Velhas Dívidas - Gurag e More!!

Os ogros se olhavam e olhavam para a dupla sem entender a conversa, e o gigante diz:
- Eu perguntei "do que precisam?", não "o que querem que façamos?". Não temos força mágica pra encontrar a porcaria de um totem, bom ou mal. Se ele só afeta seus animais, deve usá-los pra encontrar o que procuram. Solte-os por suas terras, e quando começarem a enlouquecer, vai saber que está chegando perto.

A voz do gigante era tão alta que parecia "trovejar" conforme falava.

- Gurag... agora é com você, não servem pra mim.

*Chega perto do companheiro e diz baixo, apenas para o mesmo ouvir*

- Há algo em teu punho chamando atenção de minha gêmea. Algo que foi de forte presença na negociação de tua aposta. Nos encontramos em breve.

* chama Dragão passando a palma da mão sobre suas orelhas e parte com ele na direção que viu Nália saindo com a matilha, talvez a lobisomem soubesse de algo a mais*

Gurag olha para seu pulso procurando oque o drow comentara.
-Ao menos sabem de um culto ativo pelas redondezas? vocês conhecem bem a região para terem percebido movimentação estranha.

O gigante diz:
- O que é um culto?

O gigante diz algo aos ogros, um deles faz uma careta horrível, e desata a tagarelar.
Por fim, o gigante diz:
- Há bruxas nestas montanhas. Uma mais feia que a outra. Uma mais perigosa que a outra. Se isto é um culto, então tem vários por aqui. Muitos ogros trocam serviços com ela. Dinheiro... sexo... e não virar comida de demônios. É assim que é.

-Estou falando de não nativos dessas terras, eles ostentam um símbolo assim.

Gurag desenha um "Z" no chão, marca registranda dos zentarins.

O gigante se endireita e diz:
- Não, nada assim. Apenas algumas pessoas que se reúnem habitualmente algumas noites numa lua ao norte daqui, numa velha casa de mercado.


Não muito longe dali drow encontra a garota cercada de lobos, rindo e brincando com eles.
Ao vê-lo, eles tomam a frente da menina e começam a rosnar á sua aproximação.

* O drow avança junto com Dragão para perto dos lobos*

- Pequena, preciso de tua ajuda. E acho que você é a pessoa perfeita para me responder algumas coisas. Posso contar contigo?

A garota responde desconfiada:
- Do que precisa?

* o drow senta-se no chão, dobrando os joelhos.*

- Recebi a informação, talvez você saiba melhor sobre isso, sobre um totem que controla e altera o comportamento dos lobos da região, tornando-os espiões dos ogros da montanha. Precisamos encontrar esse local, e purificá-lo para que os nossos tenham mais liberdade nestas terras. Existe algum ponto onde eles começam a se comportar de maneira mais agressiva ou estranha ?

* ele toma cuidado para não ofender a menina de alguma forma, pois provavelmente o que os afeta, também talvez afete a ela.*

Ela olha séria para More e diz:
- Você sabe que eu sou uma pessoa e não um animal, não é?

- E é por isso que estou pedindo tua ajuda. Pois sendo humana pode me ajudar a compreender os instintos deles. Tanto você quanto eu, estamos próximos aos lobos, mas não somos animais, e ainda não entendemos todos seus mistérios e suas capacidades, mas talvez cada um de nós já tenha aprendido algo que juntos, possa servir para resolver isto.

* mantém o olhar e finaliza a pergunta*

- Pode nos ajudar ?

Gurag coça a barba profundamente pensando, seria uma boa verificar esse local depois. Estava tão preocupado com os grandes problemas que quase deixa escapar as coisas mais simples de se resolver.

-Vou querer fazer uma visita a este local depois, mas agora tenho uma missão que não vejo ninguém melhor que vocês para resolver, preciso de um menir! um monólito! uma pedra desse tamanho e desse formato.

Gurag desenha no chão uma pedra alongada do tamanho ideal para o tal marco que a clériga quer.

O gigante diz, num ar tenso:
- Sei onde tem um menir. Mas sozinho, não chego nele.

Ele diz algo em sua língua, e os ogros se encolhem, assustados.

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A garota diz, irritada:
- E o que te faz pensar que quero ser um animal? Pensar como um. Você é louco?

Os worgs riem, e Algoz senta ao seu lado.

