Espírito do Norte - Maera!!

Longas foram as viagens desde o início da Dajemma. A começar pelos primeiros contatos, bastante supersticiosos, fora das terras de seu povo. Eram tempos árduos, e a animosidade sempre imperava nas fronteiras entre Rashemi e Thay. Imperava a desvonfiança de que qualquer um poderia ser um agente dos maliciosos Magos-Vermelhos ou, pior ainda, um espião de Simbul. Então poucos confiavam em viajantes solitários.

Suas primeiras andanças a colocaram em contato com uma grande caravana mercante, onde o espírito aventureiro e mercenário estava em todos os rostos, dos jovens novatos aos veteranos de lutas infindáveis. Ali, Maera começou a ouvir as primeiras histórias que a levaram ao seu primeiro destino certo, depois de dezenas inteiras vagando entre vilas e pequenas cidades espalhadas por todas as Terras Orientais.

Enfim, a cidade incomum de Calaunt. Por muitos apelidada de "Ferida do Norte". Seus lordes eram ricos comerciantes e perigosos mercenários, cuja influência e negócios escusos rompia o limiar dos mares.
Nesta vil cidade, Maera conheceu a traição e a mentira. Sob o pretexto de encontrar "bons mentores para sua jornada", acabou aprisionada e levada a um perigoso (porém vultoso) mercado de escravos. Sua máscara foi preservada, pois seus captores a conheciam, bem como a origem de suas vestes. Era um produto incomum, e certamente seria vendida a um bom preço.

Passou dezenas difíceis, mas a ajuda veio de forma incomum. Ali, ouviu muito mais histórias do que antes. De numerosos exércitos marchando no Norte, cruzando as montanhas, para lutar contra uma antiga força goblinóide, antes tida como extinta ou, no mínimo, contida pelos anões daquelas terras. Goblinóides militares e organizados. Algo que por si só arrancaria gargalhadas de qualquer um. Este povo era tido como hostil, mas caótico e bruto. Eram governados à força por seres mais poderosos e fortes.

Sua prisão não durou muito. Há quem diga que tudo tem um propósito na vida, da maior alegria ao pior infortúnio.
Um homem do vestes incomuns, que depois você descobriria ser dos povos do deserto, entrou no pequeno forte que lhe servia de prisão, e a mais tantos. Sua habilidade com 2 cimitarras era arrombrosa. E ele disse estar atrás de "jóias mercenárias", pessoas dispostas a lutar contra os cruéis tiramos da cidade e enfraquecer as forças mercenárias da região, afastando a guerra da cidade.

Você, como alguns poucos, aceitaram juntas-se a ele.

Depois de dias de caminhada rumo ao norte, foi antes das primeiras montanhas que os encontraram. Primeiro, pequenas turbas goblinóides, facilmente derrotadas.
Depois, um contingente 3 vezes maior do que o esperado. Eram organizados. E as forças mercenárias às quais pertencia, apesar de numerosas, não tiveram chance.

Rendidos e capturados, esperavam o pior, quando da mata vieram seus mestres. Hobgoblins, velhos e experientes, com vestes e postura militar impressionante.
Alguns falavam em mata-los. Outros, do leva-los como escravos.
Mas um deles olhou fundo em seus olhos, através da máscara. E fez um gesto do qual você jamais esqueceria. Um gesto típico de exércitos humanos altamente ordenados: "ameaça mágica".
Então, você foi separada dos demais, e levada a uma caverna em cuja entrada logo reconheceu a presença de marcas espirituais grandiosas.
Quem vivia ali era um orc. Um poderoso xamã.

Ele a encarou fundo, com olhos repletos de maldade. E na mesma hora mandou que a levassem ao cume da primeira montanha, onde outros esperavam por um sinal divino.
Você era este sinal.

Ali, presa a um menir, uma poderosa invocação teve início, e um imenso postal se abriu. Dele, um homem grande, e todo vermelho, feito de sangue.
Ele olhou para todos ali, mas para ninguém boooo você, e disse algo numa língua negra desconhecida pra você.

O postal se abriu ainda mais, e exércitos de goblinóides militares começaram a cruza-lo.

Quando os últimos estavam partindo pela fenda, o xamã a puxou pelas cordas que pareciam prender seu espírito. Seu corpo simplesmente se recusava a obedece-la.

Levada como um animal, assim que cruzam a fenda você se vê numa alta colina, cercada por ogros.
Muitas das forças já se espalhavam pelas terras abaixo, começando uma marcha conquistadora. Podia ver do alto pequenas vilas sendo massacradas, e o número de escravos aumentar a cada dia.

Você acordou numa noite fria, com alguém cortando suas cordas. Na mesma hora, sentiu toda a magia voltar ao corpo.

