O Diário de Aliskia “Skie” Silvershield

Quando perguntam sobre seu passado, Skie tagarela a respeito de ser a filha de Entar Silvershield, um dos Grão Duques de Baldur’s Gate. Boa parte de sua vida foi dentro de uma “gaiola de ouro”, consistindo principalmente do aprendizado de história, línguas e dança élfica. Sendo excepcionalmente ágil ela tornou-se uma dançarina muito talentosa, embora esta destreza natural a tenha permitido principalmente escapulir da mansão de sua família em “explorações” pela cidade. Ela diz achar emocionante as áreas mais desagradáveis de Baldur’s Gate, embora ela pareça ingênua sobre seus perigos. Em uma de suas escapadas, ela se encontrou com o galante Eldoth Kron e ela acredita que ele pode ajudá-la a viver a vida de aventuras que ela almeja. Ela naturalmente confia nele, talvez até demais.

http://forgottenrealms.wikia.com/wiki/Skie_Silvershield
http://baldursgate.wikia.com/wiki/Skie_Silvershield

Obs: itálicos são palavras em Chondathan; colchetes são notas não inclusas no texto original





Que raiva do meu pai! Ai gente, que ódio! Eu não acredito que tudo foi ideia dele! Ai, que droga!

Fazia tempo que eu não escrevia nada aqui no diário... achava que eu já tinha passado da idade para esse tipo de coisa. Afinal, hellow! Agora eu já fiz 15 anos, já sou uma adulta agora, diário é coisa de meninas... mas eu precisava desabafar, você entende, né?

Eu descobri que tudo foi culpa do senhor Entar Silvershield [Escudargênteo], super-grão-duque de Baldur's Gate [Portão de Baldur], sócio majoritário da Liga Mercantil baldurana, mestre da Manycoins House [Casa Muitasmoedas] e mandachuva de tudo mais onde ele põe os olhos... tudo culpa do meu pai. Veio dele a ideia que todos os tutores aqui em Baldur’s Gate tiveram de separar todas as suas turmas ao meio; garotas para um lado, garotos para o outro. Odeio o meu pai, por que ele sempre faz isso?

Ele sabe que estou com raiva dele, por isso ele me comprou um presente, para tentar me calar. Mas aposto que foi a minha mãe que contou a ele o que eu queria... é a coisa mais fofa do mundo esse cachorrinho, que fofura! Ainda estou pensando em um nome. Estou quase colocando o nome de um desses empregados malcriados que o meu pai tem, como o Elkart, mas isso ia ser muita crueldade com o cachorro. Hm, já sei! Ele vai se chamar Atroz, pois ele vai me proteger de tudo de ruim que existe nesse mundo!

Quem diria que as aulas de Arcana seriam tão CHATAS! Ai gente, que droga! Sério, eu sonhei tanto com esse dia, que decepção! Todas aquelas histórias encantadas de fadas que apareciam e mudavam o destino da mocinha, ou da donzela que era, na verdade, uma maga poderosa e fabulosa, que cria pra si um vestido super fabuloso sem nenhum esforço... definitivamente, nada a ver com aquela aula chata do Ragefast [Fúrialogo]! Sério, BO-RING!

Aliás, que mal gosto que ele tem! O laboratório dele tem coisas tão legais, até um telescópio! Que nem aquele do Hall of Wonders [Galeria das Maravilhas], que roubaram estes dias. Só que ele não deixa ninguém mexer... Sem falar do tamanho da biblioteca dele, dizem que é quase tão grande quanto a biblioteca de Candlekeep [Forte da Vela]! Mas que decoração de mal gosto! Nada combina com nada! Só combina com o mal gosto dele pra se vestir, aliás!

Pelo menos, as meninas estão lá comigo, sofrendo juntas mais uma vez. Juntas desde as aulas de etiqueta, de caligrafia, de história, e heráldica e de dança élfica. Pelo menos as aulas de história e genealogia das famílias nobres do Ragefast são legais, assim como eram as aulas disso que Tremain deu para gente. Já ouvi dizer que outros professores de história conseguem transformar algo tão legal em algo tenebroso; talvez história seja chata, e esse seja um talento mágico dos clérigos de Tymora, dar emoção a um monte de coisas que ninguém se lembra mais. Mas Ragefast não é clérigo de Tymora como o Tremain Belde'ar... bem, whatever!

Droga, odeio provas de Arcana! Eu decorei tudo direitinho, até consegui usar aquela varinha de Luz, mas eu não consegui fazer nenhuma mágica sozinha. Na verdade, nenhuma das meninas conseguiu nada até agora. O Ragefast realmente faz jus ao nome, ele se irrita muito fácil com a gente, qualquer palavrinha mal pronunciada, qualquer gesto um pouquinho errado e lá vem bronca. Aliás, que nome bobo que ele tem, os pais dele deviam odiar ele. Não é à toa que ele é fica tão amargo com essas bobagens.

De novo, que raiva do meu pai! Ele me deixou de castigo por conta de minha nota baixa em Arcana. Agora eu vou ficar trancada em casa por um tenday [dezena] inteiro nas minhas folgas! E a dona Brilla nem disse nada a meu favor dessa vez, que raiva da minha mãe também! Como eu queria fugir de casa, sério! Que ódio!