-Vamos até ele e lá resolveremos.

Gurag torce para que seja apenas uma pedra comum naquele formato, mas pelo jeito que o gigante falou parece que seria algum já em uso.

*olhando Algoz chegar perto, e lembrando que ele demonstrou não gostar da garota, aquele worg não parece muito afeito a muitos, contudo era algo a prestar atenção. *

...

" ou essa garota é louca, ou meus medos são reais "

- Nália, você quer que eles - apontando os animais e após virando o olhar para a vila - ou aqueles sejam salvos ? É preciso que aqueles que tem o mínimo de empatia e carinho por eles, possa ajudar. Deixar worgs e lobos livres de quaisquer controles é vital para assegurar no mínimo equilíbrio de novo a essas terras.

* O drow estava cansado daquele jogo, estava dando um voto de confiança para que a garota pudesse ajudar, mas se a menina não tem nenhuma capacidade de controlar seus instintos, como viu na pilha de corpos na mata, talvez de fato não tenha nenhuma informação mais útil. *

Eu só preciso achar esse totem... e muito pode ser resolvido.

*olha para o worg, como num cumprimento seco*

Teu amigo anjo, conseguiu acalmar as coisas por lá?

O gigante diz:
- À noite? Não dá. É longe e logo escurece. Os orcs não vão gostar.

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A menina revira os olhos, e diz:
- Você não entende, né? Quem os controla é Garth. Não eu. Só não vou deixar um bando de cavalos com dentes andando por aí.

- Pequenina... Garth tem um poder, e talvez você tenha o teu, no momento apropriado. Mas o que estou pedindo APENAS são informações... esperava que você, de alguma maneira, pudesse me ajudar a encontrar este totem, se soubessemos onde ficam mais descontrolados ...


" uma criança... tomara que seja apenas uma criança com força de 20 homens..."

* Olha com doçura para a menina *

- Alguém tem que ajudar a achar este lugar... Disso depende a vida de Sybil... Annariel e tantos mais...

* o olhar transofrma-se em tristeza, e o tom de voz tb tomou um caminho diferente do habitual, o druida não descansa direito há dias, e não tem um mínimo de paz há semana ou mais, bem mais... Até o sorriso malicioso da meia drow seria até muito bem aceito naquele momento...*

O gigante diz:
- Podemos conseguir isso. De-nos 2 horas... E 1000 moedas de ouro.

A menina diz:
- Você vê to poder onde vejo apenas maldição. Eu não quero Isso. Esta é nossa diferença. Vou leva-los pra longe.

Nália, o que fará com aquilo que tem em ti, não é algo que eu possa ajudar, já que mal a conheço, mas não é disso que eu preciso, e também não estou requerendo que você vá comigo, eu assumo o fardo. Eu só perguntei pra ti, pois sem Garth aqui, você é a que mais passa tempo com eles, e quem poderia saber onde estão mais suscetíveis aos controles dos ogros... quem sabe ali o totem estaria. Enfim... Boa sorte sorte menina, só te deixo um conselho. As maldições que nos cercam, podem se transformar no poder que temos.

* Deixa a menina ir, se ela não resolver ajudar e após ela partir vira-se para a vila, pensando para onde seguir...Olha Algoz e pensa se ele teria esse conhecimento,*

- E você, traz alguma novidade ? Tem alguma noção de onde poderia estar aquilo? Uma área para vasculharmos.

Ela olha irritada pro drow e diz:
- Pra eu saber, tenho que mudar. E eu não mudo fora da lua cheia. Então não te sirvo de nada. Sou só humana, e é só o que pretendo ser.

Ela sai resmungando, e Algoz começa a rir.

-Irei com vocês, assim terminamos mais rápido oque tem que ser feito e conheço um pouco mais de vocês, aqui esta parte do dinheiro, o resto tenho que pegar com os outros, mil peças de ouro é muito para se carregar na mochila, ao menos para mim.

Gurag, pega uma sacola de moedas de dentro da mochila, abre o saco olhando as moedas e tentando reconhece-las, depois de uns dois piscar de olhos ele enfia a mão, retira 8 peças de ouro e entrega ao gigante.

-Aqui tem quatrocentas peças de ouro contadas, as seiscentas restantes eu entrego quando a pedra estiver de pé em sua base. Barduk deve ter esse montante.