Uma Lenda - Barduk

Barduk ouve uma voz séria dizer às suas costas:
- Eu não pediria que, nestas terras, árvores fossem derrubadas para fins de guerra. Mas é só o MEU ponto de vista.

Sem que percebesse, uma segunda mulher havia entrado na cabana junto à garota, que tinha o poder de transformar seus joelhos em geléia.
Vestia um corselete finamente trabalhado, com tranças de couro em toda sua extensão. Na cintura, uma espada curta cujo cabo parecia vibrar na bainha, e altas botas de cavalgada.
Mas o mais marcante em sua presença eram os longos cabelos presos numa trança mesclando seus cabelos com uma fita vermelha e outra de couro, estendendo-se até bem abaixo da cintura.
Sua aparência era simplesmente divina, mas diferente da da garota, cuja aura parecia tranquilizar as pessoas à sua volta.
Esta mulher emanava uma aura de poder que Barduk quase podia tocar coma s mãos. E sua presença era tão imponente que parecia empurrá-lo para traz.
Ela dá dois passos parando ao lado da garota, obscurecendo por completo sua aura tranquila. A diferença entre elas era enorme.

A nova mulher diz, num tom urgente, olhando os aldeões:
- Que bom que me chamou a tempo, minha querida. A situação aqui, pelo que vejo, é a pior possível.

O olhar passeia por todos, alguns sorrindo por reconhecê-la, outros temerosos por NÃO saber de quem se trata. Ou saber, e mesmo assim temer.
Então o olhar astuto converge com o seu, fazendo-o sentir-se ínfimo.
Ela diz, e seus joelhos quase desabam:
- Então, você deve ser o tal Barduk, de quem tantos estão falando por aí.

''a tá. Uma bate e a outra assopra?''
*Barduk estava receoso e tomara um susto ao perceber a nova garota às suas costas. O anão acompanha a movimentação apenas com os olhos mantendo sua mão firme no cabo do machado que a esta altura estava com a cabeça apoiada no chão servindo de apoio para Barduk, cuja às pernas teimavam em querer dobrar-se*

-espero que estejam falando bem, já são tantos os fardos que carregamos que esperamos apenas que o nome seja lembrado pelas coisas boas que fazemos. Sim sou Barduk Amarkill, o Clérigo de Moradin. Perdoe a ignorância deste anão, mas vimos uma horda de orcs rodeando este lugar, não tínhamos como correr e assegurar que os aldeões ficassem em segurança. Temos que agir logo antes que estes miseráveis avancem. Eu sacrificaria algumas árvores e até minha vida se fosse necessário, mas manteria a salvo quantos aldeões Moradin me permitir.

-a propósito não sei o nome de vocês duas, apesar de ser grato a uma de vocês.

A mulher faz um carinho na cabeça de Barduk, quase maternal, mas que ao mesmo tempo arrepia-o por inteiro.
Em seguida, ela diz:
- Pedir a um elfo para derrubar uma árvore, seja qual for seu propósito, é o mesmo que pedir a um anão que inunde uma mina, inutilizando-a. Eu não espero que entenda, Barduk. Mas vocês não estão mais sozinhos. Eu e os meus estamos por aqui agora. Mas concordo com você. Esta luta não é para aldeões. Portanto, enquanto Misty e alguns dos meus elfos cuidarão da retirada desta gente, antes que o inimigo nos abrace, preciso que vá para casa, Barduk, e reúna os Seus. Seu grupo está disperdo, e precisa de orientação. E eu estou aqui para cuidar de vocês, antes que se matem, ou se tornem arautos da guerra por descuido.

A garota, cujo nome agora Barduk conhecia, tinha o olhar sério. E toda a beleza que antes irradiava dava lugar para uma força enorme. Barduk simplesmente não entendia como podia ser a mesma pessoa.
A mulher, percebendo sua hesitação, diz, ainda mais séria:
- Vá pra Casa, Barduk. Reúna seus amigos. E se eles insistirem em desobedecê-lo, diga a eles que Storm ordenou que se reunissem para trocar palavras. Vocês pediram ajuda. Pois a ajuda chegou. Agora aceitem-na. Ou vão embora destas terras.

A severidade das palavras faz Barduk tremer, e a mão escorregar do machado, indo de fundilhos no chão.

Aquele nome ecoava em sua mente.
Storm... Storm... Elfos... Agentes...

De repente, com um estalo, Barduk se lembra dos contos, e das lendas.
Não era uma mulher qualquer que estava à sua frente.
Não era simplesmente uma viajante prepotente, como alguns a chamavam.
Era a própria FILHA DE MYSTRA quem os convocava.

