Dançando com a escuridão

* da uma piscadinha para o drow ironicamente *

- Geralmente são vocês que brincam conosco e não o contrário. Mas me diga... Sybil, porque disse mais cedo que nós havíamos deixado-a para trás?

Ela se inclina em sua direção, dizendo em tom lânguido:
- Qual seu jogo, Olori? Quer informação, ou quer minha ajuda para algo? Senão, tenho mais o que fazer do que jogar conversa fora com um drow que mal para em pé.

Dragão rosna pra ela, o que a faz rir.

*fica constrangido com o comentário, quase começa a ficar com raiva da humana, mas sabe que não foi por mal*

- Eu quero as duas coisas, mas primeiro quero saber porque disse isso, estou seguindo um caminho onde a escuridão é bem mais profunda do que nossos olhos enxergam. Eu quero saber pq fez este comentário e porque devo minha vida a ti. Mas se tua escolha não for me responder, existe algo mais urgente, precisamos de uma guia para chegar a um menir onde a humana estava presa, e preciso encontrar alguém ... outro fugitivo de Underdark. Mas não sei se isso algo é do teu interesse.

* O drow tenta passar confiança em sua fala, fala pausadamente, olhando para os olhos dela fixamente *

Ela diz, quase sussurrando:
- Então agora precisa de minha ajuda, para encontrar alguém que não quer ser encontrado...

Ela passa a mão no rosto de Morë dizendo:
- Me convença!

* Esse jogo não agradava ao drow, a mulher era linda e definitivamente o atraía mas não estava nem um pouco interessado em entrar nas maquinações das drows, ainda mais naquela situação onde a vida de sua irmã estava por um fio. Ele suspira, enquanto toma a mão que passava pela face dela.*

- Sybil... Eu estou te pedindo, simplesmente. Não posso convence-la de algo que não queira. Não faço idéia do que devo a ti, mas estarei devendo um favor a mais, entretanto existem coisas muitos maiores por detrás desta trama que não sou capaz de explicar,  esperava na verdade é que você tivesse algumas respostas.

*aperta a mão da mulher*

- Não estou aqui para jogar um jogo de sedução contigo, como você disse mal sei dançar, estou seguindo passos simples que minhas visões e lembranças me embalam, na esperança de um dia ter tempo para aprender, contigo, ou não... Mas a verdade menina, é que você é dona do destino de todos nós agora. Cabe a você facilitar e ter as honrarias eternas, e talvez a a também eterna maldição das aranhas.

Ela fica séria, apertando de volta sua mão, e diz:
- E quem disse que não estou lhe ensinando algo? Falas de envolver-se com sua própria raça da qual parece conhecer tão pouco. Não posso culpá-lo. Você vem de uma casta inferior, mas ainda assim está acima de mim, que nem inteiramente drow tenho o dom de ser. Meu pai me concebeu por desprezo e vingança à minha mãe, uma derrotada. Nasci e fui criada num harém. Mas tornei-me adulta muito antes das demais, e repetidamente tentaram me matar por inveja. Então fui separada e jogada ao Matadouro, para servir aos gladiadores das piores formas que sua mente ingênua pode conceber.

Não havia dor ou mágoa em sua voz... não havia qualquer sinal de emoção.
Ela continua:
- Jogar e saber jogar foi minha sobrevivência. Uma guerreira humana me protegeu dos piores, e fui dada a ela como brinquedo. Mas quando eu perdi a graça para os demais, ela foi assassinada, e eu voltei a ser um troféu cobiçado. Foi Tarenus quem me libertou deste jogo. Ele, um homem sozinho, matou dezenas de drows e guardas, me deixou ir pelo portão da frente, e então se trancou para dentro novamente, dizendo que "sua missão ainda não estava cumprida". Foi a última vez que soube dele, até o dia em que ele, novamente sozinho, derrotou em combate o grande Jabuk dos No´Quar, junto de um antigo Dragão Negro. Ele destruiu, sozinho, o Matadouro e todos os seus prisioneiros correram para a liberdade, causaado tamanho caos que permitiu que muitas castas inferiores... como a sua... corressem para a liberdade.

Ela solta sua mão, e diz:
- Já falei demais. Se quer encontrar o renegado, posso levá-lo até ele. Mas não o levarei sozinho. Ele é perigoso demais. Escolha dois dos seus para acompanhá-lo. Mas de preferência, leve um mago com você. Pois se ele decidir usar seus truques sujos, nem mesmo eu vou poder protegê-lo.

Ela se vira e, ainda caminhando, diz sem se virar:
- Me avise quando estiver pronto.

*puxa-a pela mão de volta e dá um beijo na testa dela, não se importando se ela achará aquela atitude ridícula ou não, aprendeu com sua família que demonstrar um pouco de carinho, no meio de um mar de ódio é uma atitude arriscada, mas que vale a pena, quando ainda é possível.*

- Precisamos ir ao menir onde a mulher foi presa, há tempo de fazer as duas coisas Dançarina ?

Ela diz, secamente se afastando:
- O Renegado não irá a parte alguma... e vocês??

Com você ao Menir !

*pisca pra ela e volta e vai andando em direção a sala de conferências*

- Espero você na sala de conferência !

Ela retribui a piscada, e diz:
- Está aprendendo... drow!

* sente uma ponta de satisfação, e sai com dragão de volta a buscar seus companheiros*