Pelo menos Ragefast estava menos enjoado nestes dias com a gente. A sobrinha dele, Mordaine, veio de Candlekeep depois de muito tempo para visitar ele, e trouxe a cópia de um livro que ele queria muito. Acho que ela estava treinando Arcana lá com uma tal de Phlydia... aposto que essa daí deve ser menos chata como professora de Arcana.

Como eu queria que viesse um príncipe encantado me resgatar e me levar para bem longe daqui! Como eu queria ser Lunisia, que é resgatada pelo seu amado Rodrigo, enfrentando todos os perigos da jornada de volta de Maztica até Amn só para salvá-la das garras do malvado Kirinaldo... Aliás, a Silke Rosena estava FA-BU-LO-SA no papel de Lunisia quando a Dale Wind Troubadours [Trovadores do Vale do Vento] de Berdusk apresentaram Lunisia & Rodrigo no palácio ducal! Queria tanto ser como ela! Ela deve viajar tanto, deve conhecer toda Faerûn!

Que noite mágica! Nem acredito que tudo deu certo! Consegui sair e voltar pela minha janela e ninguém percebeu! Acho que eles estavam levando em conta que daria tanto trabalho para abrir essa maldita fechadura que colocaram na minha janela sem a chave que só o meu pai tem que eu nunca iria sair a não ser pela porta do quarto... Realmente deu um trabalhão! Passar pelo portão para a rua também não foi fácil... mas valeu a pena!

Acabei parando no porto nessa caminhada. Não tinha muita coisa para se ver ali a noite, a não ser o Low Lantern [Lanterna Inferior], então resolvi conhecer como era esta taverna-em-um-navio. Que lugarzinho chinfrim, bem caidinho mesmo! Do tipo que não dá vontade de encostar em nada... mas lá estava Eldoth. Eldoth Kron, que nome lindo. Que combina tão bem com aquela voz linda. Aquele rosto lindo... e ele é tão gentil! Ele me deu uma flor, puxou a cadeira para mim, me ofereceu vinho, disse que nunca tinha conhecido alguém como eu e queria me conhecer melhor... aiai! Acho que eu não devia ter dito a ele quem eu realmente era, mas... eu não acho que seja uma boa ideia começar um namoro com mentiras, não é mesmo?

Acho que vai ser fácil fugir de novo, meu pai está muito ocupado estes dias cuidando do meu irmão mais velho, preparando a caravana para Amn que ele vai participar e tal. Quer que ele investigue algo que aconteceu em uma mina de ferro chata, naquele fim de mundo que é Nashkel. Meu pai quer transformar meu irmão em uma cópia dele. Coitado!

A caravana está demorando para voltar de Amn, espero que esteja tudo bem! Meu pai está preocupado e muito chato! Pelo menos ele está distraído... hoje eu vou encontrar o Eldoth de novo, estou com saudades dele! Queria estar com ele sempre, não precisar sair nunca de perto dele!

Acho que, no final das contas, está dando tudo certo para mim. Até o Ragefast está bonzinho a algum tempo, desde que chegou aquele caixote de Waterdeep [Águas Profundas] para ele. Dizem que veio algo a mais de Waterdeep além do caixote. Provavelmente foi quem trouxe o caixote, aliás. A gente viu uma mulher na casa do Ragefast e não era a sobrinha dele. Ele não quis contar nada para a gente, disse que era sim a Mordaine, a gente que não viu direito. Mas eu ouvi ele suspirando um nome em um momento de distração, Abela. Quem será ela... ela deve ser provavelmente muito bonita!

Já chega! Não aguento mais as alucinações do meu pai! Não aguento mais ele descontando todos os problemas que ele e a liga mercantil têm com os mercadores dos Seven Suns [Sete Sóis] e do Iron Throne [Trono de Ferro] e de Sembia e de Amn e Calimshan e Waterdeep... e das discussões dele com o duque Eltan e seus Flaming Fists [Punhos Flamejantes] e o duque Belt e a duquesa Liia... chega! Se algo aconteceu de errado com o meu irmão, a culpa é do meu pai! Não é culpa desse tal Kagain nem de nenhum outro anão mercenário de Beregost pelo desaparecimento da caravana... a culpa é dele, e só dele! Ele é insuportável! Já chega, vou fugir de casa!

O Eldoth já tinha me sugerido fazer isso antes, eu nem devia ter esperado nada, devia ter fugido logo! Mas... tenho que pensar como vou fazer para levar minhas coisas importantes. O Atroz e minhas roupas e maquiagens e perfumes...

Ainda bem que o Eldoth tinha esses amigos dele. Eles se vestem que nem mendigos e também cheiram como um, mas pelo menos foram muito legais ao pegar quase tudo que tinha no meu quarto, até coisas que eu nem pensava em levar, como os adornos de ouro e joias... Eldoth disse que era importante que eles fizessem isso, que será melhor que meu pai pense que o que aconteceu foi um roubo em casa e também um sequestro. Por isso, ele deixou um bilhete pedindo meu resgate no meu quarto. Sabe, acho que ele tem razão, será melhor assim. Será que meu pai vai mesmo mandar o Elkart para o Blade and Stars [Lâmina e Estrelas] no horário combinado com o dinheiro do resgate?

