Solo - Aiolos!!

As asas pareciam intactas, completamente livres de dor e ferimentos. Não sabia explicar.
Ao descer, a "delicadeza" de um homem de quase 2m de altura com asas faz o visitante deter os passos por um instante, depois dar de ombros, guardando o cantil (aparentemente vazio).

Ao se aproximarem, ele diz com voz sarcástica:
- É difícil segui-los pelas montanhas. Pensei que ficariam mais perto das cidades.

Misty estava séria.
Tarenus diz, em seu habitual jeitão despojado:
- Como se fosse problema pra um perdigueiro feito você. O que tem pra nós?

- Primeiro me digam quem é o emplumado?

Tarenus olha pra você, e sinaliza que se apresentasse.

Em tom de voz firme e sério digo: - Sou Aiolos, paladino de Torm!

Em seguida dou um passo à frente e estendo a mão para cumprimenta-lo.

O homem olha as próprias mãos e braços feridos e ensanguentados, dizendo:
- Sou Giles!! Considere-se cumprimentado.

Ele olha para Tarenus e diz:
- Parei outro bando marchando ao sul. Pareciam ter pressa, e levavam uma mensagem a alguém na cidade, disfarçada como uma carta de comércio. Mandei alguém ao templo de minha Senhora para avisar da ameaça. Há alguém patrocinando a infiltração de chamas-rubras na cidade. Talvez, usando as fazendas mais próximas como esconderijo.

Tarenus fica sério por um instante, e então, com olhar sério, diz:
- Encontrou seus amigos?

Na mesma hora, o homem cospe no chão, dizendo:
- Pra sorte deles, minhas espadas ainda não os encontraram. Mas soube que fizeram a mesma merda de novo. Pensam ter "salvo" uma vila, e depois d epegar o que queriam, foram embora, deixando um vão dimensional usado por piratas astrais pra saquear a região. Por sorte, um deles ficou pra trás, atarefado. O monge protegeu alguns aldeões, e um pistoleiro chamado Edwin protegeu a cidade, antes de seguir viagem com seu bando para os Vales.

Tarenus fica pesaroso, e diz, de olhos fechados e pensativo:
- Então, eles continuam achando estar no caminho certo. Pois se continuarem assim, cedo ou tarde vamos ter que pará-los.

- Não esquenta a mufa com isso. Deixei Davis com um deles. Se fizerem merda de novo, ele mesmo vai pará-los. Ninguém melhor que um amigo abandonado na pior hora pra julgar os atos destes autoproclamados "heróis".

Ele se vira retornando à trilha.

Tarenus: E a carta?
Giles: Mandei ao templo com alguém de confiança pra ser investigada. Agora devo voltar. Os chamas-rubras ainda pensam que eu estou caçando vocês, lembram?

Um silêncio tenso fica no ar, enquanto o homem se afasta, até sumir de vista.

Misty, enfim, quebra o silêncio:
- Eles precisam de ajuda. Precisam de orientação. Antes que consigam reunir um grupo de mercenários para tentar capturá-los. Já não bastava deixar um vampiro no comando de Gauntlgrym. Agora deixar Gyths saquearem uma cidade?

Tarenus diz:
- Ou são burros demais pra perceber sua própria incompetência como grupo, ou são naturalmente perversos, e conseguiram enganar a todos.

Misty sussurra, quase num desabafo:
- Não Barduk!!

Tarenus diz, sério:
- Ao contrário, se alguém ali pensa no coletivo é Morë. Mas não está acostumado a ser levado a sério, pária por natureza. E por ser drow, os outros também não o levam a sério. E sim, Barduk é um fanfarrão. Mas é o mais esclarecido ali. Consciente de seus erros do passado, ele quer se redimir. Mas Óin é sua cosnciência, já que ele mesmo não se recorda de muita coisa. Mas o velho Amarkill se culpa demais, e só conta o que precisa, quando acontece alguma coisa. Ele também busca sua própria redenção.

Misty diz, com uma voz vazia:
- E Gurag só quer encontrar o que todo aventureiro inexperiente quer. O covil de um velho dragão. Mas se magos de guerra se rebelaram na caçada, e até agora não encontraram nada, não será ele, um cão solitário, a conseguir. Não confio nele. Não por ele, mas por seu desapego. É uma pessoa vazia e sem propósito. Ele quer encontrar algo grande, mas não faz a menor idéia do que fará quando encontrar.

