Além das Montanhas - Barduk!!

Barduk se agarra como pode, a montaria incrivelmente ligeira.

Já distantes da vila, o general vê um grande número de homens (anões, em sua maioria) descendo uma trilha em direção à casa do lago.
Mas ali, quando pensava que a sorte começava a lhes sorrir, ela se desvia tomando um caminho mais íngreme, disparando trilha acima, direto em direção às montanhas, deixando a trilha da casa para trás. O caminho seria difícil para qualquer cavaleiro habilidoso. Ainda assim, a montaria ligeira obedecia a comandos sutis, gestos e toques, já que não tinha sela, apenas rédea e uma manta na qual se sentavam.

Barduk tentava não cair, mas logo se via agarrado à cintura da mulher, mesmo com a adaga na mão, tantas eram as chacoalhadas do cavalo, e logo à frente avista um desfiladeiro.
Ela rumava em disparada diretamente em direção ao abismo.
A trilha estava acabando, e uma queda de, presumia, dezenas de metros os aguardava.

*Barduk segue o caminho se questionando se havia feito a coisa certa. Não devia explicações a ninguem, não havia tempo pra isso. Suas ordens haviam sido dadas e agora era por conta deles. Fosse o que fosse, o anão estava seguindo sozinho para lugar algum. Com vento a face o anão se perguntava se algum dia havia parado para sentir o sabor da brisa e do trotar de um cavalo. Perdido em pensamentos o anão se percebe agarrado a mulher pra não cair da cela até avistar o precipício*
-você está louca, vai nos matar...pare o cavalo...

Barduk se agarra às ancas da mulher, vendo o abismo assustadoramente próximo. Mas no último instante, ela puxa a rédea e vira a montaria, que chega a deslizar quase 3m, parando bem na borda. O que Barduk via lá embaixo não era simplesmente uma força ofensiva. Não era um destacamento. Era um enorme acampamento militar, ocupado por um volumoso exército invasor.



Antes que percebesse, a mulher já havia desmontado, e vai na direção de um outro homem, que estava abaixado ao lado de uma pedra, como você ele observava o movimento abaixo.



Ela diz algo ao homem numa língua que Barduk não entende. Em resposta, o homem olha sério pra você, depois sorri, e sinaliza que se aproximasse:
- Ah!! General!! Aqui!! Venha rápido. Vai querer ver isto. Não temos muito tempo.

*Barduk segue até lá ainda com a adaga em mãos, desconfiado, fica de olho a sua volta, não conhecia a mulher, não conhecia o homem, enfim, estava só...O receio tomava conta de seu corpo e de sua mente*
-quem são vocês? onde está Óin?
*ao ver o acampamento*
-Filhos de uma cabra desgraçada, a quanto tempo este acampamento está aqui?

É o homem quem responde:
- Mais do que gostaríamos, General. Óin me chamou das montanhas a alguns dias. Mas infelizmente, como pode ver, nosso caminho foi embarreirado. Haviam feitiços mascarando este lugar. Mas alguma coisa mudou. O feitiço foi derrubado, e agora podemos ver o real poder de nossos inimigos... CUIDADO!! SE ABAIXE!!

Ao olhar para baixo, Barduk sente o tempo parar, vendo ninguém menos que o que parecia ser um grande orc, cercado por outros tantos. Um líder de destaque a esta distância, caminhando escoltado em direção às maiores tendas.

O homem diz:
- Meu nome é Aarin Gornak, e o que vê presos àquelas estacas ensanguentadas são homens e mulheres do meu povo... e do SEU.

*Barduk se abaixa rapidamente, estava com seu corpo formigando, a guerra estava na sua porta por tempo demais, em baixo de seu nariz e nada viu. Era hora de agir, de fazer alguma coisa*
''mas o que?''

*Garth tinha de conseguir trazer tantos homens quanto fosse possível e mesmo assim poderiam ser poucos*
-temos de nos antecipar a isso, se eles atacarem agora estará tudo perdido. Quantos homens você tem?

Aarin diz:
- Não o bastante. Esta força é inumana... literalmente. Há orcs, ogros e gigantes. E receio que mais criaturas devam se juntar à noite. O que me tranquiliza é que não parecem ter a iminência de marchar. Não parecem levantar acampamento. Talvez nem saibam que seu disfarce caiu, o que no dá a vantagem de vigiá-los. Ao menos por enquanto. Acho melhor voltar, General, e avisar os outros. Não há uma luta aqui. Ao menos não pra nós, sem conhecer nossas forças. Precisaremos de ajuda de Gauntlgrym... de Cormyr... e talvez de Sembia. Isto é muito maior do que estas montanhas. Receio que, de alguma forma, alguém esteja reunindo os exércitos do Dragão sob uma nova bandeira. Mas não vejo qualquer estandarte senão uma flâmula vermelha que algus usam, e que pega fogo se tentarmos roubá-la.

A mulher diz:
- Vou leva-lo de volta.

