Entre dragões e homens - Ballasar!!

Ballasar corre para alcançar o velho e Sig, que já estavam longe. Ficar perturbando Leon teve seu preço.
Eles se afastam, seguindo pela trilha até um descampado. Conversavam numa língua desconhecida pra Ballasar.
Quando finalmente consegue alcançá-los, Ballasar se vê cercado por guardas. Não eram vikings desordeiros como os da caverna.
Eram cavaleiros, vestindo peitorais de aço e armados com lanças.

Um deles, mais invocado, o interpela, apontando a lança pra você em tom ameaçador. Ao que o velho diz, sério:
- Deixe-o passar, Lucas. Ele é um dos nossos.

Olhando pra trás, o alto cavaleiro recua dois passos, e só então ergue a lança.
Todos ali tinham o mesmo brasão em túnicas sobre as armaduras.
O símbolo de um dragão, segurando uma flâmula.

Ballasar passa pelos guardas até o descampado, e ali encontra Sig e o velho.
Sigfried diz, brincando:
- Ah, Ballasar! Perde tanto tempo com brincadeiras que esquece de suas obrigações.

O velho ri, bonachão, como um pai diante de dois irmãos birrentos.

Olhando sério para olhando o cavaleiro que me interpela, e meus olhos falavam mais que próprias, mais ele percebe as chamas acenderem e o fogo arder naquelas órbitas, estava cansado e sem muita vontade de brincar cavaleiros!
Voltando a olhar para o velho e Sigfried e já bufando e voltando a si começando a rir.
- Que nada, perdi um tempo fazendo Leon esquecer de mim, acho que deixei ele bravo.... - já rindo novamente e voltando a dizer.. - Daqui a pouco ele aparece aqui pra me encomodar!

Parando de rir e voltando ao habitual expressão seria. 
- Então vamos ao que interessa, então o que eu perdi? 
E com uma cara curiosa e olhando pra Sig.
- Vocês já se conheciam da onde?
Enquanto aguardava ficava apoiado na própria lança, pois o cansaço já estava evidente.

O velho diz, no tom austero de antes:
- Táticas não requerem conhecimento, mas REconhecimento. O que estão pra enfrentar será árduo. Mas será preciso perder para vencer.

Sig faz cara de confuso. O velho continua:
- Os magos estão prontos pra intervir no portal, assumindo seu controle e, assim, fechando-o de uma vez. Mas pra isto...

Sig: Ele tem que ser aberto.

O velho apenas sorri, concordando.

Ouvindo com atenção o que o velho dizia e também ficando confuso com o que ele começa a propor esperando com calma ele terminar.
Olho para Sigfried e depois voltando a atenção para o velho.
- Então velho, vamos abri-lo para fechar por completo, mais onde entramos nesta fase?
- Então teremos levar Maera para que o Xamã abra o portal, e isso que têm em mente?
O olhar de curiosidade e confusão pairavam sobre os olhos.

Sig diz:
- É mais simples ainda. Vamos deixar o inimigo vencer.

Olho com uma cara de bunda pra Sig e mais confuso do que antes.
- Ta deixar ele vencer! - respiro fundo e colocando a mão sob o queixo e procurando algum lugar para sentar para continuar... - E como vamos fazer isso?
Olhando confuso para os dois!

Sig sorri para o velho, e diz:
- É brilhante.

O velho sorri, com o triunfo de quem se faz entender.

Rindo junto com Sig e voltando a ficar confuso!
- Só eu que estou viajando por aqui?
- Eu quero entender o plano, mais minha cabeça ta lenta gente!
Falando isso com um sorriso mais que confuso no rosto!

Sig volta a ficar sério, vira e sai andando, dizendo:
- Vamos indo conto no caminho. Ja perdemos tempo demais.

Ele vai embora apressado.

Olhando com cara de espanto e já o seguindo, mais sem antes parar e olhar para o velho.
- Até e tenha uma boa noite, e deixe seus magos prontos!

Já voltava a correr e chegar próximo a Sigfried e seguia o caminho atrás dele em silêncio e pensativo!

De relance, Ballasar vê o velho fazer um gesto, e quase todos os "cavaleiros" se desfazem no ar, tornando-se borrões, e depois desaparecendo (eram ilusões).

Pelo caminho, Sig segue em silêncio, com um sorriso que não via há muito tempo. O de um líder estrategista.
Ele estava lutando a luta que gostava, e valorizava. Havia um plano-mestre em andamento. E é assim que o comandante gostava de lutar.

De volta ao tópico.