em perigo e desprotegido. Pega seu unico amigo naquele momento, Spark, ativa sua auto propulsão e o coloca no ombro.
-Spark, fique atento, estamos numa região hostil, não é emocionante? estou com um pouco de medo, converse comigo...

Nisso Gurag, se concentra tentando buscar no fundo do seu subconsciente qualquer referencia aquele som.
[teste de conhecimento para reconhecer a criatura, queimando a concentração para um bonus de +5 (caso seja conhecimento arcano, tenho alguns ranks. Roll auto 10+3(int)+5(psy)=18]

Após isso Gurag vai retomar sua concentração psiquica [ Full round para estabelecer] e seguirá seu rumo, mas já a procura de um bom lugar para se alocar a noite.

Sobre Escama: Você o viu voar naquela direção. Mas daí a chamar tamanha atenção...

Sobre o Conhecimento: O urro não se parecia com nenhum tipo de criatura que lhe ocorresse à mente. Talvez uma Besta Mágica, oriunda daquelas montanhas, algo ainda inexplorado.

Não demora a localizar uma pequena gruta, encavada num barranco que levava a montanhas mais altas.

Sigo para a gruta afim de explorá-la, e fazer meu acampamento por lá se necessário.
Ao chegar na entrada da gruta uso meu poder de localização. Compartilho meu poder com Spark, vá que ele consiga informações diferentes da minha.

Spoiler:

Seus instintos projetam sua visão num vislumbre de uma larga fenda, pela qual corta a estrada em que viajava, por entre paisagens rochosas e de parca gramíneas.
Em sua face norte, efetivamente voltada para noroeste, aproximadamente, ficava uma fileira de altas colinas, ladeando o início de altas montanhas rochosas, os temíveis Picos da Tempestade, cujo nome vem das intensas e repentinas chuvas e tormentas, trazidas pelo clima tenso que as rodeia. Áreas de muito vento e clima intenso, alternando frio e calor como as mudas de roupa de um viajante despreparado.
No encontro de uma destas montanhas, a algumas dezenas de milhas do fim da Fenda de Tilver, onde ela se torna a Estrada do Rei, já nas terras de Cormyr, você se encontra, parado diante de uma fenda escura que formava o que parecia ser uma gruta,as paredes pedregosas de um lado, e terrosas de outro, marcadas da umidade de chuvas passadas.

Sua habilidade não lhe causa impressões, senão a desolação daquele ambiente, ermo e deserto até onde a vista alcançava.

Spark servia-lhe de guia, adiantando-se na frente e "avisando" que a passagem se tornava estreita e severa, até alargar-se em uma câmara mais aberta.

Caso esteja escuro, habilito a auto propulsão de Spark, e peço para que ele averigue, já que pra ele é indiferente luz e sombra.
Vou atras dele, logo atrás, com arma e escudo em punho, pronto para caso haja um embate.

Um estranho som de pedras batendo vem mais da frente.
Spark revela por telepatia a presença de "alguém" mais a frente, mais de um na verdade.
Através do elo, você "vê" um homem baixo de feições grotescas, curvado ao lado de uma pequena fogueira enquanto, usando uma pedra, amolava uma faca.

Gurag pede por telepatia que Spark fica a seu alcance, por segurança.
Feições grotescas usualmente não espantam Gurag, ja que sua criação foi um pouco fora do comum.
Se aproxima da fogueira, de armas em punhos, porém de guarda baixa, para não parecer nenhuma ameaça.
falando em comum, diz:
-Olá senhores, será que podiam compartilhar de sua fogueira por essa noite?

Manda um teste de Carisma (reação pura).
Bônus de +2 pela armadura.

[CA: 18 pv: 9/9]

[off] KKKKKKKKKKKKKKKKK é briga!!!!!
Carisma roll: 1 -2 +2 = 1
Agora que me aproximei, tenho uma descrição mais detalhada da criatura?[/off]

Gurag pisa numa câmara cavernosa de aproximadamente 8m de largura (circular, digamos), em cujo lado oposto vê-se uma segunda abertura, da qual vinha o som de passos.

Assim que entra na caverna e se anuncia, as feições grotescas do hobgoblin tornam-se ainda mais grotescas, grunhindo algo que parecia ser uma fala.
Em resposta, da outra abertura outros 3, igualmente bravios e todos vestindo armaduras de couro rudimentar, armados com enormes porretes.
Exceto pelo primeiro, que se levanta segurando a faca afiada firmemente no punho.
[Regra para "arma afiada": +1 no dano nos primeiros golpes certeiros]

Ele diz, entre-dentes, a voz grossa e selvagem:
- Não podemos ser revelados ainda. Acabem com ele, e vejam se há mais na estrada.

Os outros três hobgoblins entram na caverna, passando pelo primeiro e vindo em sua direção.
Este (o da faca) permanece parado ao lado do fogo.

Iniciativas...
Eu: 12

[iniciativa: 12]

Gurag assume uma posição defensiva, recuando para a parte mais estreita da fenda, para enfrentar apenas um por vez. Peço telepaticamente para que Spark se esconda e se proteja. E diz em goblinóide com a peculiar educação orc:
-Seus imbecís, não vim aqui revelar nada, só queria uma fogueira para me refugiar da noite, não para trucidar vocês um por um...

[Diplomacia= 13]

Aquele com a faca põe o braço armado para o lado, a arma apontada para cima, e em resposta os outros três param onde estão, ainda encarando-o.
Ele diz, em tom inquisitivo:
Diga quem o mandou, e decidirei se vive ou morre?

[teste de conhecimento( queimando concentração) 22; blefar 15]
-Venho em nome de Faezin, trago noticias dos Vales, mas isso não cabe a vocês saberem. Só tenho que descansar e partir pela manha, se não vão servir a sua hospitalidade eu me vou, e não quero ninguém me seguindo. Não ameacei vocês a nenhum momento, portanto não aceitarei mais nenhum tipo de ameaça. Caso algo aconteça a mim tenho pena de vocês pelo que vai acontecer com sua pobre existecia. Tome, isso deve pagar o seu tempo perdido.
Gurag joga uma moeda de ouro aos pés de quem o fala.

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