O anão que a libertou, diz num tom quase brincalhão:
- O dragão estava certo. Mas não temos tempo. Tenho que te tirar daqui antes que aquele orc inundo volte.

Equipado com uma besta pesada, o anão, já velho, não tinha outra arma. Ele a levou por um túnel estreito, em alguns trechos você teve de engatinhar.
Mas do outro lado, ogros os esperavam. Um deles, muito maior que os outros e todo azul, vestia uma armadura oriental.

Ele a chamou de "presente dos orcs", e que você era dele.

O anão se dobrou no que parecia uma reverência debochada, e diz:
- Volte e vire à sua direita. Vai estar perto da cidade. Avise ao general que a chama está vulnerável. E que se ele quiser apaga-la, esta é a hora.

Sem qualquer aviso, ele te da uma bundada, derrubando-a no buraco e começando a atirar no ogro azul, que de um salto começa a umas, ao mesmo tempo que os outros correm pra cima dele, derrubando a entrada do buraco e prendendo-a num túnel escuro e estreito.

Assustada com a queda, demora um tempo pra colocar os instintos para funcionar, seu primeiro ato é verificar se nada esta quebrado, segundo se encostar na parede do tunel, ficando em uma posição de defesa, tateando no escuro, toca sua pulseira a procura de sua adaga, pois o local é estreito demais para suas outras armas.

Respirando fundo acalma o coração disparado, e tenta acostumar os olhos ao escuro.

Um sorriso escapa de seus lábios secos ao lembrar de um ditado de sua avó: -Quando recebemos um milagre, não nos cabe questionar o Deus...

Tentando fazer o máximo de silêncio possível, começa a cavar por onde caiu.

Estava tudo errado, mais não podia deixar seu suposto salvador a mercê daqueles desgraçados.

Em breve algu´m iria cuspir os dentes...

Enquanto tateava no escuro, encontra algo metálico próximo à entrada soterrada.
Podia ouvir do outro lado o som de luta, e gritos de brados anões.
Mas quando começava a cavar o caminho de volta, as pedras ficam incrivelmente quentes, machucando seus dedos. Torna-se difícil cavar, como se um intenso calor tivesse endurecido as pedras de fora.
Maera ouve, como se estivessem longe da entrada, um berro furioso:
- TENHAM ME PEGAR, SEUS TRASTES. VOU MOSTRAR QUE NINGUÉM DERRUBA UM AMARKILLLLL!

O som se distanciava, como se o anão levasse a luta para longe dali.
As pedras continuavam quentes ao toque.

Xingando, retira as mãos das pedras quentes, por esse caminho não iria sair, então era hora de abrir o seu próprio.
Usando uma pedra solta, a encanta com a magia Luz, e examina o objeto metálico que encontrou.

Em um breve sussurro deseja sorte ao seu salvador e segue pelo túnel.
Ela tinha que sair daquela toca de rato, e descobrir o que aconteceu. Sem sombra de dúvida algo muito ruim, agora só restava descobrir o quanto.

Vc ve um bastao de ferro com alguns dizeres em deteck:
'Sou um Trapo em redenção. Entregue isto a outro Trapo e ele irá ajudar.'

Prendendo o bastão no cinto, sigo em frente, seja lá o que for isso, eu descubro depois.

Guiada pela fraca luz da pedra em meio à poeira do desmoronamento recente, Maera refaz o caminho, agora sem guia, ralando ombros e, por vezes, cabeça em desníveis com os quais não estava acostumada. Sentia-se um texugo movendo-se sob a floresta.
Por fim, e muito sutilmente, percebe uma divisão de caminhos. Se não soubesse o que buscar, pensaria ser a sombra de uma pedra projetada na parede. Mas era na verdade uma dobra. Uma estreita passagem que levava a uma continuação do túnel, igualmente baixo e estreito.

Desejando ardentemente ser menor e com patas, ela segue até a dobra, e entra no estreito túnel.
Sua mente está em turbilhão, quem era aquele anão, quem era aquele xamã, porque ele a prendeu?
O mundo virou de cabeça pra baixo, e ninguém avisou.

Dobrando o túnel e andando mais algum tempo, a caminhada fica mais amena, e o tunel, mais alto, até desenbocar numa gruta, a céu aberto.

Maera se estica como um gato, assim que se vê em um espaço maior, com cuidado olha a sua volta procurando um caminho ou uma saída.
Está cansada e com sede, ela vai tentar achar água e um local onde possa descansar um pouco.

Você ouve vozes vindas de fora. Percebe ainda que alguém passara por ali a bem pouco tempo.
Do lado de fora, via a luz do entardecer. E uma cantosia incomum tem início, junto do som de ferramentas, marretas e picaretas.

