Uma Cidade Intensa - Whurak!!

Os últimos meses, após a terrível guerra que vitimou o lendário Rei Azoun IV e seu rival, um gigantesco Dragão Vermelho, numa batalha épica ao redor dos Picos da Tempestade, as hordas goblinóides que vagavam por todas as terras de Cormyr passaram a ser rechaçadas, depois de mais de um ano de conquistas e territórios (e cidades) conquistadas, sendo agora retomadas e reconstruídas.

Nas montanhas, a "vida pacata" que tantos buscavam no passado tornou-se perigosa, pois turbas inteiras de orcs e goblinóides, agora sem líderes, vagavam a esmo em pequenos bandos, roubando e saqueando tudo em seu caminho, até que alguém os expulsasse para cada vez mais longe das terras do Reino.

Na lendária cidade de Yrkhon, conhecida como Coração da Montanha e, há séculos, capital de um vasto reino anão, subdivididos em cidadelas menores espalhadas por toda parte nos Picos do Trovão e da Tempestade, hordas de batedores e soldados eram enviados em longas expedições para policiar as rotas e estradas montanhosas, garantindo a segurança de seus túneis e acessos às suas cidades, além de "emprestar segurança" às outras raças que, com suas caravanas, cortavam as montanhas em suas rotas de comércio.

Numa destas expedições, você foi apontado por seu avô, Torn "Olho Feroz" cuja alcunha vinha do espírito combativo e do olhar nada amigável quando era contrariado, para acompanhar um grupo de anões veteranos num reconhecimento por uma trilha há muito esquecida, que levava ao Vale do rei, próximo à floresta de mesmo nome. Uma região de planícies nos arredores de Arabel, onde diziam que alguns grupos de goblinóides estariam se escondendo e saqueando a região.

Foram alguns dias de viagem pelas montanhas, até as colinas mais baixas. O líder dos veteranos, um experiente guerreiro.
Mas nada os preparou para o que encontraram. No último dia de descida, uma forte tempestade "lavou" a colina, carregando terra e lama contra vocês, forçando-os a uma descida nada suave. Diretamente para uma armadilha, quando hobgoblins, algumas dezenas deles, escondidos nas alcovas, os atacaram com pedras e lanças.

Depois de uma chuva torrencial, acompanhada de uma chuva de lanças, uma batalha feroz se seguiu. O medo, a raiva e a loucura se misturavam nos olhares enlameados de um grupo de 20 veteranos. Por fim, você, acostumado a usar a besta e sempre atento aos arredores para locais elevados e preparados para emboscadas, percebe um estranho espectador assistindo a tudo.
Mas antes que pudesse avisar aos demais, ele ergue o braço, e um poderoso clarão explode bem no meio da batalha, arremessando pedras, terra e corpos por todo lado.

Você acorda sob uma pilha de escombros lamacentos. O dia estava claro e o vento, suave.
Com alguma dificuldade, consegue erguer o pedregulho que estava sobre você, rolando-o para o lado. Apenas para encontrar uma cena dantesca. Corpos, alguns semi-enterrados, de seus companheiros e de seus inimigos.
O clarão não poupou nenhum dos lados, vitimando a todos. Amigos e inimigos, todos mortos naquela alcova esquecida, no sopé das montanhas.
Uma resposta foi encontrada. A trilha realmente estava sendo usada. Mas quem quer que fosse aquele misterioso espectador, não parecia estar de nenhum dos lados da batalha. Pois matou goblinóides com a mesma frieza com que tomou a vida de verdadeiros heróis e veteranos de guerra de seu povo.

Depois de muito gritar, muito chorar, e muito se encolher, sem saber nem ao menos por onde começar, decide investigar mais a fundo o lugar da batalha.
Corpos de amigos alinhados e enterrados, com o devido cortejo e as palavras de Moradim por suas almas.
Corpos de inimigos empilhados, e depois enterrados numa grande vala comum, para não atrair carniceiros ou predadores ao local.

Mais um dia para recuperar-se do árduo trabalho
E por fim, ao investigar o local da aparição do misterioso ser, você encontra um rastro muito tênue. Passos muito leves, apontando para uma direção distinta:
Arabel: A Cidade dos Homens.

off > gritar e chorar de raiva, tudo bem. agora, se encolher REALMENTE não faz parte da linha de interpretação que pretendo seguir com o personagem. sou um anão dourado, não um anão emo.

pensamento > quem será aquele maldito? por que só eu sobrevivi? se por um lado ele ajudou com os hobgoblins, matou com EXTREMA facilidade todos meus amigos... preciso encontrá-lo! mas antes vou gastar alguns minutos visualizando e memorizando detalhes desse local para poder retornar quando quiser, pois seria adequado construir um mausoléu para meus honrados amigos.

ação > sigo com atenção o rastro, sem descuidar para possíveis encontros ou armadilhas pelo caminho.

