Uma pedra no caminho: Morë!!

* Parecia que todos os drows que conhecia sabiam muito mais sobre si e sua família do que ele mesmo. Liberdade era matar a matrona ? Liberdade era se desafazer dos laços que as casas os prendiam ? Procurava entender o que continha ali por trás, mas o que o Jaerle de fato queria incutir em sua cabeça ? Ver mulheres e homens juntos por uma causa, era lembrar vagamente de sua família, ali dentro de sua casa, os quatro viviam numa harmonia que jamais havia experimentado após a cisão, mas não entendia o seu papel naquela história ainda.*

- Jaerle, não tenho idade para deter o teu conhecimento, mas não ache que sou arrogante tanto quanto àquelas que renegamos, estou buscando exatamente os sinais para entender isso. Pelo interesse que tens de ter minha carcaça ainda transitando por aqui, me oferte um ensinamento a mais, e talvez possa fazer jus a tudo isto. Estou sim numa teia, em algo maior que eu, é claro que assumo e percebo isto, e tenho estado sozinho buscando estas respostas. Tentando entender a relação entre o ressurgimento do meio-drow que roubou da identidade do demônio com minha irmã, tentando perceber o que significa esse afastamento e essa aproximação com Annariel, o que Doriath, Yngaloth e No-quar querem comigo, traze-la para mais perto, usá-la no conselho e convocar A Aranha ? O que quer com a minha existência Jaerle? Lolth ?

* Morë não se movia, apenas os olhos e seus lábios professavam algo, mas pela primeira vez, era traído pela emoção, o tom de voz continuava o mesmo, porém ele falava um pouco mais rápido que antes. Uma noite antes, Sybil queria levá-lo de volta aos jogos da matrona, agora um Jaerle vem com informações que ainda não haviam assentado direito no tabuleiro, até o ogro conhecia seu Jabuk... Jabuk de que casa? Todos o querem vivo... mas porque?*

Você me conhece e minha história bem mais que eu mesmo, estou em busca de entender isso, me chamaste aqui, não apenas para me deixar cheio de dúvidas e vislumbrar a beleza dos seus, diga-me Jezz Jaerle, o que eu preciso saber para compreender a chave de toda essa história? E o que foi cavado e libertado das profundezas?

Jezz olha para o horizonte, ou assim parecia, além das sombras da clareira.
Por fim, ele diz:
- Eu não preciso de um druida. Preciso de um Corrupto. De alguém disposto a sacrificar pela verdadeira libertação. Preciso de alguém cobiçado. Alguém que se deixe abraçar pela teia de Lolth, e servir de bulbo ao seu veneno para, então, libertar a verdadeira morte sobre os drows, e sobre as casas. ESTA sim será uma verdadeira purificação, e uma construção libertária, sem prisões, sem amarras. Nem Corellon ousou sonhar com isto.

Ele olha pra você e diz:
- Quando derrubamos Myth Drannor, abrindo caminho para os Grandes, esbarramos em conhecimento demais para várias vidas. Nos calamos, e deixamos o Mal percorrer sua trilha até a Cidade da Canção, e silenciá-la. Nós estávamos lá, matando o que restava dos coronais, nos apossando de suas armas, seus tesouros que um dia foram nossos. Mas então as Fadas vieram e começaram um novo expurgo. Tentaram nos mandar para o Abismo, mas nos agarramos às bordas deste mundo, e voltamos a caçá-las. Você tem medo de um nome, Olori, porque lhe dá muito valor. Um verdadeiro Druida... apenas um Pária.

Ele olha para os demais, e depois para você, dizendo:
- Quer saber por que não o evitamos? Quer saber por que andamos livremente nestas paisagens? Muito simples. Aquele que usurpou o poder de um Eterno é um de nós. Um JAERLE. E ele luta em NOSSO nome, pela NOSSA causa. Uma teia de fogo será construída, e Lolth será sua prisioneira pela eternidade. Agora, um joguete que se pensava Rei libertou a velha Chama sobre Cormyr. Chama da discórdia... CHAMA da danação... CHAMA da GUERRA.

Ele o encara e diz, a voz agora cheia de vivacidade:
- Nós já o conhecíamos. Sabíamos do que era capaz, e o deixamos quieto. Apenas para virem os orcs e soltá-lo no mundo. Pensavam manipulá-LO quando era ELE o tempo inteiro puxando as cordas. Tentando o próprio Pai com seus jogos de guerra, tocando os sonhos dos fracos e incutindo-os de falsa grandeza. ELE é a voz por trás da traição. E nem sabem contra QUEM estão lutando. Sequer SE devem lutar, ou correr.

Ele aponta a mão com a víbora enrolada, que se estica, sibilante, em sua direção:
- Você é só mais um. Você existe porque ELA precisava existir. Mas você nem imagina. Nunca frequentou os maiores círculos de sua própria raça. mas ELA sim. Ela pode estar onde a escória inferior de suas cidades não ousam pisar. Ela foi preparada toda a vida pra estar ali, e nos apoiar. Uma teia fraca dentro de tantas, para fazer ruir o maior dos impérios. Você, druida, foi só uma divergência inesperada. Não deveriam haver dois, APENAS UMA!!

Ele baixa a mão, e volta a dizer em sua voz sibilante:
- O que decide fazer de sua vida é problema seu. Mas enquanto viver entre as teias, nunca terá valor algum. Enquanto não abraçar sua própria ferocidade, nunca será aceito. Outros tantos párias conquistaram seu espaço simplesmente por estarem ali. Mas você... é Patético. Seu lobo entende seu lugar melhor do que você. O risco que você representa é o mesmo de minha casa. Lobo ou cobra, o que importa é que não seja mais uma aranha... apenas.

Ele aponta pra você, e finaliza:
- Sem corrupção, você não me serve. Até o Dragão cumpriu seu papel de trazer o Matador de volta dos mortos, preso em um amuleto sem vida, apenas esperando, respirando... sussurrando. Quando aprender a falar a verdadeira língua do jogo, daí sim estarei pronto a levá-lo a sério. Até lá...

Ele aponta o dedo pra você, e um raio amarelo intenso se desprende, envolvendo-o.
Ele finaliza:
- Viva entre os cães, e APRENDA ALGO COM ELES!!
[Teste de Fortitude, ND20]

Onde ela está ?!


* Ele fala firme *
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fortitude +4

rolando o dado||

O membro 'Morë_Olori' realizou a seguinte ação: Rolador!!

'd20' : 4