Monstros!!

- TIRA ISSO DAQUI!!!

Todos são acordados pelo berro furioso de Harsk.
Cada um estava exatamente onde havia dormido. Na entrada da caverna podiam ver Tarenus, o porte destoava acima da cortina, e estava sério tentando mediar alguma situação.

Um empurrão pode ser ouvido, e Harsk dá outro berro furioso quando a cortina é posta de lado, e Garth entra na caverna, carregando alguém enrolado em sua túnica. "Alguém" pequeno.

O ranger, com um olhar determinado, se aproxima do resto da fogueira e se abaixa ao lado da brasa, ainda quente, colocando quem ele trazia no chão, corpo e rosto cobertos.

Harsk volta a se irritar, vindo atrás de Garth e berrando:
- Eu já falei pra TIRAR ISSO DAQUI! ELA É UM RISCO TREMENDO PRA NÓS...

Pela primeira vez desde que o conheceram, vocês vêem Garth lançar um olhar furioso para Harsk, que se encolhe e recua alguns passos, assustado.
Em seguida, o anão recupera a compostura, e volta a falar,aalterado:
- Eu sabia que tinha algo errado... EU SABIA... VOCÊ É UM DELES!!!!

Me levanto rápido e assustado, ao ouvir as palavras de Harsk, o susto vira duvida!
- Fique calmo Giuseppe!

Olhando para Harsk e Garth
O que esta acontecendo aqui se expliquem, e o que eh esse embrulho?

Fico um tanto quanto preocupado e preparado para agir!

Harsk continuava alterado, berrando o tempo inteiro sobre "demônios sanguinários", enquanto Garth, sem responder, e parecendo se acalmar, pega o primeiro cantil que encontra e dá de beber a uma criança que trazia protegida pela túnica.
A sede e o estado da menina eram tão lastimáveis que parecia não ver boa comida a dias. Parecia ter por volta dos 9 anos, e sua expressão era exausta. Mas olhos atentos revelavam sangue em suas vestes, ou o que restava delas.

Breth já estava em pé, e não parecia tão exaltado quanto os outros, parando ao lado de Tarenus e pondo-se a par da situação.

Óin se enrosca todo no saco de dormir, e finalmente, no meio do susto, se põe em pé com dificuldade, desvencilhando-se do fardo, o machado já na mão.

Ao ver uma criança junto de Garth me aproximo com cuidado e pergunto: - Companheiro como encontrou essa menina nessas montanhas debaixo de tanta chuva e como iremos protege-la. Nossa caminho é difícil e cheio de incertezas.

Sem esperar Garth responder, vou até o panelão e verifico se havia sobrado algo, então coloco numa cuia e sirvo para a menina. - Ela parece faminta. Dê isso para ela e nos responda essas acusações que Harsk esta dizendo. Explique-se!

Vendo que era uma criança, me acalmo e vou ate onde tínhamos comido, pegando-a e levando ate a menina!
- Se alimente criança, sinao não ira agüentar o frio que esta fazendo!
Além disso, busco um cobertor para ela também!

Mais a calma não deixa o monge baixar a guarda!

Vendo a carne, Garth dá um tapa, jogando-a longe, e dizendo:
- Tira isso daqui. Deu trabalho acalmá-la. E não esquente com ela, Giu. Ela õe qualquer um aqui no chão, pode ter certeza.

O tom de Garth era estranho.

Giuseppe se assusta com a reação de Garth e com seu tom de voz. Giuseppe aumenta seu tom de voz dizendo: - O quer dizer com isso? Como uma criança desarmada pode derrubar qualquer um aqui. Explique logo essa situação, pois estou começando a ver que Harsk tem razão e que ela pode ser uma ameaça para o grupo.

Giuseppe vai até o varal derrubado pega sua armadura e começa a se vestir novamente, depois coloca sua roupa e o manto que pegou do tatuado para se proteger do frio. Recolhe sua corda, cantil, bandana e as setas. Arruma suas armas e fica com a besta armada e nas mãos. Giuseppe estava tenso com aquela situação e preferia se distanciar para não ter surpresas.

A menina funga o ar, buscando a carne com o olhar. Sua expressão se altera, mas um olhar de Garth basta para acalmá-la e trazê-la de volta á serenidade.