Apesar de tudo estar saindo como devia, estou me sentindo desconfortável nesta cabana totally chinfrim que estou. Sério, muito caída mesmo! Quem foi a criatura com tanto mal gosto para fazer um lugar assim? Isso sem falar do cheiro de cachorro molhado, nem o Atroz cheira assim.... E o pior é que as outras cabanas por aqui são tão bregas quanto essa daqui. Que bom que esse lugar é só um acampamento, porque está na hora desses amigos do Eldoth se mudarem daqui, e logo!

[Lágrimas deixaram algumas palavras nesta página ilegíveis]

Como eu fui burra... sério, tipo, muito mesmo... Eu disse a Eldoth que eu o amo, e ele fez piadas... ele riu de mim e disse para que eu não o chateasse naquele momento... eu não aguentei, tudo aquilo de ruim que ele sempre diz para mim desde que eu aceitei fugir de casa com ele, e perguntei porque ele me trata tão mal, porque ele é tão cruel comigo... então ele responde “Skie, meu anjinho, uma mulher precisa saber qual é o seu devido lugar!”... eu perguntei porque ele sempre faz piadinhas maldosas com o que eu falo e respondeu “Cale-se, Skie! Não é como se a sua opinião valesse alguma coisa...”

Agora eu entendo. Isso não é um sequestro de mentira, esses não são bandidos de mentira... eu realmente fui sequestrada, e eles realmente são Black Talons [Garras Negras]... Eldoth só quer o dinheiro do meu pai, só isso... Eldoth, eu te odeio! ...quero voltar pra casa!

Isso deve ser um pesadelo! Tudo está dando terrivelmente errado pra mim! Primeiro eu descubro que realmente fui sequestrada e agora o acampamento foi atacado! Ouvi gritos do lado de fora, um combate que durou por um bom tempo... gritaram o nome de um tal Abdel Adrian, deve ser algum mercenário a serviço do meu pai. E quando eu espiei o lado de fora da cabana... Eldoth... o que eu vou fazer sem você, Eldoth... você não pode morrer, Eldoth, não pode...

Coloquei tudo o que eu aguentei carregar nessa carroça que estava perto da minha cabana. Roupas e maquiagens, o meu Atroz... a maior parte ficou pra trás. Pelo menos esses bandidos não tinham esvaziado tudo dessa carroça, ou eles iam usar ela para outra coisa. Tinha bastante comida aqui, além de algumas outras coisas úteis.

Não adianta quanto você tente, pai, eu não vou voltar para casa. Mesmo sem Eldoth, eu não vou voltar para casa.

Cheguei ontem ao lugar mais longe que eu tinha uma noção de como chegar, Berdusk. Estou agora na Casa do Mercador Faminto, me identifiquei usando o nome da Mordaine para não me reconhecerem. Me deixaram entrar pois estou parecendo tão mendiga quanto os outros hospedados aqui. Pelo menos tudo aqui é de graça. Aposto que vão me expulsar assim que eu tomar um bom banho e vestir roupas limpas. Esse lugar já foi um templo de Waukeen, há retratos dela em várias partes desse lugar. Ela é, realmente, fabulosa! Que Waukeen me ajude nessa minha vida, pois Tymora está de mal comigo!

Dama Cylyria também é um exemplo do bom gosto, uma verdadeira missionária da moda nessas terras tão afastadas. Aposto que ela me ajudaria nessa minha hora de necessidade. Mas não posso me arriscar, é possível que ela me mandasse de volta para o meu pai. E eu não vou voltar para casa, não até conhecer o que há para ser conhecido. E quando eu voltar para casa, meu pai vai me respeitar, pois eu vou ser fabulosa. Eldoth também me respeitaria, se ainda estivesse vivo.

Berdusk ainda está muito perto de casa, preciso ir para mais longe. Cormyr ainda é perto... Sembia ou Terra dos Vales, talvez?

Esse vai ser um caminho perigoso. Tinha um grimório nessa carroça também, provavelmente um mago ia usar essa carroça. Melhor estudar essas magias, quem sabe o Ragefast estava errado e eu consigo criar magias afinal de contas?

Demora mas sai. Só que não recebi a história do Garrik.

Consegui hoje um acordo com um velho halfling, Ralph Peligeiro ou algo assim. Ele estava precisando de rações de viagem e tinha muitas naquela carroça que arrumei. Já eu precisava deixar aquele lugar chinfrim, uma verdadeira ofensa à deusa da moda e do bom gosto, Waukeen! Esta estalagem dele, Flauta Assobiante, é um verdadeiro palacete em comparação! E olha que ela não é lá essas coisas, uma redecoração bem que cairia bem. Bem, pelo menos terei uma dezena para ficar aqui de graça.

Eu tive que usar novamente o nome da Mordaine Elvenhair para vir para esta estalagem. Provavelmente eu vou ter que usar este nome ou algum outro por muito tempo, para que ninguém perceba quem sou eu. Espero que nem ela nem seu pai Firebead resolvam aparecer em Berdusk em um futuro próximo! Eles que fiquem em Candlekeep ou Beregost!