Tarenus diz:
- Ele é filho de um xamã. No que me consta, pode estar sendo usado desde o início, e nem sequer perceber. Não seria a primeira vez que isto acontece. E sim, Aiolos, você está certo. Eles não têm propósito ou causa alguma. Por isto seguem seus próprios interesses, usando uns aos outros para conseguir o que querem. São crianças, sem maturidade ou experiência de vida.

Tarrenus diz:
- Acho uma idéia formidável, se conseguir que aqueles desajuizados se concentrem em algo por mais que algumas horas.

Misty concorda, e diz:
- Entenda que os Chamas-rubras são uma linhagem antiga, e que estes xamãs são apenas ALGUNS deles. Você não estará enfrentando seu berço, o que acarretaria uma guerra de séculos entre goblinóides e vários clãs anões da Vastidão. Você estará enfrentando o braço que se estendeu até Cormyr.

Misty diz:
- Para entrar na caverna sem ser jogados no limbo pelas armadilhas precisarão das flâmulas (ela mostra o saco trazido por Giles). O bastão apenas ativa o portal. E mais o que o ogro mago tiver colocado nele. O ideal seria destrui-lo. Mas no fim, ele pode acabar sendo útil.

- Certo. As flâmulas precisam estar junto ao corpo para não ter problemas é isso?

Aiolos se aproxima da bolsa e verifica como Misty havia dito.

Tarenus diz:
- Há quem as use de bandanas ou faixas decorativas, ou ainda para bandeiras em suas unidades. Cada grupo tem normalmente um comandante com ela...

Assim q abre a bolsa, como Tarenus, fica impressionado ao ver várias delas ali.

Tarenus diz:
- Aí é com você, irmão. Nossa causa aqui é outra.

Aiolos acena positivamente para Tarenus e depois diz: - Posso levar algumas flâmulas para o grupo e para convencê-los a tomarem o caminho correto e retomarem o caminho de heróis.

Misty diz:
- Foi pra isso que as pegamos. Como Tarenus disse bem, nossa causa aqui é outra, e não enfrentar seus inimigos. Vocês devem lutar, enquanto Nós protegemos sua retaguarda, e as pessoas que não podem se guardar de tantas guerras.

Tarenus diz, sério:
- E se falhar, Aiolos? Acha que está pronto pra fazer o que deve ser feito?

Tarenus fica sombrio, e pergunta diretamente:
- Se tudo mais falhar, acha que está pronto pra pará-los?

Desta vez, Misty tb fica séria.

Aiolos fica sério e responde: - Tarenus! Caso a conduta deles mude e eu perceba que estão rumando para o mal, ao invés do bem. Certamente virei buscar ajuda para detê-los, pois não serei capaz de enfrenta-los sozinho.

Ainda sombrio, Tarenus diz:
- Não perca seu tempo vindo atrás de nós. Não vai nos achar com a mesma facilidade, ou mesmo tempo. Se precisar, VOCÊ vai ter que pará-los. Este é o seu dever sagrado. Eles estão espalhando o caos em sua passagem, e deixando inimigos poderosos demais. O vampiro parece estar vivendo entre os gigantes. Não é uma ameaça imediata. Mas sim, ele ainda serve ao xamã. Então devem ser distanciados a qualquer custo.

Misty diz:
- Você só tem 12 flâmulas, mas o grupo é muito maior. Vai ter que escolher a quem confiar a tarefa.

Misty fecha os olhos, e diz:
- Eles estão no mesmo lugar onde os deixou. Mas Harsk está fora de controle. Algo aconteceu depois que você saiu, e a maldição dele o enlouqueceu. Mas...

Ela abre os olhos, assustada, e diz:
- ... tem outro. DOIS lobisomens.

- Não chegarei em tempo para ajuda-los, mesmo que eu voe com toda minha velocidade...

Aiolos corre para dentro da caverna e pega seus pertences. Guarda as flamulas e volta para junto da dupla.

Tarenus diz:
- Boa sorte, irmão. Sabe que terá uma tarefa difícil pela frente. E lembre-se que se tudo mais falhar, sempre pode buscar sua origem, pra bem ou pra mal. hahaha!!

O paladino o cumprimenta com um forte aperto de mão.

- Obrigado irmão! Farei o melhor para não falhar nesta causa.

Assim q ele aperta minha mão para cumprimentar, lhe puxo e dou um forte abraço. Depois vou até Misty e devagar me aproximo de seu rosto e dou um beijo suave em sua bochecha.

- Obrigado por tudo. Até dias melhores!!!

Em seguida, alço voo para direção do grupo.