Alcova - Gurag!!

Ao vasculhar o exterior, Gurag vê, bem na curva, um grupo grande de hobgoblins (todos usando a faixa vermelha na cintura).
Pareciam guarnecer o lado oposto da montanha, onde houve o desmoronamento. Talvez as baixas tenham sido grandes também para o outro lado.

[off]- E era possível descer além desse bando? Grande quanto era o grupo?[/off]

Lembrando que você está na face oposta à da curva, na montanha, está mais de 100m distante deles.
Eles estão exatamente no ponto em que a colina curva para a direita, então só podia especular sobre seu número real.

[off]

Spoiler:

[/off]

Gurag analisa as possibilidades, procurando ate mesmo passagens como a que está na encosta do outro lado da passagem, algo que não o force a ir direto para os hobgoblins.

Gurag ouve às suas costas, enquanto olhava para fora:
"Hummm!!!"

Gurag se vira para ver oq é {provavelmente Giles, mas esse humm pode ter varias interpretações é um gemido? ele virou morto vivo?}

Assim que se vira, Gurag vê um homem velho ajoelhado ao lado de Giles. Tinha um olhar áustero, cabelos longos presos em rabo-de-cavalo e, na testa, uma diadema prateada. A barba, também branca, era bem aparada, e os olhos, profundos e azuis.
Mas sua austeridade conflitava com suas vestimentas, um traje de viagens velho e surrado, as bordas bem gastas e sujas.

Ele segurava a mão congelada de Giles, que gemia de dor incontrolavelmente.
Por fim, ele diz em voz baixa, mais para si mesmo: "Ulutiu!"

Com um estalar de dedos, produz algumas faíscas que são despejadas sobre o braço, ainda trêmulo. E Gurag percebe que um pouco da cor natural começava a voltar.

Gurag para de braços cruzados esperando que o velho terminasse o serviço, não queria incomoda-lo no meio do processo.
Assim que ele termina Gurag se aproxima.

-Bom dia senhor, no que posso ajuda-lo? Parece que você esta longe de casa, faz um bom tempo...

[off] oq seria uma diadema?[/off]

Uma diadema é como uma coroa, só que menor e mais fina, posicionada ao redor da cabeça, para ornar a fronte, e não no topo como a coroa de um rei.

As faíscas pareciam entrar na pele de Giles, confortando-o.
O velho se levanta, e diz, parecendo divagar:
- Não posso mais perder tempo. Já desviei demais do meu objetivo.

Antes de qualquer resposta, Gurag leva um susto com "alguém" segurando-lhe pelo pé, vindo de fora da entrada.

-Ei!

Gurag vira se para ver, pronto para dar um chute no ar para se desvencilhar.

-Quem é você e porque esta aqui? Falando para o velho antes que desapareça.

Assim que vira num relance, Garth vem escalando a entrada, e sussurra:
- Entre rápido. O xamã está vindo pra este lado.

Ao olhar novamente, o velho, com um gesto rápido, desaparece no ar sem responder. Mas momentaneamente, ao levantar o braço, Gurag nota vestes arcanas por sob o capuz surrado, e um pendante preso ao pescoço por um cordão prateado. O símbolo era famoso, e não era preciso ser nenhum catedrático pra já tê-lo visto: "O Dragão Púrpura!"

Gurag Puxa Garth para dentro e sai da frente da abertura para não ser visto.
- Você está bem? oque você descobriu?

Ele entra, deixando-se ajudar por Gurag, e ambos se encolhem, cada um de um lado da abertura, ouvindo os passos de uma grande patrulha no exterior.
Ele diz, enfim:
- Tentei ir mais à frente ao amanhecer pra descobrir o estrago que vocês causaram por ali, pra saber como avançar. Mas dei de cara com um bando de hobgoblins mais fortes que o normal, liderados por um grande orc-xamã. Não tive tempo de recuar, ele me viu e tentou me prender com a lama. Mas deixei minhas botas pra trás e corri o mais que pude. Subi de um lado da montanha, o contrário, e corri um pedaço dos túneis, de onde pulei pro lado de cá sem ser notado, vendo que eles estavam vigiando o lado oposto, como previ. Mas a porcaria do carniçal me seguiu sem que eu visse, e quase me derrubou. Tive que escalar meio-barranco pra não despencar na cabeça dos desgraçados.

Garth fica sério, e diz:
- sei o que seu nome significa. Só esperava que fosse uma coincidência, ou um apelido infeliz.

Os passos pesados passavam bem abaixo da abertura, e Gurag não se contém em dar uma espiada. Mas o que vê era assombroso, pra não dizer confuso. Um grupo de mais de 50 hobgoblins, todos com a faixa vermelha na cintura, inspecionavam as alcovas espalhadas pelos dois lados da fenda onde estavam. E ao centro da passagem vinha alguém que não esperava ver ali.
Seu próprio Pai!

Gurag fica boquiaberto vendo seu pai alí, ele já tinha largado as guerras faz muito tempo, algo muito importante aconteceu para tirar ele da grande fenda.
-E oq significa? que nem eu sei? apesar de conhecer essa língua nenhum significado me vem a mente.