Preciso decidir o que eu vou fazer a partir de agora. Uma dezena passa muito rápido! Talvez eu pudesse me juntar à trupe dos Trovadores do Vale do Vento, que são sediados justamente aqui, em Berdusk. Eu costumava sonhar em ser uma atriz ou uma cantora, ser fabulosa como Silke Rosena, que é uma das estrelas desta trupe. Acho que eu poderia colocar em prática o que eu sei de dança élfica e, claro, aprender algumas coisas novas. Mas, pensando bem, a trupe não está aqui nesta época do ano (se a memória não me falha e se tudo ocorreu como o planejado, eles devem estar em Beregost desde o mês passado ou talvez já no carnival em Nashkel). Além do mais, eles acabariam me reconhecendo e me levando de volta ao meu pai em uma dezena.

Acho que eu preciso ir para mais longe, mas ainda não sei para onde. Mas eu sei que viajar sozinha é uma péssima ideia. Se eu cheguei bem aqui desde as imediações do Baldur's Gate, foi porque Tymora apiedou-se da má sorte que eu tive até aquele momento. Eu poderia me juntar a uma caravana, talvez aqueles mercadores de Waterdeep que eu ouvi falar a respeito. Talvez eles estejam indo para algum lugar menos chinfrim que Berdusk. Ou talvez fosse uma boa ideia procurar pelo elfo solitário que estão dizendo que está vagando pelos arredores da cidade. Talvez, tipo assim, ele me pudesse conduzir até outros elfos que estejam organizando sua própria caravana, sei lá.

Ou eu poderia também ficar. Neste caso, eu teria que encontrar uma maneira de me sustentar. Uma dezena passa muito rapidamente. Quem sabe eu pudesse conseguir algum emprego... Mas este seria um problema. Apenas nobres poderiam apreciar o que eu sabe fazer de melhor e eles provavelmente me reconheceriam mais cedo ou mais tarde. Bem, ficando ou partindo, eu vou precisar aprender a me defender sozinha, já que não tenho mais o Eldoth comigo... Acho que vou ter que aprender a usar magia de uma vez por todas, ainda mais agora que que estou usando o nome de Mordaine Elvenhair, aprendiz de maga de Candlekeep.

Finalmente, tive alguns momentos para estudar aquele grimório que encontrei na carroça. Se entendi bem, ele pertenceu um dia a Thalantyr, aquele mago famoso de Beregost. Provavelmente foi dele no começo de sua carreira, acho pouco provável que ele não se preocuparia em reaver seu grimório se houvessem magias muito poderosas aqui. Seu último dono, antes de mim é claro, parece ser um tal de Tranzig. Ele parece ser um subordinado de um tal Tazok. Não sei quem é este, mas tenho a impressão de ter ouvido este nome mais de uma vez enquanto estive presa naquele acampamento de bandidos.

Em todo caso, se esse tal Tranzig escreveu algo sobre ter algumas magias poderosas aqui. Segundo algumas notas que ele deixou aqui, ele usou uma magia para transformar uma moça em pedra em Beregost. Espero que ela esteja melhor agora!

Infelizmente, não consegui criar nenhuma magia ainda, é muito difícil e complicado... mas o jeito é continuar tentando. Tem tantos retardados por aqui que conseguem, não deve ser tão difícil assim!

Hoje, próximo da hora do almoço, aconteceram duas coisas bem estranhas. Primeiro, um velhote estranho veio falar com o halfling dono desta espelunca. Até ai, nada demais. Só que, por um instante, achei que eles conversaram em código. Algo sobre prata andar em baixa e o ouro e problemas. Mas, pensando bem, não poderia ser. Isso é coisa de novelas, aqueles seus romances de cavalaria de Cormyr, de cavaleiros em armaduras reluzentes que resgatavam princesas presas em torres e vilões malvados que se escondiam nas sombras e, covardes demais para agir diferente, conversavam entre si em códigos quando em lugares públicos.

A outra coisa inusitada que aconteceu foi uma moça que apareceu, muito mal vestida e totalmente perdida naquele ambiente. Até parecia eu há alguns dias! Pobrezinha! Fui até ela, ver se eu podia ajudar a moça, nem que fosse com algumas dicas de bom-gosto na hora da escolha de suas roupas. Quando que, assim, do nada, descubro que a tal moça era a Nalia de'Arnise! OH-EM-GEE! Fui ajudar a coitada, claro, começando por um banho e roupas decentes.


Ela me contou que ela chegou aqui desde Nashkel, pelo Uldoon Trail [Trilha de Uldoon], fugindo do noivo dela, aquele chato e metido do Isaea Roenall. Parece que o pai da Nalia mandou ela passar um dia com os Roenalls para já ir se acostumando com o noivo e a família dele, e daí eles tiveram que dar uma passadinha em Nashkel. Parece que a tia do Isaea, uma tal Sendai Argrims, sumiu quando estava na região com os guardas dela, Aleksander e Delgod. Pelo o que a Nalia contou, talvez ela tenha sido atacada por um tal bandido nessa região, chamado Vax ou Zal ou algo assim.

