Cotidiano - Garrick!!

NPCs: Aelynn e Conrad (por enquanto).

Depois de voltar à cidade, Garrick sente um enorme alívio em deixar aquela turba para trás. A clériga também não esconde o alívio de voltar à cidade.
Há meses não se tinha notícias de qualquer elfo naquela região, e agora encontram um tão... peculiar.

O santuário, situado na última casa da rua principal, ainda tinha Conrad em prontidão diante do pequeno altar de madeira clara à entrada, sob um toldo de paliçada.
Ele mostra contentamento, vendo a volta do grupo, ainda que dividido. Mas logo sua atenção é tomada por um rapaz de roupas simples que vem correndo do lado oposto da vila, praticamente puxando-o pelo braço, aos berros:
- VENHA... VENHA RÁPIDO!! MONSTROS!! ELES ESTÃO ATACANDO O REBANHO!!

O rapaz parecia mesmo assustado, e Conrad, mais que depressa, sinaliza para a clériga, que aperta o passo rumo ao santuário, rendendo-o enquanto ele saía.

A clériga diz:
- Como eu dizia, as coisas aqui nunca param. Quando guardas deixam de ser suficientes, eles vêm aqui em busca de ajuda. Principalmente desde que...

Ela fica receosa em terminar o que dizia, ficando em silêncio e olhando com apreensão a dupla que segue para fora da vila.

*Garrick começa a achar que andou pelas ruas erradas a vida inteira - mas as coisas começam a mudar. Aquele pedaço de loira parecia preocupado com ele e agora não está nem ai, mulheres são assim mesmo. Fúteis e só querem saber de floricas que falam um monte de mentiras. Vendo a cena, ele escuta atento a todos - ele não deixa de lembrar de sua cidade natal e como era ser um moleque pobre nela, seu corpo foi moldado no sofrimento e na necessidade. Ele aperta o passo também. E fala para a Clériga.*

-Realmente temos muito o que fazer por essas bandas...sinto se não notei antes.

A cleriga diz, assumindo seu lugar no santuário, enquanto Conrad corre, acompanhando o rapaz:
- Sim, temos muito que fazer. Por onde quer começar? Há tanto a ser feito pela cidade, e tão pouco tempo. Precisamos que as caravanas QUEIRAM vir até aqui, e se perigos continuarem a nos rondar, seremos considerados um caminho perigoso, e logo estaremos à nossa própria sorte.

A clériga perde alguns segundos encarando-o, e por fim ela diz:
- Pelo que pude entender, o battlerager estava, de alguma forma, sendo controlado. E o que o controlava conseguiu afetar VOCÊ por um breve momento. Mas não tem com que se preocupar. O que os afetava já não está mais presente. Talvez aquele elfo estranho possa dizer melhor o que aconteceu.

Ela sorri em concordância, e lhe dá um beijo no rosto, dizendo:
- Vamos com calma, grandalhão. Você ainda nem sabe que perigos tem pela frente. Mas sua ajuda será de grande valia para a cidade, e para nós, selunitas.

*Ele sorri satisfeito - mas como ela é meio doida ele prefere por hora só observar.*

-Pode contar para mim então, até agora corri para um lado e para outro em busca de uns trampos e nada de entender o que ocorre. Seja minha guia.

A selunita leva a mão ao queixo, medindo-o de cima a baixo, e por fim ela diz:
- Humm! Gosto do seu estilo. Maus brutalidade, menos planos. Pois bem, sabe que entre outras coisas o credo de Selûne atrai dois tipos de criaturas distintas, e igualmente interessantes. Aqueles que têm em Nossa Mãe a fonte de seu poder, e a loucura de seu espírito; E Aqueles que buscam caminhos seguros entre as estradas do mundo. Eu não devia lhe dizer isso, pois mal o conheço. Mas infelizmente estou presa aos meus deveres aqui e não posso ir atrás de algo que nos foi roubado. Então talvez eu possa lhe pagar pra perseguir um ladrão pra mim. Não deve ser difícil pra alguém do seu...

Ela caminhava, insinuante, ao redor de Garrick, medindo-o da cabeça aos pés.

-E eu gosto de mulheres lindas e maravilhosas como você.

*Garrick estava até se esforçando para parecer um rapaz sério e concentrado na conversa, mas assim é demais para ele. Ele se levanta e passa a mão na cintura da Clériga e a beija - de sua maneira rude e cheia de paixão.*

*Não tem muito o que perder mesmo - afinal a outra deve já estar aos beijos com aquela florzinha de quinta categoria.*

Aelynn deixa-se abraçar, entregue à mesma paixão. Mas antes que os lábios se tocassem, sua mão gentil surge entre os lábios, dizendo:
- Não aqui, moção. Não no altar de Minha Senhora. Não enquanto eu estiver de prontidão. Não sabe que Selûne é também a guardiã dos amantes?

