Aiolos no Cemitério!!

Seguindo o rumo das pessoas, logo o meio-celestial se faz notar, causando a mesma reação da garota. Uns se aproximam, outros fogem, assustados. Nestes dias confusos, nem tudo mostrava ser o que parecia.
O lugar era pacato, apesar de movimentado, o que era um fato triste na realidade e no cotidiano da vila.

Ali, junto do velho coveiro, Aiolos vê uma mulher de feições quase angelicais, que se destacava na multidão.



A julgar pelo símbolo, uma clériga de Selûne. E a julgar pelas feições, teria passado toda a noite velando, ela e o coveiro, mais de =8 mortos, além de um funeral coletivo.

Num ponto mais afastado, velando um túmulo solitário, marcado por um grande machado, estava outra figura de destaque.



Todo o resto dos presentes eram aldeões, chocados demais, assustados e tristes demais.

Aproximo da Selunita e calmamente digo: - Precisa da ajuda em algo? Venho para tentar ao menos amenizar os corações desses sofrimentos da noite anterior.

Sem qualquer aviso, a selunita pula e dá um abraço em Aiolos, dizendo:
- FINALMENTE OS CÉUS ME ENVIARAM ALGO DIGNO, UMA VEZ NA VIDA!!

Percebendo ter passado dos limites, ela se retrai, dizendo:
- Muito prazer. Eu sou Aelynn. Passei a noite velando e rezando. Estou cansada. Foi uma noite bem intensa pra esta gente, senhoooooor...

Aiolos retribui o abraço caloroso da jovem.

- Não me chame de senhor, pois não há necessidade. Sou Aiolos de Torm e estive envolvido na proteção dessa cidade na noite passada. Muitos lobisomens e até mesmo um drider estavam na vila. Vim para o cemitério tentar ao menos confortar esse povoado como o calor de minha presença e lhes dar forças para seguirem suas vidas que são tão sofridas e difíceis. Há algo em que posso ser útil neste momento?

Ela te abraça de novo, enquanto muitas pessoas vinham na direção de vocês com olhares suplicantes e cansados:
- Sim, fique no meu lugar pra eu poder descansar. Agora, eles precisam de você mais do que de mim.

Ela dá um beijo no rosto de Aiolos e diz, já se afastando
- Não eram lobisomens. Depois eu explico.

As pessoas já o cercavam, queriam vê-lo, queriam tocá-lo... queriam uma ponta de esperança.
E ali Aiolos permanece, conversando, apoiando, alegrando... mas principalmente, ouvindo lamentações e recebendo "pedidos aos céus", por paz, por justiça e, por que não, por vingança.

O homem que estava só no canto passa por trás da multidão, dizendo num tom amargo:
- Podem rezar à vontade. Os céus podem mandar falsos mensageiros, mas no fim das contas não vão ouvir. Cada um é responsável por sua própria proteção. E a única coisa com que podem contar são suas armas..

Ele se afasta, mas antes que Aiolos pudesse responder, mais pessoas vinham cercá-lo, apenas pelo prazer e sua aura.
E as palavras do homem, que parecem ter deixado as pessoas mais assustadas.
" Mas não temos armas."
" Por favor, nos proteja!"

Aiolos passa muito mais tempo do que queria ali, perdendo a noção e "cozinhando" dentro da armadura.

Aiolos permanece no local confortando a todos e em tom calmo diz: - Não se preocupem. Há pessoas na vila que querem ajudar e farão o que for necessário para protege-los. Ainda estamos investigando o que ocorreu na noite passada e saber o verdadeiro motivo de tal ataque. Ter medo faz parte de todos nós e com ela aprendemos a hora certa de recuar. Infelizmente agora preciso voltar, pois meus amigos e companheiros precisam de meu auxilio.

Aiolos lentamente vai se desvincilhando da população e tenta ao menos caminhar tranquilamente até a taverna.

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