Já que eles estavam lá, eles iam participar do carnival, mas parece que esse carnival foi totally caído, muito ruim mesmo! Parece que a maioria dos artistas não foram para lá por causa da tal crise do ferro das minas de Nashkel e os tais bandidos atacando as estradas para roubar ferro. O circo que deveria estar lá acabou ficando em Baldur’s Gate mesmo, pois uma artista, uma elfa avariel, acabou ferindo as duas asas e o gnomo que cuida dela estava tentando levar dinheiro para curar a coitada. E, momento luto, parece que a Silke Rosena foi assassinada em Beregost! Parece que o aprendiz dela, o tal Garrick, teve algo a ver com isso e ele fugiu para Athkatla. Que Waukeen a tenha!

Ela me contou também as fofocas das nossas BFFs que fazia tempo que não víamos, a Samantha e a Osprey! Parece que a Samantha vai se casar com um tal de Jamie, mas o pai dela, Berrun Ghastkill, o prefeito da cidade, não aprova o casamento! Tadinha, eu sei bem o que ela está passando! E a Osprey continua a CDF de sempre! Depois que ela foi para Candlekeep ter aulas mais avançadas de Arcana com a Phlydia junto da Mordaine, ela viajou para a Terra dos Vales, pelo o que a Samantha contou para ela. Estava totally com saudades delas, assim como da Nalia. Acho que já fazia bem um ano que as três foram embora de Baldur’s Gate e eu não via nenhuma delas.

Parece que a Nalia ainda está com aquela vibe dela de ajudar os pobres e os necessitados e os malvestidos. E agora chegou ao ponto dela ter conseguido aprender arcana só para poder usar magias para ajudar esses favelados. Só espero que ela não acabe se metendo em alguma encrenca por causa disso! Bem, vou aproveitar que ela está aqui para pegar algumas dicas, quem sabe eu finalmente não aprendo a usar magias!

AO:

Já faz alguns dias que a pequena carroça foi descarregada na taverna da "Flauta Assobiante", uma agradável estalagem na entrada da cidade mantida por uma família de halflings conhecida como "Pés-de-Vento", apelido ganho por gostarem de longas caminhadas, e por seu patriarca, o velho Ralph Peligeiro, ter feito sua fama ao vencer uma corrida contra um rufião local, conhecido por ser extremamente rápido e trapaceiro. Ainda, os filhos do velho taverneiro são exímios flautistas, apresentando-se noite sim, noite não, para entreter seu público.

Apesar dos donos, a taverna tem proporções humanas, com pé direito elevado e arcos por toda parte, sem perder a característica confortável e acolhedora que uma boa estalagem deve ter. Era composta por três andares, o primeiro sento o salão de recepções, cozinha e dispensas. O segundo andar era tomado por quartos pequenos e reservados (extremamente caros), e alguns quartos coletivos para 6 ou mais pessoas. Já o terceiro andar era formado por 4 quartos luxuosos (e ridiculamente caros de se hospedar), normalmente ocupado por ricos mercadores ou nobres em passagem.

Em troca de parte das provisões de sua carroça, você ganhou ali 1 dezena de estadia tranquila.

Berdusk, a "Jóia do Vale" como era conhecida, devia seu nome ao brilho de suas altas casas, com telhados bem elaborados, alguns cobertos por folhas douradas que, sob o brilho do entardecer, parecia ao longe uma caixa de jóias. Era praticamente uma disputa entre os mais abastados, o telhado mais elaborado. Também, era como pintar um alvo aos ladrões, que passavam a identificar alvos em potencial, pois quanto mais luxuoso e elaborado era a cobertura, mais riquezas se escondiam em seu interior.

Mas ao contrário das alturas, em solo a situação era bem diferente. As ruas, em sua maioria bem estreita, eram sujas e mal cuidadas, sobretudo na área ao redor da cidade. Mesmo o rio que a cortava era mal cheiroso, ainda que usado por mendigos e esmoleiros para banhar-se, o que só fazia piorar seu estado.

Nos últimos dias, as notícias nas ruas eram tensas, de estranhos eventos acontecendo por toda parte.

Alguns dos rumores mais frequentes que pôde ouvir:
- Estranhos homens de túnicas pretas vêm sido vistos vagando nas áreas mais ricas. Há quem diga tratar-se de algum culto. Mas não há ninguém disposto a investigá-los;
- Uma taverna foi incendiada sob circunstâncias misteriosas, depois de dois poderosos mercadores se desentenderem durante uma negociação. Testemunhas viram um monstro de jade andar entre as chamas, eliminando sobreviventes. Ao amanhecer, nada restava do lugar (e de seus frequentadores, senão cinzas e escombros. A guarda local isolou a área, investigando os relatos;
- Mendigos têm evitado a região Leste da cidade, onde têm desaparecido sem deixar pistas.
- Uma caravana logo chegaria à cidade, vinda de Waterdeep. Os mercadores locais estavam ansiosos por suas especiarias.
- Um elfo foi visto vagando a noite, desacompanhado. Sinal de mal agouro, as autoridades estão inquietas, pois já fazia alguns anos que elfos solitários não eram visto, e mesmo as caravanas deste povo-fada vinha reunindo recursos e provisões para uma longa viagem, desaparecendo nas estradas por onde passavam.

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Skie Silvershield:

Skie está, ao menos em parte, um pouco feliz neste momento. Pelo menos, ela não está mais naquele albergue pulguento, a Casa do Mercador Faminto. A única coisa que havia de bom ali, na opinião da Skie, eram os antigos mosaicos que representavam a deusa Waukeen, relembrando que aquele lugar fora outrora sagrado para esta deusa.