Maera fica tensa ao ouvir esses sons, suas últimas experiências lhe ensinou a cautela, guardando a adaga e o bastão na mochila, vai até a borda da gruta e procura um local pra escalar.
Ela não quer passar a noite naquele local, mais também não deseja ser feita prisioneira novamente, isso já estava lhe dando nos nervos.



Nota* Qual a atura pra saída? Tem algo que possa ajudar na escalada? Os rastos acabam onde?

A gruta tem pouco mais de 2o em sua entrada.
Os rastros entram e saem dali, como se fosse uma passagem muito freqüentada.

Não demora a ouvir sons estranhos vindo do fundo da gruta... Por onde você tinha acabado de passar.
Do lado de fora, dois anões conversavam sobre "algum ter escapado na cola daquele elfo metido".
Este "algo" lhe causa arrepios.
O entardecer já era ido. O sol deitava no horizonte.

Vendo que a noite não demorava a cair, se arrisca , tirando sua máscara e a guardando, solta sua longa trança, fazendo ficar com a aparência mais inofensiva possível,

Diz: -Socorro, me ajudem!

Maera está com a magia toque chocante preparada, ela está sentada de lado, com o rosto sujo de terra e uma carinha de gato de botas.

De uma íngreme encosta, 3 anões surgem a passos largos, um deles com um velho aspersório na mão. Vinham apressados, este diz, do tom urgente:
- Você está bem? Pra onde foi a coisa? Ele a tocou?

De forma descuidada e sem aviso, ele espirra um pouco de água no seu rosto. E só depois de um instante é que diz:
- Desculpe por isto. Estamos a dias caçando mortos-vivos por estar bandas. Melhor vir conosco. Já uai anoitecer, e as coisas vão ficar feias por aqui.

De uma íngreme encosta, 3 anões surgem a passos largos, um deles com um velho aspersório na mão. Vinham apressados, este diz, do tom urgente:
- Você está bem? Pra onde foi a coisa? Ele a tocou?

De forma descuidada e sem aviso, ele espirra um pouco de água no seu rosto. E só depois de um instante é que diz:
- Desculpe por isto. Estamos a dias caçando mortos-vivos por estar bandas. Melhor vir conosco. Já uai anoitecer, e as coisas vão ficar feias por aqui.

Limpando a água de seu rosto, dá um sorriso timido e fala:

-Não vi nenhum morto vivo, só um anão que me salvou, me livrou das amarras e me empurrou pra esse túnel, ele estava lutando com um ser enorme.
ele gritou algo e levou a luta pra longe, tentei voltar pra ajudar, mais os escombros que caíram não deixaram.

Maera fica de pé, ajeita as roupas, leva a mão a testa e faz um comprimento respeitoso:

-Me chamo Maera, obrigada por me ajudar Sai-Anão.


Nota* Sai Em Rashemi é o equivalente a nobre senhor, ou honorável.

Confuso com a expressão, o anão recua um passo sem entender.
Depois, diz:
- Melhor eu leva-la ao general. Não sei de anões por aqui. Isto é além de nós não deveria ter mais ninguém.

Num gesto de escolta, com um misto de curiosidade, os anões andam ao seu lado, guianen-a trilha a baixo, onde podia ter um forte emergir na encosta.

Eis que um berro medonho tem da trilha de baixo, de fazer tremer os joelhos.

Em um reflexo automático ela leva a não a pulseira, tocando a miniatura do grande machado que ali repousa.
Atenta a reação dos anões, com a outra mão trata de tocar suas tatuagens do ombro, o mal caminhava ali, e só os espíritos e Kelliara poderiam lhe ajudar.

-Não querendo ser indelicada, mais o que é isso gritou?

Os anões se olham receosos, e o líder diz:
- Senhora, caso nunca tenha visto um battlerager, considere-se uma felizarda. Este acordou de péssimo humor. Melhor correr pro forte. Ele é encrenca.

Os outros dois apertam o passo, cheios de receio.

Ela não fazia a mais vaga idéia do que era aquilo, mais não ia ficar ali pra descobrir, o grito lhe lembrou um misto de urso e gato-do-mato de mal humor.

-Sai Anão, pode me dizer onde estou?

Seus passos apesar de rápidos começam a ficar vacilantes, pois ficou presa por muito tempo e a privação de água e comida, começavam a se fazer notar.

O anao estica um cantil e diz:
- Gauntlgrym. A cidade do Punho. Chegou em tempos sombrios. Acabamos de expulsar um exército de drows daqui...

De repente, um cheiro horrível invade seu nariz, embrulhando  o estômago.
Os anões se olham assustados, e apertam o passo rumo a um local escondido, contornando a fortaleza, que parecia mais um chamariz.

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