Introdução - Uther!!

Dezenas já o separavam da viagem para além das terras de seu povo. A decisão foi árdua, mas ficar já não cabia. Sonhos o chamavam para além das montanhas. Muito além do abraço gelado dos ursos-polares, ou das garras afiadas dos Remorhazes. Assim, armado com seu melhor machado, e vestindo a melhor armadura que sua tribo era famosa por confeccionar, decidiu viajar para as terras dos "homens morenos", como seu povo chamava os habitantes do Vale da Vastidão.
Mas o destino ainda lhe reservava surpresas, quando encontrou uma cidade traiçoeira, governada por piratas e mercenários, e onde a única lei era a do dinheiro e da ganância.
Assim, não tardou a conhecer as autoridades quando foi assaltado por três larápios nos fundos de uma taverna onde procurava abrigo. Depois de muito apanhar, a fúria tomou conta de você. Dois deles foram desmaiados por seus punhos, e o terceiro foi arrancado dos seus dentes pelos guardas, sedentos de sangue e propina. Depois de desmaiá-lo e ver que você não tinha nenhum dos dois a oferecer, o levaram preso.
Mas os deuses lhe sorriram, quando uma jovem sacerdotisa de Selûne, chamada Kelsye, interveio em seu favor, fazendo com que fosse exilado, e não forçado a trabalhar nas minas de sal. Ainda, depois de embarcar, ela lhe devolveu todos os seus pertences, que estavam sob a proteção do templo. Uma sombra de justiça numa terra de intriga e corrupção. Você partiu de Calaunt, jurando nunca mais pisar na maldita cidade.

Uma vez a bordo, logo se destacou, pois era de longe o mais forte. E assim, os outros marinheiros davam um jeito de fazê-lo pegar os trabalhos mais pesados, desde erguer os cordames, puxar âncora ou carregar caixas e sacas de grãos do e para o porão.

Assim a embarcação seguiu, sem paradas, pelo Mar Interno, até a cidade de Marsember, em Cormyr. Um porto de entrada, já a meio caminho do continente, que guardava novas terras, e novas descobertas. Sua armadura jazia a dias guardada, pois os mares eram quentes demais para confortá-la. E seu corpo, vindo de terras geladas, tinha marcas por toda pele, avermelhada e desgastada pelo clima oposto ao de sua terra-natal.

Finalmente, um vento frio cortou o convés, anunciando a aproximação do destino final da embarcação.
O capitão, que esteve recluso toda a viagem, distribuindo suas ordens através de um contra-mestre experiente e espadachim exemplar, enfim apareceu. Um homem velho, mas ainda vigoroso, rapidamente apresentando as cartas-de-comércio. "Simplesmente papéis", em sua opinião. "Iguais a tantos outros e sem nenhum valor", aos seus olhos.

Uma vez em terra, foi libertado de suas obrigações para com o navio e sua tripulação. E depois de distribuir alguns sopapos devidos a alguns marinheiros que recebiam às custas do SEU trabalho pesado, enfim vestiu novamente a armadura de sua tribo. E saiu a explorar a nova terra.
Muito menor que Calaunt, e de povo muito mais bonito e hospitaleiro. Mas sua aparência e porte chamavam demais a atenção, sem falar de seu machado, impossível de se esconder. E não demorou a aprender um importante costume local, se quizesse preservar sua liberdade: "Deixe o machado sempre nas costas, nunca à mão", disse-lhe o jovem tenente a dar-lhe as boas vindas ao Reino.

Novamente, não demorou a se destacar, e encontrar abrigo e serviço não demorou a acontecer. Reconhecendo suas marcas características, logo um velho mercador o contratou como guarda de caravana. As terras entre as cidades ainda estavam infestadas de goblinóides, ou "O Povo Negro", como chamavam os mais supersticiosos. Mas por mais que fosse sua vontade, a viagem transcorreu tranquila, sem assaltos ou contendas.
E logo, seus olhos se deslumbravam numa nova cidade. Os grandes muros de pedra assentada e construções coloridas e harmônicas refletiam a natureza ordeira daquelas terras.