O futuro de Skie ficou um pouco menos tenebroso depois que ela encontrou esta estalagem e seus donos aceitaram a barganha. Após dias na estrada, ela teve a oportunidade de tomar um banho de verdade e sentir-se limpa. Ela também não aguentava mais a comida ressecada das rações, e ela tem certeza que até mesmo seu cãozinho Atroz já estava também enjoado.

No entanto, Skie ainda está muito abalada com a sucessão de eventos trágicos em sua vida. Tantos e tão rápido! No entanto, a certeza de que ela não voltará para casa enquanto ela não for alguém que inspire respeito e admiração a mantém seguindo em frente. E ela está preocupada com o seu futuro.

Ela pensou muito sobre a hipótese de se juntar à trupe dos Trovadores do Vale do Vento, sediados justamente aqui, em Berdusk. Ela sempre admirou os atores e atrizes, cantores e cantoras, artistas em geral. Silke Rosena, um exemplo de vida para Skie, é uma das estrelas desta trupe. Skie poderia colocar em prática tudo o que ela aprendeu de dança élfica e, claro, aprender algumas coisas novas. Mas ela sabe que a trupe não está aqui nesta época do ano (se a memória não a falha e se tudo ocorreu como o planejado, eles devem estar em Beregost desde o mês passado ou talvez já no carnival em Nashkel). Além do mais, ela acabaria sendo reconhecida e levada de volta ao seu pai em uma dezena.

Ela precisa ir para mais longe, mas ela não sabe para onde. Ela sabe, no entanto, que viajar sozinha é uma péssima ideia. Se ela chegou bem aqui desde as imediações do Baldur's Gate, foi porque Tymora apiedou-se da má sorte que ela havia tido até aquele momento. Ela poderia juntar-se a uma caravana, talvez aqueles mercadores de Waterdeep estejam indo para algum lugar menos chinfrim que Berdusk. Ou talvez fosse uma boa ideia procurar pelo elfo solitário que vaga pelos arredores da cidade, talvez ele a pudesse conduzir até outros elfos que estejam organizando sua própria caravana.

Ou ela poderia também ficar. Neste caso, ela deveria encontrar uma maneira de se sustentar. Uma dezena passa muito rapidamente. Quem sabe ela possa conseguir algum emprego... Mas este seria um problema. Apenas nobres poderiam apreciar o que Skie sabe fazer de melhor, e eles provavelmente a reconheceriam mais cedo ou mais tarde. Independentemente de sua escolha, ficando ou partindo, ela precisa aprender a se defender sozinha. Ela precisa aprender a usar magia, especialmente porque ela está agora usando o nome de Mordaine Elvenhair, aprendiz de maga de Candlekeep.

Quando ela puder, ela iniciará suas explorações nesta cidade procurando pelos mercadores de Waterdeep.

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AO:

Skie começa sua caminhada, reforçando os rumores da caravana que logo chegaria. Prevista para o entardecer.
Era a primeira em muitos meses vinda da Costa da Espada. Então seu conteúdo e membros eram objeto de especulação e apostas.
O que estariam trazendo?
Quantas carroças viriam?
Quanto tempo ficariam?

Skie mal termina de se arrumar para a caminhada pela cidade quando sua atenção é chamada por um tipo incomum. Um homem de vestes surradas e cabelos grisalhos, mas cujo cuidado e incomum perfume revelava uma origem abastada e cuidadosa. Ele entra na estalagem, indo diretamente ao anfitrião. E depois de se cumprimentarem, os dois, como velhos amigos, se dirigem aos fundos da taverna por uma porta que ladeava a cozinha, onde sabia ficar o gabinete do velho Peligeiro.
Ao cruzar olhares, Skie percebe uma intensidade incomum no olhar do velho viajante. Uma vivacidade além do que sua idade poderia revelar. E um pingente com um pequeno brasão pendia do pescoço sobre a túnica. Um símbolo de família, talvez.

Já era perto do almoço, e a estalagem começava a receber seu público habitual para o horário. Mercadores e alguns empregados, sempre tratados como iguais pelos funcionários do lugar, sem distinção de tratamento ou atenção.
Logo a casa estaria cheia.

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Skie Silvershield:

Quanto a caravana, não resta muita opção para Skie a não ser esperar algumas horas para investigar mais a fundo a respeito dos mercadores de Waterdeep. Quanto ao estranho misterioso, já que ele, de alguma forma, chama sua atenção, ela se aproxima para tentar ouvir sua conversa com o outro. Ela aproveita que a estalagem já está se tornando movimentada devido a proximidade da hora do almoço para passar desapercebida em sua tentativa.

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AO:

Tudo que Skie consegue ouvir ao cruzar com a dupla, antes de sumirem no gabinete, é:
Velho: A prata anda em baixa atualmente.
Anfitrião: Mas nem sempre o ouro nos livra de problemas.

Depois, em silêncio e trocando olhares cúmplices, a dupla se fecha no pequeno gabinete do halfling.

