Pistoleiros - Giu!!

A comitiva voltava das montanhas, com um clima estranho.

O grupo que vinha a pé mais atrás parecia assegurado pela proximidade de Harsk, que vinha de mãos dadas com uma mulher, vestindo uma túnica de viagem marrom clara com detalhes brancos. O anão parecia encabulado com a situação, e ao vê-lo, fica sem graça e solta a mão da mulher, andando ao seu lado.
Ela tinha o rosto coberto pelo capuz.

Mais à frente, ao cruzar a trilha onde Giu limpava as armas, o primeiro grupo passa por você.
O velho faz um aceno, tocando a ponta do chapéu, e passa em direção á vila.
Breth sequer o cumprimenta, exausto. Seu cavalo parecia levá-lo sem qualquer comando.
Garth vinha atrás, montando um worg e tendo à frente a menina-lobisomem, que parecia cansada.

Com a mão retribuo o cumprimento do velhote e quando Garth estiver passando ao meu lado digo: - Gostaria de conversar com você num momento que lhe seja oportuno. Ficarei aqui esperando.

Depois olho bem para a mulher e então para Harsk e digo: - Baixinho de sorte hein... Que bela dama lhe acompanha em seu barbudinho...

Giuseppe ficava pensando e tentando lembrar da fisionomia da alfa, mas tinha ouvido Garth dizer que à matará, então quem poderia ser tal mulher...

Harsk pega uma pedra e arremessa e, Giu, passando bem perto.
Ele diz, irritado:
- Meça as palavras, seu fuinha. E respeite esta dama que nos acompanha...

A mulher põe a mão no ombro do anão, e toda irritação desaparece de seu olhar. Eles voltam a caminhar rumo á vila.

Garth para com o Worg na sua frente. O monstro o farejava com um olhar sedento, sendo censurado com um golpe de calcanhar nas costelas pelo ranger, que diz:
- O que quer, Giuseppe? A noite foi longa, e só quero descansar um pouco.

Giuseppe recua se arrastando quando o worg lhe fareja e lhe ameaça, então assustado diz: - Descanse meu caro amigo... a noite realmente foi extremamente cansativa e percebi que precisou resolver outros assuntos, então não se preocupe que em outro momento conversamos.

Garth debruça no worg, dizendo:
- Fale de uma vez, Giu. O que quer?

- Apenas gostaria de saber onde estava a garota, pois você havia dito que ela iria nos ajudar, mas acabou que nem a vimos e então queria lhe pergunta o que houve, mas pelo jeito ela está bem e a salvo...

Depois em tom mais baixo pergunto: - Quem é a mulher que acompanha a comitiva.

Garth suspira e diz:
- Ela não lutou porque eu não deixei. Ou você mandaria uma menina lutar até a morte? Consegui controlar a mudança dela, mas não seu temperamento. Ainda é uma criança.

Ele olha para trás, e diz:
- Não sei o que ela é. Mas acredite, ela só precisa sorrir, e acabará com qualquer conflito. E se tem amor aos seus dentes, não fale mal dela perto de Harsk, nem faça brincadeiras.

Giuseppe ri do comentário de Garth sobre a mulher, então diz: - Com toda a certeza a sua decisão foi correta, pois esse combate trouxe mortes demais e Harsk que acalme seus ânimos porque a brincadeira foi com ele e não com a mulher. Agora somente uma dúvida... de onde você conhece esses pistoleiros?

Garth diz:
- Não os conheço. Harsk, sim. Ele chamou esta mulher, que os trouxe de outro mundo. Não sei os detalhes. Mas o bando já foi embora, mas o velho ficou. Ele não parece, mas é amigável. Só não aposte pontaria com ele. Você VAI perder.

O ranger volta a conduzir o worg rumo à vila, e a comitiva à pé os alcança, passando por vocês.
Giuseppe percebia que Harsk se esforçava para acompanhar o passo da mulher, enquando os outros aldeões, todos com expressões cansadas, se dirigiam para as casas, espalhando-se.

Giuseppe para o que estava fazendo e segue em paralelo ao worg de Garth para conhecer melhor o velhote.

Giuseppe se aproxima do velhote e então em tom amistoso diz:- Bom dia Sr., quero pedir desculpa pelo jeito que lhe abordei na madrugada e não havia me caído a ficha do tamanho estrago causado pelo combate e com tantas mortes inocentes. Além disso, quero lhe agradecer pela ajuda, pois vocês chegaram num momento bem crítico e graças a Tymora seus homens foram providenciais para nos salvar da morte certa. Obrigado!

Depois lhe estendo a mão para cumprimenta-lo.

O velho retribui o cumprimento com um aperto firme, e diz:
- Filho, má educação é algo que não me assusta. Cara feia é fome. Meu bando me chama McCoy. mas vocês podem me chamar de "Chefe". Hahaha...

Giuseppe ri quando ele fala "chefe" e então em tom irônico diz: - Na verdade eu ia lhe chamar de velhote, mas sabendo seu nome prefiro tratar-lhe por tal.

Depois volto para seriedade normal e digo: - Mccoy gostei muito de suas armas de fogo e faz muito tempo que não via pessoas tão habilidosas em seu manuseio. Entretanto meu amigo comentou que vocês vieram de outro mundo. Como assim... outras terras, algo assim...

O velho te olha de canto de olho, com um olhar assustador e experiente, e responde num tom de causar arrepios:
- Do Inferno, meu rapaz.

E segue em silêncio o resto da cavalgada.

Giuseppe olha sério e assustado, então diz: - Pelos mares de Faerun homem... o que esta dizendo... o inferno deve ser horripilante e como conseguiria sair daquele lugar. Que Tymora me proteja de um destino assim...

Giuseppe segue um pouco atrás preocupado com o que acabará de ouvir...