Lyon d'Ethrandir: Diário de Jornada

Quando um Elfo reconhece um Meio-Humano.

Através das viagens estudando a história dos povos que o geraram (Lyon é apaixonado tanto pela história dos humanos quanto pela dos elfos), ele teria encontrado registros antigos daquela linguagem. Inicialmente achando que seria um dos alfabetos dos altos-elfos, ele percebeu que as situações em que eram usadas as grafias eram completamente estranhas e haviam muitas palavras que ele desconhecia, estudando mais à fundo, percebeu que aquela linguagem era diferento do alto-élfico e muito, e deduziu que fosse alguma linguagem antiga. Entregou a tábua onde haviam esses registros a um elfo dourado, de nome Lachesi, por ter ouvido lendas (conhecimento de bardo) sobre eles guardarem os conhecimentos antigos. O meio-elfo não pediu nada em troca, mas o elfo-dourado percebeu o respeito que ele tinha por aquele artefato, bem como seu interesse, e então decidiu ensiná-lo a tal linguagem, o Espruar.

"Sombras maiores, enlouquecidas pela morte e tendo deixado assutos sem resolução em suas vidas. Incapazes de atravessar ao outro plano, a loucura e a resistência de deixar este as enlouqueceu, transformando-os em monstros cruéis e capazes não só de drenar a vida, como as sombras, mas também enlouquecer aqueles tocados.
Os cavaleiros de Myth Drannor se uniram pra enfrentar um deles, e tudo que conseguiram foi solucionar suas pendências para que ele atravessasse para o outro mundo."
Assim diziam os registros de Lyruel Lammastar, um bardo especializado em réquiens que aprendeu a sintonizar sua melodia com os mortos.

São exemplos, amostras do que a morte faz àqueles que nela se perdem, àqueles que por ela são destruídos e nela são mal pagos. A alma exige vingança, as sombras a concretizam. Encontrei um bando desses nas ruínas de Waterdeep, mas ainda não sei se são aliados ou inimigos. Parecem reagir à minha melodia, mas não sei se poderei usar os truques d'O Flautista com eles.

A um bardo é permitido cantar canções, a um apostador é permitido o risco, mas o que é permitido a um nobre? Muito pouco além do luxo, mas isso não é 100% verdade para Lilanda Hawlkins, nobre, nascida em berço dourado, vida cheia de esplendores, irmã de um Senhor do Amanhecer. Fundadora de um orfanato, especula-se que leve uma vida dupla. Dizem alguns que seria uma ladina que se aventura pelas ruas da cidade à noite, outros ainda dizem que é uma capaz apostadora que sorrateiramente eleva os ouros de seus pais, alguns ainda dizem que teria um caso secreto. Quanto disso é verdade e quanto não é, só cabe a ela saber, mas que uma nobre de sangue aventureiro desperta interesse nas rodas de fofoca, ninguém nega. "Lila" conseguiu driblar a boataria com maestria ao fazer um casamento que foi evento em toda Waterdeep com Daerin, um Genasi. A esta personalidade, por sua vez, uma página à parte do diário estará reservada.

Encontrei-me com esta beldade de roupas escuras em meio aos escombros de Waterdeep, juntamente, contudo, de Altair, a quem dedico a próxima página.

Pelo sotaque já se percebe que vem de um lugar longíncuo, um lugar muito além do Shaar.
Sabe-se que Altair habita Waterdeep a pelo menos um ano, geralmente pela região das docas, um rapaz muito gentil, sempre ajuda os barcos que alí ancoram, pode ser visto frequentemente balançando e remendando os cordames dos navios, recebendo em troca de seus serviços nada mais que uma refeição quente e meia hora de prosa. porém não e visto bebendo com frequência.

É conhecido também como um dos zeladores e faz-tudo de um Orfanato chamado Filhos da Estrela do Amanhecer, inaugurado recentemente, também na região das docas, que já tem sua fama entre os bardos por fazer uma tarde especial para bardos aos penúltimos dias do decano (à qual eu mesmo já tive o prazer de ir e apresentar em fumaça o "Dragão de Fuligem e Dragão de Latão"), Iniciativa de Ezio Amin Adath, um reservado mercador Calinshita e patrono do Orfanato. dizem as más linguas que Ezio e Altair são a mesma pessoa, rumores que surgem visto que Ezio sempre ocupado com seus negócios não aparece no distrito das docas desde a inauguração do Orfanato. Porém já foi visto em algumas festas de gala na alta sociedade, local onde Altair nem mesmo teria contatos. As mesmas más linguas que inserem Altair em Ezio e vice versa, insinuam sobre sua relação com a nobreza. Alguns dizem que seria amante de Lilandra, alguns falam que seria, na verdade, um rico que não revela seu dinheiro. Muitos falam que conseguiu a grana através de extorção e chantagem, mas poucos conseguem dar coerência a qualquer uma dessas afirmações. Quer alguma delas seja verdade ou não, o jovem aventureiro é quase sempre retratado como alguém de bom coração.

Seja como for, acabei por reencontrar Altair nos escombros de Waterdeep, onde o Punho de Bane se havia erguido.