Em meio à grande confusão que se precipitava pela estalagem, entre mercadores e operários, você nota se destacar na multidão:
- Um jovem casal, ele vestindo uma túnica da guarda local, e ela, um manto de viagem de fino trato - tomam uma mesa e esperam o atendimento;
- Um rapaz vestindo um capuz de viagens, e apesar do clima local ser quente, ele vestia pesadas roupas, escondendo parte do semblante no capuz - Dirige-se diretamente ao balcão, perguntando por um estábulo para sua montaria;
- Uma moça de feições bem cuidadas, apesar de propositalmente vestir-se mal numa velha roupa de viajante, escondendo seus pertences com um protetor abraço, visivelmente insegura; tinha o olhar distante e parecia deslocada - Senta-se em um dos muitos bancos próximos à parede, em meio a operários e rufiões, e parecia observar a tudo e a todos.

O barulho no salão torna-se insuportável, com o falatório do meio-dia, e bocas sedentas, além do tilintar de canecos, pratos e, em raros assentos, o bates de talheres (lembrando que seu uso é incomum, reservado a locais mais abastados.

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Skie Silvershield:

Skie dá de ombros pelo o que ouviu. Ela chega a cogitar tratar-se de algum código de identificação, mas ela se convence de que isso é coisa de novelas, aqueles seus romances de cavalaria de Cormyr que ela gostava de ler, de cavaleiros em armaduras reluzentes que resgatavam princesas presas em torres e vilões malvados que se escondiam nas sombras e, covardes demais para agir diferente, conversavam entre si em códigos quando em lugares públicos.

Quanto às figuras que chegaram depois, ela não dá muita atenção ao casal. Já o rapaz encapuzado poderia ser o elfo que ela estava procurando. E mesmo que não seja, ele pode ser um viajante que possa ajudá-la a ir para mais longe de Baldur's Gate.

Mas a moça realmente chama sua atenção, ela se identifica muito com ela. Em cada sinal de insegurança e de estar usando roupas que obviamente ela não usaria em outro momento, Skie pensa estar se vendo há alguns dias atrás. Ela vai até a moça, acreditando que possa tentar ajudá-la. Quem sabe ela também não esteja querendo ir para o leste?

Ela se levanta do banco onde está sentada e se aproxima dela com um sorriso no rosto. Ela tenta falar do jeito mais amigável possível, para não assustá-la ainda mais.

-Oi! Posso me sentar aqui do seu lado? Qual o seu nome?

Finalmente, a tal caravana de Waterdeep chegou! Fui até eles e Nalia veio comigo. E, é claro, o Atroz também veio.

Quem me atendeu foi um paladino que estava nesta caravana. Seu nome é Ajantis Ilvastarr, servo de Helm. Ele me explicou que esta caravana está indo para Westgate [Portão Ocidental], na Dragon Coast [Costa de Dragão]. Nossa, como ele é charmoso! Ele é forte e bonito e fala bem. Um verdadeiro príncipe encantado! Aiai! Na verdade, eu só queria saber para onde a caravana ia, mas acabei ficando lá, perguntando coisas sobre ele. E ele me contou bastante coisa! Contou sobre o papel de sua família em Waterdeep, sobre suas aulas de esgrima com um tal mestre Myrmith Splendon, sobre seu aceite na Order of the Radiant Heart [Ordem do Coração Radiante] como escudeiro de um tal sir Keldorn Firecam, indicado por outro tal sir Anomen Delryn. Ufa! Enfim...

Ele contou também que a caravana ficaria em Berdusk pelo menos uma dezena e que ele aproveitaria estes dias para resolver uma missão que Keldorn lhe havia dado como condição para ele ser promovido de escudeiro a cavaleiro da ordem. Mais outra pessoa com a missão de investigar os problemas com as minas de ferro de Nashkel. Ele também deveria investigar os Black Talons de Iriaebor e seu envolvimento nesta história.

Acho que vou ajuda-lo. Não faz mal ter um paladino gatinho desses por perto e a Nalia estava com vontade de participar também, já que os pobres sofrem tanto com essa crise quanto os ricos, especialmente se Baldur’s Gate e Amn entrarem em guerra!

Ajantis quis investigar os tais homens de túnicas pretas vistos em Berdusk. Parece que são eles que estão desaparecendo com os mendigos que vagam pela região leste da cidade, nas partes mais luxuosas. E mais, eles são Black Talons! Mercenários sendo pagos pelos ricos para dar cabo do incômodo que estava às suas portas. Nem preciso dizer o quanto Nalia ficou revoltada!

Encontramos eles em um bosque do lado de fora da cidade. Ajantis cuidou da maior parte da luta, mas Nalia usou algumas boas magias. Mas um desses bandidos veio na minha direção e não deu tempo de recarregar a minha besta. E, quem diria, na hora que mais precisei, consegui também usar uma magia, Mãos Flamejantes!

Recebemos ajuda nessa batalha. Encontramos o tal elfo que vagava sozinho nos arredores. Ele se chama Kivan. Só que ele não estava tão sozinho assim, tinha uma clériga de Tempus com ele, Branwen.

Essa Branwen é justamente a moça que o tal Tranzig transformou em pedra! Nossa, que mundo pequeno! Kivan conseguiu salvá-la. Ele a encontrou e conseguiu um pergaminho para transformá-la de volta. Sorte a dela! Ela havia sido recrutada pelos Black Talons, mas quando ela se deu conta onde havia se metido, ela se rebelou contra seu chefe. Desde que Kivan a salvou, ela tem acompanhado ele, já que ela lhe deve a vida.