Algumas horas de caminhada se passam, por terreno gramado e um sol quente na cachola, que o faz se perguntar "onde estariam todas as nuvens e aquela chuva da noite passada?"

Logo, calculava que já passava da hora do almoço, quando avista ao longe uma alta muralha, um portão semi-destruído (resquícios da guerra), e certamente, atrás dele, uma cidade em reconstrução.
Seu estômago dá uma barulhenta grunhida, lembrando-o que nada havia comido desde que acordou, senão restos de ração de viagem (a maior parte, molhada e com gosto insosso).

pensamento > bom, ou eu caço alguma aqui fora ou vou até a cidade e compro comida... nesse terreno gramado pode haver alguma lebre / raposa / tatu que eu possa caçar, ou então alguma raiz ou fruta que eu possa petiscar.

ação > inspeciono o território em busca de sinais de animais / plantas / árvores frutíferas que poderiam matar ou apaziguar minha fome.

O terreno parecia rico em gramíneas e pequenos frutos silvestre. Mas perseguir pequenos animais tomaria tempo. Principalmente equipado apenas com armas de combate. Quase o mesmo tempo que levaria para chegar à cidade.

pensamento > não preciso perseguir animais tendo uma besta com 36m de alcance... se em meia-hora de tocaia num lugar com uma boa visão periférica eu não conseguir avistar nenhuma presa decente, vou seguir para a cidade.

ação > engatilho a besta com um virote, me posiciono num lugar onde a visão seja ampla e atento para o movimento de pequenos animais no meu raio de alcance. se nada maior que um camundongo aparecer em meia-hora, desengatilho a besta, bato a poeira do corpo e rumo pra cidade.

Felipe escreveu:[Teste de Sobrevivência, ND15]

desculpe, ainda não estou habituado ao jargão do jogo.

podes traduzir?

grato.

Mesmo procedimento no rolador, exceto que deve marcar a rolagem de 1d20 e, logo em seguida, o seu bônus de sabedoria (ou Sobrevivência, caso tenha graduação), mandando pro meu e-mail o resultado, postando aqui apenas o resultado final pra facilitar.

Meia hora de tocaia e deitado naquela grama alta rendeu-lhe muita coceira. havia mato entrando pelas frestas de sua armadura. Mas por fim, seu esforço foi recompensado, tendo agora uma lebre atravessada numa de suas setas. Parte dela destruída pelo golpe duro (somado à sua imperícia em caçar), mas havia carne suficiente para sustentá-lo pelo resto da viagem.

pensamento > espero que o gosto dessa lebre compense essa coceira toda...

ação > retiro a seta da lebre e avalio seu estado. se ainda estiver boa, limpo-a e guardo junto com as outras.

pensamento > foi um belo tiro. destruidor, porém belo.

ação > reúno algumas folhas e galhos secos dentro de um semi-círculo de pedras pequenas e médias (nada muito elaborado) e, utilizando a pederneira e o isqueiro, acendo um fogo. com a afiada lâmina do machado corto a cabeça e as patas da lebre e faço pequenos talhos para que o couro possa ser retirado mais facilmente (guardo se houverem pedaços aproveitáveis). sem as vísceras, espeto a lebre num galho previamente afiado e seguro algum tempo sobre o fogo. quando ela estiver suficientemente assada, recolho minhas coisas e vou comendo enquanto sigo o caminho para a cidade.

pensamento > tomara que na cidade tenha taverna e a cerveja de lá seja boa...

A meio caminho da cidade, você avista um grupo de 6 anões sentados em pedras, afiando seus machados em uníssono.
Não pareciam ser muito disciplinados.
Na verdade, tinham trajes sujos e expressões insanas nos olhares.

grito > ei, vocês aí!

ação > me aproximo e me dirijo ao que tem mais aspecto de líder no grupo.

fala > saudações. meu nome é Whurak. ontem minha tropa foi dizimada por um feiticeiro, enquanto batalhávamos com uma horda de hobgoblins. estou indo para a cidade em busca de informações. e vocês quem são? o que fazem aqui?

Nenhum deles se destacava dos demais, e todos o saúdam quase ao mesmo tempo com sorrisos insanos, mas sem parar de afiar os machados.

pensamento > bando de anões mudos?

off > se eu afiar meu machado, ganho algum tipo de bonus?

fala > e vocês quem são? o que fazem aqui?

Off: Regra de "Arma Afiada": Teste de Ofício, ND20, por 1 hora de trabalho ininterrupto. Se passar, por um número de rodadas igual à sua graduação em Ofício Ferreiro ou Armeiro, sua arma terá um bônus de +1 no dano (não mágico, obviamente).

On: Um anão, um pouco maior que os demais, se levanta, tendo um elmo com 1 chifre quebrado e dois machados nas mãos, dizendo em sua língua:
- O que fazemos aqui parece óbvio. EU é que lhe pergunto: POR QUE um anão faz o caminho contrário de uma boa batalha? Por acaso a covardia corre em seu sangue?