Na caravana, fez alguns bons amigos entre os guardas, e ganhou até mesmo um pequeno pingente de prata como presente após vencer uma acirrada competição de Braço-de-Ferro. O perdedor, já mais velho que você, não escondia o constrangimento. mas como ele mesmo disse, "Uma hora a idade nos alcança, e alguém mais jovem toma nosso lugar".

Ali, nos portões de Arabel, seu passado era deixado para trás, rumo a um novo futuro.
O início de uma nova vida.

A fala do senhor em que eu venci a competição era certa. Colocando o pingente em volta do pescoço e cumprimentando os poucos amigos que ali fiz sigo rumo ao interior da selva de pedras que se levanta ao me redor, antes de procurar abrigo ou qualquer coisa vou andar sem rumo pela cidade. Uma das coisas que aprendi com minhas viagens foi: Sempre conhecer os lugares para onde seus pés podem lhe levar. Então vou ir marcando pontos da cidade, olhando qualquer coisa incomum e sempre olhando as mulheres. Quando passava uma mais bonita a seguia com o olhar, mas sempre quieto e nunca falando nada.

Os rostos eram estranhos a você, a grande maioria morena e de olhar simplório.
As mulheres não lhe chamavam a atenção, "fracas e pequenas demais".

Logo, seus pés o guiam a um pequeno sobrado, de onde vinha boa música, e o inconfundível cheiro de ensopado, despertando seus sentidos.
Já era tarde, o céu dourando com as cores do pôr-do-sol.

Vou até a porta deste estabelecimento e adentrar, dando alguns passos para o meio do estabelecimento e olho para todos os cantos. Encaro sim, qualquer um que me olhe com cara estranha, mas não mudo o meu semblante e então sim sigo para balcão. Espero vir alguém me atender.

Um velho, cujo porte se escondia por trás de roupas simples e um avental surrado, para à sua frente e diz:
- E então, homem. O que vai querer?

- Pode me servir uma tigela de ensopado, um pão de cevada e um jarra da vinho temperado! - Tirando uma peça de prata e colocando no balcão, fico ali esperando ele me trazer.

Após pegar o meu pedido vou procurar alguma mesa em que eu possa me sentar sozinho, então sim vou apreciar minha refeição e ficar prestando atenção a movimentação do local, e sim tentaria observar alguma beleza nas mulheres, alguma teria de me chamar a atenção, pois eu nunca tinha visto assim mulheres tão escuras.

(off: Em que estagio de cor ela são? Um exemplo hahuauhahau)

A última mesa livre que Uther vê acaba de ser ocupada por um anão, enquanto outro parecia galantear a atendente com um gracejo estranho, ao seu ver.
Poucas mulheres ali estavam, a atendente de pele bronzeada e outras duas, igualmente morenas, em mesas distintas e acompanhadas.

Neste momento, algumas atenções se voltavam para você, com seu porte chamativo.
Mesmo o homem ao seu lado fala algo com o atendente, dando a entender que falavam a seu respeito.

Dando de ombro para os olhares e falas sobre mim, procuro um espaço em um canto no chão mesmo vazio, "Pois sou um bárbaro e mesa é para os fracos", me sentando ajeitando minhas coisa perto de mim. Então sim, começo a fazer a minha refeição. (Sento do modo mais ereto possível, começando a comer o ensopado primeiramente molhando o pão e depois começo e comer o ensopado e beber meu vinho)

Tento não prestar a atenção das pessoas, mas meu olhos irão buscar a atendente algumas vezes, tentando enxergar a beleza e as curvas da moça. ( Poderia me falar +/- quantos anos ela aparenta ter?) E se o anão que a estava fazendo gracejos me encarar, irei encara -lo sem problema algum.