''haaaaaaaa a filha de uma deusa a 4 dias nas minhas fuças e eu não me dei conta. Será que ela sabe dos pensamentos que tive a seu respeito, Tenho que parar de pensar nisso, mas ela é tão, tão. Pare de pensar nela Barduk, linda, e o jeito dela é...Raios não pense, não pense''

*O anão estatela-se no chão ao perceber que estava na presença da filha de uma deusa e de outra garota, ambas com poderes incríveis e que o assustavam. Barduk tenta se levantar o mais rápido que podia praguejando na língua anã, insultos a ele próprio*
-raios deve ser a falta de cerveja só pode. Não sei como reuni-los e muito menos fazê-los entender o que se passa. Enquanto um se preocupa com suas noitadas, outros enchem a cara. Eu já fui como eles, mas Moradin assoprou minha alma pra dentro desse corpo por mais de uma vez e só então entendi que não era minha hora e que há um propósito para estar aqui. Mas eles? Abandonam seus pares para a morte na primeira chance que tiverem de correr e se esconder. Mas se essa é a chance que temos, pelos deuses que assim seja.

*o anão fica quieto por um instante enquanto dava meia volta para seguir para sua casa, parando então na porta e olhando para trás*
-elfos você disse? seus elfos? Afinal quem é você?

''não bastasse estarmos cercados por orcs ainda vou ter que lutar ao lado de elfos? céus eu joguei bosta numa pedra sagrada, o que mais pode ser?''

-com todo respeito a senhorita ''deliciosa, não pense nisso idiota'' Misty e a você é claro

''que poderes essas duas tem''

*Barduk estava realmente excitado com a beleza e o poder que as duas garotas emanavam, deixando seu membro viril colado nas calças o que rapidamente faz suas bochechas corarem e esquentarem*
''não bastasse ta de pau duro ainda fico envergonhado na frente delas. Me sinto um anão virgem''

Amanhã respondo com calma. Por hora...
HAHAHHAHAHAHAHAHAHAH
ME MIJANDO DE RIR!!!!

Assim que Barduk sai da casa onde estava, vê a vila seguindo com a vida, inalterada.
Mas podia ver no alto de algumas casa, e entre elas, alguns poucos elfos, arcos nas costas (os dos telhados, flechas em mãos, prontos para o tiro), vigiando os aldeões.

Uma força de reforço inesperado. Mas a urgência o acometia.
Sentia um aperto no peito. Havia um estranho cheiro de ameaça no ar.

<off> Achei que fosse ter algo mais no post <off>

*sem respostas o anão corre em direção a sua casa tentando encontrar seus companheiros pelo caminho, observando os elfos e praguejando ainda mais. Durante o trajeto tenta encontrar uma forma de fazer com que seus companheiros se entendam e sigam apenas um chamado e uma bandeira*

Em sua corrida, Barduk vê apenas poucos elfos pela vila.
Mas assim que se afasta em direção á casa, não mais os via.
Mas sabia de suas capacidades, e que certamente ELES o viam.

Tentava buscar mentalmente o nome: Storm...
Ela se apresentou por alto, pedindo que reunisse seus amigos na casa. E que falasse em seu nome.
Será que eles também a conheciam?

Podia ver a garota andando pela vila, olhando em todas as direções, como se seus olhos mágicos procurassem algo. Uma fina aura prateada a rodeava.

Já ao longe, bufando pela corrida, podia ver seus amigos na porta da casa, mas havia algo errado.
A tensão pairava no ar, na forma de um silêncio sobrenatural. E de longe, vê alguém se aproximando deles a cavalo.
Ao longe, seus olhos tentavam se acostumar à distância, e identificar o intruso, que ao mesmo tempo que era esperado, fazia com que os seus sacassem suas armas.

Era Janus quem se aproximava.

*ao ver a figura de Janus o coração do clérigo se aperta num misto de dor e raiva por tamanha burrice cometida em Gantlgrym ao não abençoar primeiro o corpo. Vendo a figura sinistra se aproximando e o grupo já armado para atacá-lo, Barduk segue lentamente atrás dele, aproveitando o fato de não estar vestido com sua habitual armadura para caminhar silenciosamente atrás do cavalo, a uma distância segura. O que quer Janus havia se transformado, não é nada bom, seu espírito não estava em paz e a forma brutal como foi morto certamente o segurou por mais tempo neste plano*
''o que será que ele quer aqui?''

Não havia voz. Não havia conversa em meio à tensão.
Mas sabia que estava longe de acabar.
O que quer que viajasse no corpo de Janus, não seria um paladino a deixar escapar.
Mas será que Tarenus estava à altura do que estava pra enfrentar?

*o anão sabia das capacidades dos seus companheiros e também de suas limitações. Tarenus havia escapado por pouco da morte e sua saúde não estava nos seus melhores dias. Vendo o embate que se aproximava Barduk ladeia o cavaleiro a uma distância de 3 metros e então procura saber quem estava ali a sua frente usando sua melhor voz gutural e trovejante*

-QUEM OUSA INVADIR ESTAS TERRAS SEM A PERMISSÃO DO CLÉRIGO DE MORADIN?

*a esta altura seu machado já estava em sua mão direita enquanto seu símbolo sagrado era segurado pela esquerda*

-O QUE QUER AQUI?