Garth diz:
- O que foi, Gurag? Parece que viu um fantasma.

Gurag vira serio para Garth.
-Me diga Garth, qual o significado de meu nome, antes que eu faça alguma merda e coloque todos em risco!

Garth retribui o olhar sério e diz:
- Não é uma palavra em Orc, e sim em Orog. Uma raça muito mais forte, e muito mais perversa que qualquer outra em Underdark. Mesmo os drows evitam lidar com eles. Mundos paralelos, por assim dizer. Gurag é como o som do último gole de ar. O último suspiro de um moribundo. É o nome de um clã de assassinos, originalmente composto por Orcs e Drows, e outros seres recrutados em Underdark para missões de assassinato. Seu nome não é uma palavra, mas um som. Algo que qualquer um em Underdark que já tenha ouvido falar deste clã teme encontrar. São como arautos da morte, treinados para matar com um só golpe, antes mesmo que seu alvo se dê conta de sua presença.

Gurag se lembra das palavras do velho goblin: "Um gurag!"
Se perguntava, "Que tipo de assinatura carregava, que o fizesse lembrar daquilo?"

No patamar inferior, seu pai se afastava rumo à entrada das runas, junto de sua comitiva goblinóide.

[off] Ele esta ao alcance de Detectar Psionico? 18m, se sim gostaria de usar esse poder para ver se ele esta sob controle de alguma criatura ou efeito de magia (apesar de duvidar por se tratar de um Xamã/Mago). [/off]

Gurag sente uma intensa vontade de descer e falar com seu pai, achava que ele não seria atacado por seu pai, mas algo no seu subconsciente dizia para ele que ainda não era a hora de falar com seu velho, Spark tinha que ser prioridade naquele momento, sem falar nada a respeito de quem era aquele xamã, Gurag fala com Garth.

-Vamos ver como está Giles, um clérigo esteve por aqui enquanto você esteve fora, acho que ele está pronto para viver outra vez, precisamos encontrar Janus e mais quantos puder antes que tudo comece a ferver.

Off: Fora de alcance. Mas você sente algum poder agindo em vocês.

Num susto, Giles se levanta dando uma golfada de ar.
Garth diz, surpreso:
- Por deus, Gurag! O que aconteceu aqui? Como curou o braço dele?

Ao mesmo tempo, Gurag sente uma pontada na cabeça, e ouve a voz de Spark dizer:
- SAI DAÍ! ELE SABE ONDE VOCÊS ESTÃO!!

- Como disse, um clerigo, um dragão púrpura, apareceu por aqui e cuidou de Giles, agora vamos, não estamos mais seguros aqui!

As frases sobre o significado de Gurag martelava em sua cabeça, assassino, ele? pensava, potêncial ele tinha para matar sem precisar mover um dedo, só não foi sádico o bastante para se deleitar com isso, e era algo que teria que tomar muito cuidado. Lembrava de uma passagem que Atreio lhe contara, a primeira vida que se tira dói em si mesmo, mas as subsequentes são cada vez mais fáceis de se executar, e o desejo de sangue te corrompe e isso só trará morte ao seu redor, então uma vida só deveria ser tirada por suas mãos, quando sua motivação for maior que seu desejo de matar.

Mal termina a frase, a porta de pedra do outro cômodo estoura, e Gurag consegue ver o enorme vulto do xamã desaparecer em meio a uma névoa negra, que invade o corredor até onde estão.
Já a vira antes.
Olhos sinistros em meio á escuridão.
Dedos no lugar de brumas.
Já sentira seu toque frio antes.

Giles se levanta de sobressalto, dizendo e se tateando:
- O que está acontecendo? Onde nós estamos e... CADÊ A MINHA ESPADA?

Garth olha pra fora e diz:
- eles entraram na passagem. É a nossa chance de sair daqui. Vamos!!!!

Gurag deixa que Garth guie, já que ele é um perito em caminhos, ajudando Giles, Gurag segue atrás.

Garth não vê tempo a ser perdido. Sem muitas opções, assim que Gurag e Giles se aproximam da abertura, ele os segura pelos braços e os puxa para fora, fazendo-os rolar barranco a baixo.
Da abertura, ma enorme explosão expelia a névoa negra, que mantinha o contorno humanóide, os "braços" estendidos para vocês três, que caíam descontrolados.
Gurag quase podia se lembra da última vez que sentiu o toque daquela criatura. O frio.. a fraqueza... o medo...

Finalmente, quando tudo parecia perdido, faíscas começam a vir de todas as direções, tocando seus corpos, como se os tornasse munes à dor.
Seus corpos, aos poucos, começavam a brilhar com a intensidade daquele verdadeiro fogo fátuo, e tudo escurece instantes depois de ouvirem uma voz poderosa dizer, em Dracônico:
"Para o bem ou para o mal, eu Desejo que as partes se reúnam em um local mais seguro."

Gurag reconhecia.
Era a voz do mesmo velho.

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