Ela escorrega no abraço de Garrick, quase subindo-lhe no colo, segurando-lhe o rosto com as duas mãos e beijando-lhe a testa, dizendo num tom provocador:
- Eu lhe prometo que a Lua Cheia lhe será inesquecível. Mas agora eu preciso da Lua Crescente. Preciso de sua força guerreira para recuperar um tesouro deste santuário que nos foi roubado, e logo estará fora de nosso alcance. Se puder recuperá-lo antes que os ladrões escapem, eu estarei em dívida com você.

Seu tom de voz era quase infantil, em súplica.

*Garrick concorda ainda que preferia mesmo é ter ganhado o beijo - mas fazer o que.*

-Explique então e eu procurei o que me pede.

Respirando fundo, a clériga e afasta, contornando o pequeno altar e indo até um aparador no fundo da varanda.
Ali, ela apanha um pergaminho, trazendo-o consigo, abrindo sobre o altar.
Nele, havia o desenho do que parecia ser a ponta de uma faca e... letras e linhas por toda parte.
Ela continua:
- Isto é a base de um atalho mágico. Uma "Ponte da Lua", por assim dizer. Através de um ritual, você pode usá-lo para abrir portais através de outro mundo, encurtando distâncias para levar caravanas, ou em alguns casos, contrabando para longe de suas fronteiras.

Ela respira fundo e continua:
- O nome dela era Nwalla! Ela chegou até nós dizendo ter sido expulsa de suas terras. Tinha perdido tudo, inclusive a família. Mas como foi por obra de drows, os lordes desta região se recusaram a ajudar. Então nós a acolhemos e a abrigamos. Ela até aprendeu algumas orações, parecia uma devota em ascensão. Até que uma noite eu a peguei revistando a casa, até encontrar isto (ela aponta o desenho no pergaminho). É um tesouro muito valioso para nós, selunitas, e muito importante para alguns rituais. Desta vez fomos nós quem procuramos as autoridades, mas como fomos nós que abrigamos a mulher, indo contra a vontade deles, eles nos deram as costas. Alguns servos e protetores se espalharam pela região atrás do rastro dela, até que acidentalmente um deles topou com ela aqui mesmo, na cidade. Parece que, no final das contas, ela está sendo ajudada por alguém, escondida bem debaixo dos nossos narizes. E um pouco a Leste daqui tem um lago onde ela foi vista negociando com alguns cúmplices. Achamos que ela vai vender o cristal pelo melhor preço. Não podemos deixar que ela escape, ou que o leve daqui. Mas não temos meios de organizar uma missão de recuperação. Conrad ia nos ajudar, quando vocês acabaram aparecendo.

-Hmmm. Ele tinha algum grupo em mente? Acho que seria bom alguém com habilidades socais comigo, sabe como é não sou de sutileza e tem preferências quanto ao tratamento da possível ladra?

*Ele fala muito empolgado - afinal essa pode ser uma ótima missão e ainda impressionar as gatas.*

Num tom irônico, ela diz:
- Como você trata alguém que trai sua confiança?

Ela diz, preocupada:
- Conrad está atarefado com a organização da nova caravana rumo aos Vales. É muita coisa a organizar, pois a distância será imensa a percorrer com tão grande companhia. Pousos são os agentes confiáveis por estas bandas ultimamente, a maioria dos mercenários já deixou a cidade em outras expedições. Então Conrad carece de homens bons. Por isto pensei em vocês, que são novos na caravana e não fazem parte de sua logística ainda. Estão livres pra investigar e tentar encontrar a ladra, antes que ela deixe a idade com o nosso tesouro.

*Garrick concorda balançando a cabeça.*

-Faz sentido - não me resta muitas opções então. Bem em breve terei resolvido a missão. Vou procurar pelos outros novatos. Até breve.

Ela diz, num tom quase lânguido:
- Boa sorte, Garrick! Estarei aqui se precisar.

*Garrick concorda com a cabeça e vai atrás da única novata que ele conhece - ela pode ser útil para conseguir contatos de qualquer modo. Ele segue para a taverna que a florzinha e a loira provavelmente estão.*

Sem delongas, Garrick cruza rapidamente as ruas da cidade, até chegar à pousada onde estavam. Mesmo ao longe, podia ouvir uma intensa cantoria.
* Pode passar pro outro tópico: "Um Novo Tempo!!"