Em uníssono, os demais bradam:
- Não há, sobre ou sob a terra, mago algum capaz de parar nosso avanço. Não há mágica alguma capaz de deter nossos machados. Somos BATTLERAGERS, e apenas o crânio de nosso inimigo detém nossa investida. HAAAAAARRRRGH!!!!!

Os brados são extremamente desafinados, e à simples menção do nome, qualquer anão sabe que é sinal de encrenca e muita confusão. Pois onde houver um Battlerager, nunca haverá qualquer disciplina ou cordialidade.

O anão aponta-lhe um dos machados, dizendo:
- Eu lhe fiz uma pergunta, moleque. Pra onde vai, que não para a batalha?

Seu coração aperta. Lidar com Battleragers era um grande desafio diplomático para qualquer um de sua raça. A palavra errada poderia custar-lhe alguns ossos quebrados, sem o menor arrependimento da parte deles.

pensamento > malditos cabeça-de-alface...

ação > entrego-lhe o meu mais intimidante olhar e, sem dizer uma palavra à exceção de um grunhido gutural que contempla toda a raiva de um impraticável soco na boca, afasto-me em direção à cidade. atento para os ruídos das armaduras e botas, para não ser surpreendido por um ataque pelas costas.

fala > mandem lembranças à Thibbledorf...

Olhando uns pros outros, um dos anões pergunta com ar de confusão:
- Quem diabos é este bastardo?

Aquele que parecia ser o líder diz, em tom sério:
- Então boa caçada. Nós socamos este sujeito por você.

E retomam o "coro" de machados sendo afiados. Algumas das lâminas chegava a brilhar, tamanho o fio.

off> primeiro tu escreve "Nenhum deles se destacava dos demais" e agora "Aquele que parecia ser o líder" ???

ação > ao ouví-lo falar "aquele sujeito" interrompo a marcha e me volto para ele, encarando-o com muita seriedade e a respiração pesada em função da pujante raiva.

fala > QUEM é este sujeito? por acaso você está falando do feiticeiro capaz de aniquilar 2 tropas inteiras com um único golpe?

O anão com os 2 machados se vira pra você, um deles apoiado no ombro e o outro pendendo ao lado do corpo, e diz no mesmo tom:
- Você falou de Thibbledorf. Quem quer que seja, se o encontrarmos, mandaremos seu "oi". Ou será que está tão demsiolado que já esqueceu do que disse?

pensamento > bando de cabeças-de-alface! não conhecem Thibbledorf, o mais notável dos Battleragers. (forgottenrealms.wikia.com/wiki/Thibbledorf_Pwent)

ação > percebendo que a conversa ficou sem pé nem cabeça, dou meia volta e torno a marchar para cidade, desfeito da raiva e da agonia da conversa.

Não demora muito, e você logo chega aos portões (emi-reconstruídos) da cidade.
Ao entrar pelo norte, aquela parte parecia estar sendo refeita de uma terrível batalha.
Apesar disso, haviam pessoas por toda parte, e logo você se vê num grande pátio de mercado, com tendas e barracas por toda parte.
E mais pessoas se acotovelando.

pensamento > ta na hora daquela cerveja...

ação > procuro um lugar menos tumultuado para ter uma boa visão geral dessa parte da cidade, tentando identificar alguma taberna ou lugar semelhante onde as pessoas entrem para beber. assim que tiver um palpite, me dirijo ao local sem me preocupar com o acotovelamento, pois meu porte e estatura (além da estabilidade +4 contra encontrões) fazem de mim um mini tanque de guerra.

Ao passar por uma muvuca na entrada do que aprecia ser uma taverna, você ouve uma conversa estranha:

- Eu tô dizendo, o anão gastou quase 100 "pilas" em armas. O serviço é grande.
- E desde quando anões planejam algo. eles são exagerados, isso sim. Devem estar apenas caçando orcs nas montanhas.
- Tá, mas ele tá com o "maluco" tatuado. Não acha que vale dar uma "espiada"?
- Humm!! Então, ele começou a se mover. Pois bem, vamos ver do que se trata.
- Eu tô dizendo. É ouro fácil. O "palerma" é mais desatento que goblin de ressaca. Além do que, barulho não será problema. Ele anda com outro anão mais escandaloso que mocinhas quando me vêem. Hehehe!!
- Vamos nos ater ao anão e esqueça seu complexo. Me leve até eles e vamos ver do que se trata. Se o tatuado está com eles, então vai "rolar" muita grana.

Eram 2 vozes no meio da multidão, e os termos entre aspas são, na verdade, gírias que você não entendia.

off > se 'Eram 2 vozes no meio da multidão' quer dizer que eu não consigo identificar quem falou e portanto não conseguirei seguí-los?