Bizarramente, Harsk se aproxima, agora enrolado em seu cobertor, primeiro resmungando na língua anã e praguejando (nada que fizesse sentido), depois, quando ele ia dizer algo, Garth o interrompe, dizendo:
- Eu A encontrei!!

O que quer que significasse, Harsk perde a cor, recuando até bater na parede e cair sentado.

Garth murmurava palavras suaves, acalmando a menina, que não demora a cair no sono.

Breth agita o machado no ar, deixando um rastro de frio e pequenos cristais gelados, e sai da caverna, praguejando algo em Luskan.

Tarenus compartilhava da seriedade da situação.

Por fim, quando a menina adormece, Garth, de maneira quase paternal, a coloca sobre sua túnica, enrolando a capa como um travesseiro, até certificar-se de que ela estava completamente adormecida.
Finalmente, se levanta e olha para todos, seu ar era assustadoramente sério, e diz:
- Eu encontrei um dos xamãs. Mas ele está envolvido com uma matilha de lobisomens. Temos que pegá-los, antes que se espalhem pelas montanhas.

A cara de Wong continua como se fosse uma paisagem!
E pensa consigo: "Uma criança sempre deve ser protegida independente de sua raça!"
Para um pouco enquanto pensava e continua seus afazeres, estava arrumando as coisas que tinha usado e ja se preparava para a nova aventura!

Gurag se mantem em seu canto, apenas observando a conversa e se preparando pra mais um dia cheio de descobertas.

Por ter sido o ultimo a dormir Fred levanta mais assustado e ao ver que havia uma criança nós braços de Garth, logo me aproximo e lhe perguntando agachado ao seu lado e em baixo tom:

- Precisa de alguma ajuda para com ela?

Fred mesmo depois de ouvir o que a criança era não se altera, apenas fica mais atento. Mais o quê ele queria ali era ajudar e se a criança precisa de ajuda eu estaria ali para tal ainda mais sabendo que o orcs a estavam usando para se beneficiar.

Garth se afasta da menina, que dormia profundamente, indo até a entrada da caverna, onde Breth o esperava. De maneira bizarra, ele faz um gesto, e Harsk o segue, de maneira submissa. Breth diz, sério:
- O que quer fazer?

Garth pensa por um instante, e responde:
- Temos que caçá-los. Antes que infectem toda montanha.

(Fred fica no vácuo com cara de paisagem)

Após Giuseppe se arrumar, segue os demais até a entrada da caverna e digo: - Concordo que devamos caça-los, mas tenho certeza que muitos de nós não temos conhecimento para lidar com tais criaturas e então como iremos agir nesta situação?

*O anão é o último a acordar, assustado, resmungando, bocejando, e praguejando*
-demônios? me mostre onde que eu acabo com...
*ao ver a criança Barduk se aproxima com certa curiosidade e quando pensa em tocar nela, ouve Garth dizer que ela derruba qualquer um ali*
-esse toco de gente derruba qualquer um? humpff, sei.

*o anão recua temerário ao que se encontrava ali*
''uma criança? um demônio? mas como? e como Harsk baixa a guarda assim para este Garth?''
-PUTA que pariu

*o anão começa a frase aos berros, mas termina baixinho com medo de acordar a criatura*

-cuidar dela é o caralho eu quero distância disso aqui

*Barduk circula a certa distância da criatura indo na direção de Breth e Garth*
-acordei no susto e não entendi bulhufas, que demônio é aquele Garth? e por que trouxe-o até nós? já não basta o que ta nascendo dentro do Wong? e aquele que pode ressurgir no Gurag?

*o anão arrota a frase sem respirar nenhuma vez terminando-a sem fôlego e com a voz teimando em não querer sair. A interrogativa não era de cunho inquisidor, mas de um guerreiro que não entendia a situação tentando não deixar seu medo aparecer em sua face. Só então ele respira fundo e continua tentando se acalmar.*

-não bastasse isso ainda temos lobisomens? que ótimo, primeiro um chupa-sangue e agora uma matilha de roedores de ossos.

Garth ri do comportamento de Barduk, e Harsk junta-se à trupe que conversava na entrada a caverna, com a manta enrolada ao redor do pescoço, como uma capa ridícula. Mas percebiam que a atenção de Garth estava dispersa. Nunca o viram tão alerta quanto agora. Até mesmo Breth parecia recear o olhar do amigo.
Por fim, o ranger diz, brincalhão:
- Devíamos nos chamar "Os Possuídos". Maldito bando pra ter demônio dentro do corpo. Hahahahahah!! - A gargalhada sai descontrolada, como se aliviasse a tensão.