-pelos deuses, pedi ajuda a Gauntl, mas nunca imaginei que seriam tantos assim.
*Barduk recua abaixado e então se levanta*
-preciso voltar a vila e terminar o que comecei, se eles não atacarem agora, ao menos teremos mais uma noite pela frente

Aarin diz:
- Está pensando como guerreiro, não como general. Os xamãs foram derrotados, mas um deles sobreviveu à tocaia de um celestial, e assim reuniu todas as forças sob seu comando. Mas este é um exército coletivo demais. Tem que ter mais líderes. Alguém da região apoiando. Algo assim não passaria despercebidos aos Magos de Guerra. Será melhor que volte, general, e se prepare. Nos próximos dias virão batedores, pequenas tropas, testando as defesas e seus números. Só então é que a tropa maior vai marchar, esmagando tudo em seu caminho. Eles não querem apenas uma vila. Eles não querem apenas um forte anão... eles querem CORMYR. Terminar o que começaram, e desta vez aproveitar a falta de um Rei influente, e de uma corte dividida. ESTE, general, é seu inimigo. A intriga e as tramas políticas. Não vai conseguir alianças simplesmente berrando pelo Reino o que viu aqui hoje. Vai precisar dea liados... VERDADEIROS. Vai precisar deixar um rastro de confiança e respeito, você e os seus. UMA só maçã podre, UM só deslise, e sua fama estará na lama. Você entendeu?

A mulher torna a montar, estendendo a mão e esperando.

Ele finaliza:
- Você é seu inimigo, general. As sombras do SEU passado virão á tona. É assim que estes homens lutam. Prepare-se. Prepare SEUS exércitos. Pois quando eles marcharem... estará tudo acabado.

-Alianças? minha esperança era Gauntl...pois que seja.

*Barduk estica o braço para a mulher e salta sobre o dorso do cavalo*
-sabe onde posso encontrar Storm?

Com um sorriso, ela diz:
- Vai vê-la antes do que pensa.
Com um comando, o cavalo dispara, e Barduk volta a se segurar como pode

-ótimo, preciso reunir forças.
''pai me dê forças nesta empreitada, me valho mais de um martelo do que de prestígio e neste momento é tudo que preciso''

-há humanos infiltrados nos exércitos do xamã?

A garota não responde, e Barduk sente um arrepio ao perceber seu abraço apertado demais.
Quando vê, está agarrado ao que parecia ser um cadáver, sobre um cavalo-fantasma.
Um frio sobrenatural invade o corpo do general, e por puro reflexo (pra não dizer, de susto), se solta, despencando da montaria e caindo no meio da trilha.
À sua frente, a montaria se desfaz numa névoa flamejante e sinistra, dispersando pelo ambiente. Ainda assim, pode ouvir ao longe o relinchar do animal ecoar pela trilha. Seguido pelo trote de vários cavalos fantasmagóricos.

*Barduk rola para sair da trilha e só tem tempo de ver o animal se afastar. Não havia entendido o que acontecera, se sentia traído e enganado, mas pior do que isso, havia deixado seus companheiros em maus lençóis. O general se põe de pé segurando firme seu urgrosh. De agora em diante deveria seguir com calma, perdido na floresta sua única chance era seguir a trilha deixada pelo cavalo.Saindo da trilha, o anão segue adiante, por dentro da mata acompanhando as pegadas do animal, seguir fielmente por onde o cavalo havia passado era arriscado demais, então Barduk segue se escondendo atrás das árvores beirando a trilha*

Assim que o general se põe de pé, vê-se de frente a uma velha senhora com um sorriso gentil, e lindos olhos azuis.
Ela diz, ainda sorrindo:
- Está perdido, guerreiro?

-nunca estive tão certo do meu caminho senhora, mas este não é um bom lugar para se estar só não é mesmo?
*O anão se mantem afastado e desconfiado*

<off> qual a raça? Humana? <off>

off: Aparentava ser humana.

A velha mulher anda em sua direção... ou estaria apenas seguindo pela trilha?

*Barduk dá dois passos pro lado com escudo a frente girando o corpo na direção da velha enquanto ela passa. O anão olha ao redor para ver se há alguém mais por ali*

Ela para ao lado de Barduk, com toda inocência de uma senhora idosa, e diz com uma voz suave:
- Será que pode me ajudar, filho? Acho que perdi o meu caminho.

A velhinha, de andar curvado e olhos azuis cansados, fitava o general, apoiada em uma velha bengala.

*Barduk se mantém desconfiado e fita a velha tentando se lembrar, se a conhecia de épocas passadas ou se seu olhar o remetesse a outras lembranças*
-claro, basta me dizer para onde a senhora deseja ir.

Sentir motivação +3
O que vejo é real?
O que o semblante da velha me diz?

O membro 'Barduk Amarkill' realizou a seguinte ação: Rolador!!

'd20' : 8

Off: Ela parece ser real, em todos os aspectos.

A velhinha transmitia serenidade, aliada a uma leve preocupação.
Ela diz, estendendo a mão e tateando o ar à sua procura:
- Estou procurando um velho conhecido que vive por aqui. Talvez um homem forte e bem apessoado como você o conheça. Seu nome é Garth.

*Barduk fita a mulher*
''cega?''

-sim eu o conheço. E por curiosidade como a senhora se chama?

Com um sorriso, ela diz:
- Digo meu nome se disser o seu. E por favor, pare de se esconder atrás do escudo. Está com medo de uma velha bengala?

-desculpe-me senhora, mas acredite, a poucas horas eu estava apoiado em uma bengala que quase me matou, então, a senhora poderia estar agarrada a uma pena e mesmo assim este escudo estaria aqui
*por orgulho ou ingenuidade o anão mesmo desconfiado, se apresenta a velha senhora*
-Me chamo Barduk Amarkill, conhecido como general, líder dos Andarilhos do Destino e Clérigo de Moradin ungido em Gauntlgrym.