Ela quer também dar o troco nos Black Talons, e esse é justamente o que move Kivan em frente. Ele me contou que eles estão trabalhando para o tal Tazok e que esse Tazok e seus mercenários capturaram Kivan e sua falecida esposa Deheriana. Ele conseguiu fugir, mas ela não. Agora o Kivan quer a cabeça do Tazok. Contei a ele tudo que eu sabia sobre os Black Talons e o Tazok, quando fui sequestrada. E que meu ex-namorado tinha se juntado a eles.

Acho que eles vão investigar os Black Talons com a gente. Melhor assim, não quero arriscar de novo minhas unhas e meus vestidos porque tive que estar na frente de combate de novo.

Atacamos mais um destacamento dos Black Talons aqui, em Iriaebor. Eles tinham uma prisioneira, uma halfling chamada Alora. Ela é tão fofa e simpática, adorei ela!

Descobri o motivo de Alora ter voltado para sua casa, aqui em Iriaebor, após morar algum tempo em Baldur’s Gate. Quem diria, foi ela quem roubou o telescópio do Hall of Wonders! Achei por acidente no meio das coisas dela, enquanto procurava uma blusa minha, uma totally fashion. Tomarei cuidado para não contar isso para o Ajantis, ele não entenderia.

Encontramos outro esconderijo dos Black Talons. Não encontramos o tal Tazok, mas achamos algumas coisas dele, especialmente cartas. Parece que ele esteve em contato com um certo lorde Jierdan Firkraag, de Windspear Hills, em Amn. Ajantis, Branwen e Kivan querem partir amanhã mesmo para lá para investigar.

A Nalia deve ir com eles para Amn. Não para continuar investigando esta história, mas para voltar para casa. Ela está preocupada com sua família, pois parece que um exército de trolls está sitiando o castelo de'Arnise! Espero que sejam falsos rumores e que esteja tudo bem por lá!

Já a Alora que ficar aqui em Iriaebor com a família dela, e eu a entendo. Às vezes é preciso separar-se de seus amigos. E é justamente isso que eu vou fazer agora, também. Eu não vou para Amn, não quero ficar no caminho do Ajantis e da Branwen, agora que eles estão namorando. Nem vou continuar aqui em Iriaebor ou em Berdusk. Tenho medo que mais cedo ou mais tarde me reconheçam e vendam a minha cabeça para meu pai. Está na hora de pôr o pé na estrada de novo.

Irei para mais longe em breve, talvez chegue em Westgate e fique por lá por mais um mês ou dois. Talvez, eventualmente, eu realmente acabe parando na Terra dos Vales, como pensei inicialmente. Talvez eu faça uma visita para a Osprey. Vou viajar com este mercenário de Vaasa que conheci estes dias, Garrick. Ele está protegendo uma caravana que vai para o leste. E ele é tão gatinho... aiai!

Família de Skie Silvershield:
-Entar Silvershield, pai de Skie e Grão Duque de Baldur's Gate
-Brilla Silvershield, mãe de Skie
-Canderous Silvershield, irmão de Skie, aventureiro desparecido em uma viagem de caravana entre Baldur's Gate e Amn
-Elkart, empregado dos Silvershields
-Atroz, cachorro pequeno e mascote/familiar de Skie



BFFs de Skie Silvershield:
-Nalia de'Arnise, filha de uma família nobre de Amn, prometida de Isaea Roenall (que ela odeia)
-Samantha Ghastkill, filha do governador de Nashkel (em Amn), Berrun Ghastkill
-Osprey Jannath, maga promissora, sobrinha de Liia Jannath (Grã Duquesa de Baldur's Gate)
-Mordaine Elvenhair, filha de Firebead Elvenhair e sobrinha de Ragefast (na verdade, Skie teve muito pouco contato com Mordaine; Skie usa o nome de Mordaine Elvenhair como alter ego em suas viagens)



Ex-Companheiros de Viagem de Skie Silvershield:
-Ajantis Ilvastarr, humano, paladino de Helm; seguiu com Branwen e Kivan para Amn
-Branwen, humana, clériga de Tempus; seguiu com Ajantis e Kivan para Amn
-Kivan, elfo, ranger; seguiu com Ajantis e Branwen para Amn
-Nalia de'Arnise, humana, ladina/maga; seguiu para seu castelo em Amn
-Alora, halfling, ladina; ficou em Iriaebor
-Eldoth Kron, humano, bardo; sequestrou Skie junto dos Black Talons e foi morto por aventureiros que atacaram o acampamento



Aventureiros de Candlekeep:
-Canderous Silvershield, humano, clérigo de Tyr; irmão de Skie, aventureiro desparecido em uma viagem de caravana entre Baldur's Gate e Amn
-Mordaine Elvenhair, humana, maga; filha de Firebead Elvenhair e sobrinha de Ragefast, desaparecida junto com Canderous na caravana
-Osprey Jannath, meio-elfa, maga; sobrinha de Liia Jannath (Grã Duquesa de Baldur's Gate), atualmente nas Terras dos Vales
-Arkanis, anão, guerreiro; permaneceu em Candlekeep
-Deder, halfling, guerreiro/ladrão; permaneceu em Candlekeep