Tarenus e Breth não riem da piada, mas Óin arrisca juntar-se, para tentar quebrar a tensão.
Finalmente, Garth volta à seriedade, falando para Barduk, que percebe algo inusitado. O olhar do Ranger era animalesco. Seus olhos estavam amarelos, como os de um lobo, e aquilo lhe causa arrepios.
Ele diz, com a mesma seriedade de antes:
- Não se se pretendem me seguir ou fugir pras montanhas. Sinceramente, não me importa. E ela não é um demônio. Foi transformada contra a vontade, como toda sua vila, por, ESTE sim, um demônio maldoso e sádico. Eu saí na outra noite pra afastar a ursa desta caverna. Ia trazer refeição mais suave para nossa marcha, quando os uivos atraíram minha atenção. Não tive tempo de avisá-los, então me afastei, e a ursa acabou passando por mim. Mas o que encontrei foi de dar enjôo. O xamã comporta-se coo um servo e conselheiro de um rei. Um maldito selvagem que age como senhor destas terras, e alimenta a animosidade entre os seus. Mas quando a Lua despontou no céu, ainda que momentaneamente, eu senti o seu chamado. Mas não como eles. Entendi que eram amaldiçoados, ainda que maldosos por dentro, e se entregaram ao poder do Lobo. Mas o rei é um "Puro-sangue". Como eu. Ele nasceu assim, e gosta disso. Maldito Totem. Nã podemos deixar que se espalhem pela montanha. O xamã os está incitando a sair e transformar mais gente, através das montanhas. Espalhar monstros para enfraquecer as fronteiras do Reino, enquanto os orcs marcham por Underdark, e algumas poucas falanges usam as cavernas pra se abrigar, e marchar a noite. Mas ao contrário de vocês, eu me movo velozmente na minha outra forma. O covil do bando fica a um dia de caminhada a Oeste daqui, no que restou de uma cidade, agora habitada por fantasmas e más lembranças. Deve ser onde vocês dois (ele olha para Gurag e Giuseppe) estiveram antes. Ou tiveram sorte, ou o mal ainda não era tão forte naquela época quanto é agora. Talvez a fuga dos xamãs para as montanhas tenha alterado a balança, e as coisas pioraram. Lobos não são conquistadores, mas HOMENS são. E corrompidos pela língua venenosa de um orc xamã, ansioso por vingança...

Em tom serio digo: - Compreendo sua preocupação e vejo que este é um problema que teremos que lidar juntos, entretanto não sei como lutar contra essa ameaça e nem se minhas serão eficientes, mas como já estamos aqui por causa dos orcs e estes estão causando tamanha confusão, então sinto me um pouco responsável, pois falhamos em deter os xamãs e agora estão corrompendo pessoas inocentes.

Giuseppe não havia se ligado que Garth era um lobisomem, então quando para pensar em outra coisa que ia pergunta. Olhando com certo temor para Garth e dando alguns passos para trás dizendo: - Caralho! Você é um lobisomem... Como assim e como há outro "rei lobo" nessas montanhas? Estou um pouco confuso e ao mesmo tempo receoso com toda essa situação. Porra! Acho que Tymora não está nos vendo, pois ao invés de melhorar só piora. Quando a sorte voltará a nos sorrir novamente...

Respirando fundo, Garth continua:
- Mas você tem razão, Barduk. Nenhum de vocês está pronto pra enfrentar tantos lobisomens juntos. A menina que dorme lá dentro já é forte o bastante pra dar cabo de vocês, se perder o controle da raiva. Por isto eu a trouxe. Preciso controlá-la, e não deixar que seja usada contra nós. Infelizmente já fazia muito tempo que eu não entrava em contato com minha natureza. Mas parece que, como todo karma, uma hora ele nos atropela. Hahah!!

Breth diz, sério:
- Pare de brincadeiras. O que sugere?

Garth retruca:
- Prepará-los. Ensiná-los a lutar contra... bem, contra mim. A única forma de acabar com a maldição é eliminar sua origem. E o rei é o único de sangue-puro que eu encontrei. Então deve ser o primeiro a contaminar os demais com a licantropia. Teremos de lidar com os outros, e não tenho dúvida de que nos forçarão a lutar até o extremo. Mas é ELE quem devemos matar. Acabando com ele, acabamos com a maldição.

Óin diz, horrorizado:
- E quer levar uma MENINA para esta luta? Vem cá, andou comendo cocô de urso por acaso?

Garth fala, desta vez num tom sombrio:
- Eles não vão ME atacar, depois que eu mudar. Mas até que eu elimine o rei, vão pra cima de VOCÊS com tudo. Então sim, eu preciso dela com vocês, pra protegê-los. Ela já está enfeitiçada, e não é mais leal ao rei,e sim a mim. Vai protegê-los. Mas ela é uma criança, entre predadores muito maiores, e também vai precisar de proteção. A questão é...

Ele se afasta de todos, e se volta a todos de uma só vez, falando:
- Acham que aguentam lutar contra o pior lado de vocês? Pois é o que enfrentarão. O pior de todos os monstros que já enfrentaram: Sua própria CULPA!!

Ele volta a caminhar entre vocês, indo pra dentro da caverna, e diz na passagem:
- Eu posso viver com isso. Já fiz isto antes, e já carrego fardos suficientes pra uma vida. mas vocês acham que aguentam?

Ele entra na caverna, deixando-os ali para decidir a sorte do grupo.

Giuseppe ao perceber que Garth parecia evitar sua natureza, então diz em tom sério: - Já tive que tirar algumas vidas humanas enquanto estive no mar, mas isso era para minha própria sobrevivência e irei lidar com isso da mesma. Não podemos permitir que esse saco de pulgas juntamente com aquele verme xamã consigam aumentar suas forças e depois outras vidas inocentes sejam sacrificadas.

Em tom alto e debochado para que Garth ouça digo: - Volte para cá seu pulgento e nos ensine como ferir os outros sacos de pulga...

Breth intercede enquanto Garth entra na caverna, e diz:
- Ele quer que decidamos se lutaremos, ou se fugiremos. Bem, a segunda não é uma opção pra mim. Vocês é que devem decidir, lutar ou fugir. Porque daqui pra frente as coisas vão ficar bem feias. Conheço Garth o bastante pra saber o quanto ele resiste à mudança, e o quanto odeia usar sua natureza. mas desta vez ele vai mergulhar na selvageria, e precisará de tempo pra manter s eixos das idéias, antes de nos ver como comida.

Harsk enfia a mão nos bolsos, tirando dois frascos com líquidos esverdeados, e diz, em tom orgulhoso:
- Ainda tenho algumas poções de acônito. Mas não vão segurar muitos deles, se forem tantos assim. Mas o que quer que façamos, temos de decidir logo, pois se temos só 1 dia de caminhada antes do anoitecer, tem que ser agora. Eu vim até aqui pra dar cabo destas merdas, e morro antes de fugir ou borrar a cueca. Podem ficar com o orc, se quiserem. Eu quero os LOBOS... - Ele fala num tom sádico, beirando a insanidade, como se há muito tempo esperasse por isso.

*ao ouvir sobre Garth ser um lobisomen os olhos do anão ficam esbugalhados, sua cara e seu pescoço ficam roxos e se não fosse sua voz trovejante, poderiam dizer que eles estaria falando fino*
-você é um *Barduk abre e fecha a boca batendo os dentes com força para que fizem barulho*
-que ótimo, só espero que esses tentinhos fiquem longe dessas carnes aqui.

*o anão dá um riso sem graça, dando um passo para trás. Seu corpo estava rigido e seus pelos do braço eriçados*
-se esse maldito está forjando alianças, acho por certo que nós também façamos isso. Deve-se ter por aqui alguém que possa nos ajudar. Ouvi histórias sobre druídas, existe algum por essas terras?

*vendo que seus companheiros não mediam as consequências do que diziam, Barduk busca esclarecer as ideias*
-não me oponho a caçar estes libisomens, assim como Fred e Harsk, e preciso ser treinado pra isso. Mas matar inocentes desta forma é muita covardia até mesmo para aqueles elfos bundões. Deve haver outro jeito. Não sou especialista no assunto, mas se estes humanos foram infectados, quer dizer que se trata de uma doença, certo? Tarenus, você tem conhecimento sobre isso não é mesmo? talvez não precisemos matar a todos, se conseguíssemos prendê-los e encontrar outro paladino ou clérigo, conseguiríamos remover a lincantropia deste povo, algumas vidas serão ceifadas, mas não todas.